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Não quero mudar nada... Só quero acrescentar e seguir minha estrada, sem me preocupar.
O passado nada muda, mas nos ajuda, mostrando onde progredimos ou então regredimos.
Nessa busca pelo progresso, o povo só pensa em sucesso deixando o passado de lado...
O meu soneto, encabulado, vai buscar lá no passado um bocado de bregueço.
A.J. Cardiais 03.10.2016
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Poeta
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Talvez por ter fama, ele deita e rola na grama. Faz de tudo com o poema e ninguém reclama...
Talvez por ter fama, ele pisa na lama, diz que é um poema e a platéia conclama...
Ele comete um pecado mas, porque é consagrado, ninguém acha errado...
Enquanto o povo comer calado, com medo de ser subestimado, sempre será prejudicado.
A.J. Cardiais 10.07.2016
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Poeta
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Eu não queria falar de dor... Mas como não falar, se é o que me acontece agora, e que me devora?
Tento ocultar esta fase, enrolando a ideia com gaze... E me penitencio fazendo silêncio.
Mas a dor é mais forte e faz no silêncio um corte, de onde jorra um soneto...
É um soneto dolorido, que escorre do meu peito, e deixa o povo comovido.
A.J. Cardiais 03.08.2016
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Poeta
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Uma série de coisas acontece, e ninguém percebe. Às vezes um pássaro canta, mas a preocupação do povo é tanta, que ninguém escuta...
Às vezes uma plantinha luta para sobreviver, mas ninguém quer saber. As pessoas só querem o prazer de ver a casa enfeitada.
Ninguém observa nada, porque só olha pro seu problema. Quem carrega como lema: tempo é dinheiro, passa o tempo inteiro pensando em lucrar.
A.J. Cardiais 24.03.2016
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Poeta
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Não acho certo posar de poeta, sem procurar um jeito de ajudar o povo...
Que poeta serei, se não usar minha arma (palavra espada) a favor do povo?
Que façam suas poesias com suas "filosofias" sofisticadas...
A minha não sobe as escadas, porque não fica acomodada, vendo o povo sofrer, sem nada dizer...
A.J. Cardiais 30.08.2011
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Poeta
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A poesia nunca serve ao Poder porque, quando ela não desperta o povo para o prazer, ela está lutando contra a escravidão, contra a corrupção, contra o "mangangão".
A poesia sempre está do lado da população. Ela olha a civilização como um todo: não existe separação.
A poesia não é só estas rimas bestas, que acabo expor... A poesia é uma forma de olhar a vida com amor.
A.J. Cardiais 30.04.2011
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Poeta
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Meu Deus, quando esse pobre povo vai ter paz?
Coagidos pelos marginais, assustados com os policiais, esquecidos pelos órgãos sociais...
Coitado desse povo pobre, ou desse pobre povo... Só vive de “ais”
A.J. Cardiais 09.09.2010
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Poeta
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Vou jogando meus poemas por aí para ver se despertam na manhã um novo dia...
Vou jogando para ver se acendem uma nova confraria, que alimente o povo de pão, de paz e de poesia.
Vou jogando meus poemas, como quem joga na loteria:
enquanto não sai o resultado, fico aqui sonhando que acertei na Poesia.
A.J. Cardiais 11.10.2010 imagem: google
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Poeta
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Quero desmitificar a poesia: com essa correria, ninguém mais para pra pensar. Todos só querem ganhar, ganhar... E depois poupar, investir, triplicar, até dona morte chegar, e levá-los.
A morte hoje não anda mais â cavalo. Ela tem um jatinho particular. E ninguém sabe quando ela vai chegar! Então quero por a poesia no seu lugar: no meio do povo. Sempre com um sangue novo alimentando a matilha.
Pois, com tanta evolução, ninguém saiu ainda da “cartilha”. Ninguém quer ler o “livro da vida”. Alguns acham uma leitura sofrida.
Outros acham até divertida. Mas a maioria passa “batida”... Não gosta de ler nada.
E assim, segue essa estrada... E quando pensa que é o fim, está só no começo da caminhada.
A.J. Cardiais 09.11.2009 imagem: google
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Poeta
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A cidade olha, com olhar difuso, esse povo obtuso transitando pelas vias de sua alma...
A cidade esta calma, e coberta de entulho. Precisa dar um mergulho num mar de limpeza.
A cidade da beleza (brilhante de dia) tem em sua sinfonia um solo de pobreza.
A cidade quando ronca, acorda assustada sendo vilipendiada e levando bronca.
A cidade é assim: próspera e pobre. De um lado o nobre, do outro o chinfrim.
A.J. Cardiais
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Poeta
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