Poemas :  Poesia aguerrida
Não acho certo posar de poeta,
sem procurar um jeito
de ajudar o povo...

Que poeta serei,
se não usar minha arma (palavra espada)
a favor do povo?

Que façam suas poesias
com suas "filosofias"
sofisticadas...

A minha não sobe as escadas,
porque não fica acomodada,
vendo o povo sofrer,
sem nada dizer...

A.J. Cardiais
30.08.2011
Poeta

Sonetos :  O sentido lúdico da vida
Para mim a vida é um jogo
ou uma brincadeira...
A vida é uma bandeira
exposta ao tempo.

A vida é um movimento
de rotação e translação:
tudo influencia, tudo sentencia.
A vida é uma poesia! Que beleza...

E para minha alegria
ou para minha tristeza,
nasci poeta.

É por isso que eu brinco com ela.
Mas nessa brincadeira,
às vezes ela fica muito severa.

A.J. Cardiais
28.05.2011
Poeta

Poemas :  Expondo meu drama
Quando exponho meu drama
e desnudo minha alma,
solicito ao poema
para ver se me acalma.

O cheiro da tinta da caneta,
modifica a trajetória da minha letra.
Não escolhi ser poeta,
nem sei qual foi o incidente
que me fez ser o que sou.

Não tenho uma trajetória definida:
vivo rimando minha vida,
sempre de olho na morte.
Finjo-me de forte,
para ocultar minha fraqueza.

Jogo-me na correnteza
e, com um pouco de sorte,
chego onde o poema quer me levar...
Tudo isto, sem deixa de sonhar.

A.J. Cardiais
25.01.2011
Poeta

Poemas :  O irresponsável
Apesar de brincar dizendo
que sou irresponsável,
sou responsável pra cachorro...
(pra filhos, gato, periquito, plantas...)

Apesar de viver fugindo da realidade,
ela está sempre comigo...
Mesmo eu sendo seu inimigo.

Ela diz que inimigo declarado
é melhor que amigo falso.
Amigo falso vive no seu encalço,
só para vê-lo derrotado.

Apesar dos pesares,
sempre estou "nos ares",
quando se trata de viver.
E quando a responsabilidade me chama,
dá um trabalho danado pra descer.

A.J. Cardiais
25.01.2011
Poeta

Poemas :  Vivendo e poetando
Talvez por ser poeta
eu sofra mais
do os outros mortais.
Porém uma coisa é certa:
eu vivo muito mais.

Eu vejo vida
numa gota de orvalho,
vejo vida num risco, num talho...
E quando misturam o baralho,
me seguro em algum galho.

Enquanto os outros só vivem
se estiverem participando,
eu não preciso participar.
Fico a observar
e me satisfaço poetando.

A.J. Cardiais
30.01.2011
Poeta

Sonetos :  Poeta X realidade
Sempre levei uma vida
de história em quadrinho:
às vezes sou o bandido,
às vezes sou o mocinho.

Muitas vezes passo escondido,
fugindo da malvada realidade.
Ela vem com sua voracidade
tentando destruir meus sonhos.

Mas sou um poeta destemido
e não me entrego facilmente...
Imponho um duelo diferente:

Já que ela quer duelar comigo,
deixo ela de castigo,
e procuro ficar ausente.

A.J. Cardiais
25.01.2011
Poeta

Poemas :  Poeta: o ermitão
O poeta é um ser solitário...
Com suas poesias,
suas fantasias
e sua observação,
ele está sempre só,
no meio da multidão.

Por tudo isso o poeta
é um ermitão.
Ele ouve, ele vê,
ele sente...
Tudo, de forma diferente.

A.J. Cardiais
17.07.2010
Poeta

Poemas :  Entre espadas e cruzes
O poeta quando se perde
no meio dos sonhos,
enfrenta pesadelos
medonhos...

Frutos da sua imaginação,
frutos da situação
frutos dos seus desejos
frutos dos seus medos
de nada mudar...

O poeta quer encontrar
o caminho das luzes,
para clarear as ideias
dos que vivem entre
espadas e cruzes.

A.J. Cardiais
18.01.2010
Poeta

Poemas :  Um acorde dissonante
Não espero muita coisa...
Aliás, não espero nada.
Eu já servi à pátria amada
e ainda quero servir.
Talvez bem antes de eu partir,
essa juventude esteja acordada.

O meu poema que não dorme
(mesmo com a rede esticada)
espera que toquem um acorde,
para tocar essa boiada.
Se um boi desgarrar, alguém se morde,
com medo de uma desgarrada.

A minha pena, desaforada,
mete o bedelho no meio...
Ela se pergunta pra que veio,
e se alista também na brigada.
Se o poeta traz a luta em seu seio,
nunca vai fugir da parada.

A.J. Cardiais
21.05.2011
Poeta

Poemas :  Sudar un monstruo errante
Sudar un monstruo errante
Yerra quien cree que la función del poeta es hacer poemas
Cualquier idiota reúne versos en estrofas
La función del poeta es modificar el aliento de su interlocutor.
"Clap clap clap la cogida"
hmmm, ai ai "
"La poesía !!!"
Si el poema no modifica la respiración
Probablemente esto es botella de la medicina
Y no me des que tontamente como el cep20000
No me des!
La poesía no es acerca de la separación silábica y métrica
Tiene que ver con:
aliento
expiración
inspiración
aliento
expiración
transpiración
Poeta