Poemas surrealistas :  ALMA VOGANDO AOS VENTOS
Aproveitando o sol que hoje brilhava
Fui visitar a capital, locais turísticos,
Ao museu Grévin para ver se eu estava
Mas não o que vi é só para os ricos.

Fui visitar a Torre Eiffel, aquilo é só metal
E metal é preciso para no restaurante almoçar,
Na verdade é uma obra que não tem rival
Como tudo por ali era caro pus-me a andar.

Fui depois até ao Arco do Triunfo sempre a pé.
Fui a Montmartre para visitar o sagrado coração.
Enganei-me entrei por trás e o sagrado outro é...
Visitei os pintores ali pertinho, mesmo à mão.

Mas tudo isto os estrangeiros vão visitar.
Queria visitar algo onde nem todos possam ir.
Dei a volta à capital,vi coisas de beleza ímpar,
Fui visitar a morgue e creiam, fartei-me de rir

Abri uma gaveta bem fresquinha, que surpresa!
A pessoa que lá estava bem ao abrigo do calor
Não vão acreditar vão rir até, tenho a certeza,
Essa pessoa que lá se refrescava era eu, este amor.

Fechei a gaveta admirado de ali me encontrar
Reflecti à minha vida dos meus últimos tempos
Cheguei à conclusão que não existo, fiquei a pensar,
Agora sei, eu não sou eu, sou alma vogando aos ventos. 



A. da fonseca
Poeta

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