Lírica I
Pela janela do trem Vejo a paisagem que passa Árvores, árvores, árvores Pontes, viadutos, casas vão passando E eu, da minha confortável zona, escrevo.
O trem para na estação A paisagem continua o movimento Sob o comando do vento.
Minha caneta não para Ela corre no limitado pedaço de papel Externalizando meus pensamentos ilimitados.
Lírica II
No balcão do bar ví seus olhos Eles clamavam pelos meus Eles clamavam por um poema Eu fiz.
Lírica III
Já li poemas de ônibus Escrevo poemas no trem A mulher com o carrinho de bebe O homem das pernas cruzadas Tantos rostos Tantos desejos Tantos encontros e desencontros Seus pensamentos Suas almas Uns dormem outros sonham acordados Perdidos no espaço Entre o vão e a plataforma.
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Poeta
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