Poemas :  Triste Pesar
Lamento pelo meu peito,
Pelo meu amor esquecido desfeito,
Pela enorme dor que me consome sem jeito.

Lamento pela paixão,
O sentimento nobre que conduzi em vão,
Os pensamentos belos e tão singelos,
Do meu amor sonhado, mas hoje flagelo.

Lamento pela minha lágrima,
Tão derramada e mal cuidada,
Em noites tão claras enluaradas,
A minha linda amada comigo não estava.

Lamento por meu sonho,
Desprezado sem glória,
De um amor sem história,
Que se vai da memória.

E ele parti,
Como uma brisa ou vento,
Que se vai do pensamento,
E por nós dois eu lamento.


Poeta

Poemas :  Tempo do Meu Sofrimento (Parte II)
Minha angustia persiste oh voraz solidão,
Meu peito entorpece lividamente,
A dor o corroe lentamente,
No crepúsculo da vida o amanhã sem salvação.

Os dias estão passando meu dolorido coração,
Desse tempo que é o teu maior inimigo,
Nas asas do amor que não encontraste abrigo,
E os anjos dos céus que não te deram as mãos.

Tuas noites são sempre frias,
Como o orvalho que se forma sob os lírios,
Nas madrugadas que vives em martírios,
Nos calafrios das tuas agonias.

Ah meu purificado coração,
A feroz dor que inunda o meu ser,
É nunca ter te dado uma fervorosa paixão,
Pra livrar-te do abandono que te faz perecer.

E de tanto sofrermos juntos,
Hoje estamos a sóis, eu e você,
Áridos, pois tuas lágrimas já secaram,
E nossos sonhos se eternizaram,
Num tempo de aflição que não fizemos merecer.

Poeta

Poemas :  Ilusão
E eu só no anseio de te ter,
Em sonhos belos vislumbrei castelos,
Esperando o alvorecer desfazer a bruma,
E no teu corpo lindo minhas mãos tocar,
Até meu eu bramir, e tudo silenciar,
De tanto delírio.

As tuas curvas são catedrais,
Meu leito de contemplação,
Como pode oh meu Deus existir,
Em carne e osso tamanha perfeição.

O cheiro de jasmim,
Da tua pele tão delicada,
Do perfume que te confunde,
Com a mais bela rosa do meu jardim.
Poeta

Poemas :  Fragmento de Meu Ser, Você
Sou o amor sentido, mas não vivido,
Meu sufrágio pelo tempo desperdiçado,
Meu eu pelo teu calor foi rejeitado,
Minha lágrima rolou pelo infinito.
Sou o dia que se funde na penumbra,
Da neblina que te omite tão somente,
Te faço e te desfaço em minha mente,
Até que meu cerne na aurora te vislumbra.
Sou dor de amar almejando te deter,
Até que tua boca a minha nos una,
Prantos de alegria e beijos de espuma,
Versos que componho para renascer.



Poeta

Poemas :  Tempo do Meu Sofrimento (parte III)
Ainda há tempo?
Apenas tempo de muito sofrimento,
Que a minha alma a duras penas perdura,
Na solidão que gera tanto descontentamento,
A minha vida que dia após dia me tortura,
Se tenho comigo apenas o gélido vento.

Mas oh meu Deus o que faço?
Com esta minha triste sina,
Viver no mundo assim neste descaso,
Vê meu peito desabando em ruínas.

O tempo que me resta é pouco,
Pouco para vislumbrar o semblante da menina,
Que em meus sonhos foi belo de verdade,
Dela hoje não guardo nem a saudade,
Apenas a dor de não tê-la em minha vida.
Poeta

Poemas :  ENIGMAS
Navego en la nave madre
Planeta tierra es su nombre
Me muevo en lo universo
Yo y una constelación de objetos,
El camino de Vega
La velocidad del Big-Bang.

Al que mi cerca
Una única certeza, existo,
Así como existen los seres brutos.

Soy materia
Y ocupo un lugar en lo espacio,
Hecho del polvo de la tierra,
De carbono y hidrógeno.

Amanezco, entardezco,
Veo el crepúsculo
A luz de la incógnita
Y el pensamiento en el reloj
Que insistente haz tic tac,
Aproximando yo de mío fin.

Mas yo parto
Y todo al mío redor fica,
Los seres eternos
Son los seres brutos?

Crecí inmerso en preguntas,
Cercado de dúbidas
Mucho más allá de la ciencia.
Soy punto material
En la magnitud del espacio,
Creo en la vida eterna
Y en el ser omnipotente,
En las leyes físicas que regen,
El movimiento de los astros.

A noche, oscuridad intermitente,
Y estrellas en la inmensidad del cielo,
Los días van y vienen
El pasado no volta nunca
Las estaciones del año se repiten,
Y del modo que ya fue un día,
Nunca más seré otra vez.

Soy hermano de las estrellas cadentes
Del tiempo que se aproxima de su no fin
Del misterio de toda la existencia,
De las dúbidas que pairan arriba de mí.
Poeta