Crónicas :  JESUS NÃO PRECISA DE PROPAGANDA
JESUS NÃO PRECISA DE PROPAGANDA

Tem alguns que se acham melhores que outros só porque acreditam em Jesus; e uns acham que acreditam mais em Jesus que outros, como se acreditar em Jesus fosse propriedade da religião deles.

Eu acredito em Jesus e o amo, mas quero distância de qualquer religião que se diz cristã, e de seus seguidores que precisam de um intermediário que enriquece ou sustenta a sua família, até criando impérios, usando um livro cheio de contradição e confusões, e que dizem que é sagrado, mas que não respeitam o ponto de vista sagrado dos outros.

Ninguém deveria ganhar o seu pão da fé que professa, pois ai virou negocio.

Mas, como veio um aqui com as suas maldades travestidas de bondades, eu gostaria de lembrar que eu conheço a alma de vocês e sei que não é humildade o que se passa por ai, nem o amor prestimoso que Jesus ensinou e sim arrogância religiosa, como nos antigos fariseus.

Esses pregam que o crime horrendo cometido contra Jesus outrora foi para salvar a nós, onde eles estão na primeira fila, claro, e que Jesus vai voltar novamente por estes finais de tempos por amor a nós, e diretamente nas igrejas deles, claro, e caso Ele não siga as regras do livro deles, é claro que não seria o Jesus verdadeiro e logo seria escorraçado como foi o primeiro.

E será que esta vinda de Jesus seria para agradecer a boa recepção que teve na primeira?

Já escrevi uma vez que se a minha "tal" salvação dependesse deste hediondo crime eu abriria mão dela, sem pensar duas vezes, e nem este deus seria merecedor da minha admiração, muito menos da minha adoração.

Mas sei que Jesus não morreu por causa disso, nem a Justiça perfeita do seu Pai o permitiria, e sim foi assassinado, pois a sua palavra, que nos mostraria um novo caminho, foi de encontro aos donos do poder religioso daquela época, assim como se acham hoje os seguidores destas religiões, verdadeiras arapucas para o espirito livre..

O que vai vir agora não é mais Jesus, o Amor de Deus, mas sim, Emanuel, a Justiça de Deus, de quem Jesus dizia que "Por mim muitos passarão, mas não por Aquele que virá", isto está escrito no próprio livro deles, e nem isso entendem, pois não pegaria muito bem como marketing vir um outro ao invés de Jesus.

Mas Este não virá dos céus ao som de trombetas, mas sim editará livros e usará roupas normais, poderá dirigir veículos e terá passaporte, com nome e sobrenome terreno (Imanuel é o nome divino), e terá um pai terreno e uma mãe terrena constando nos seus documentos, como todo mundo, ou Jesus se portou diferente dos hábitos culturais daquela época?

Provavelmente deverá ficar algo reservado e de lá vai divulgar a sua Mensagem, e não a sua pessoa, com a ajuda de auxiliares e, como está escrito, "Quem procurar, este achará"

E com certeza não usará barba, nem cabelo comprido, pois hoje já existem barbearias e também barbeadores elétricos.

E também está escrito que a sua Mensagem chegaria "aos quatro cantos do mundo" para que todos pudessem ter acesso antes do prazo final, e que esta Mensagem "chegaria por cima das casas" ao contrário do hábito daquela época onde a Mensagem era pregada "dentro das casas".

Então é melhor procurar a nova mensagem prometida e trazida por Emanuel, O Filho do Homem, e não por Jesus, O Filho de Deus, fora dos templos, pois isto está dito claramente no livro usado por estas religiões.

Então alguém achar que a Mensagem Dele não estaria disponível na internet é acreditar em papai noel, pois então que continuem acreditando no que quiserem, mas respeitem os outros que não se satisfazem com um crença tão cega.

E não podemos esquecer que estas religiões vivem desta "promessa da vinda", então, a sua concretização, aniquilaria a espinha dorsal que as mantem e será que elas estariam dispostas a abrir mão de todo o seu poderio?

O mais certo é que ele seria taxado por estes novamente como um impostor, como ocorreu naquela época, então ele provavelmente não vai se expor a isso, pois hoje um enviado de Deus não precisa se evidenciar como naquela época.

Então iremos identificar o enviado de Deus, desta vez, pela sua Palavra, pela sua Mensagem, e através dela vamos reconhecer quem é o Mensageiro.

Jesus com a sua espécie divina encarnou, nasceu, e cresceu, assim como precisa fazer qualquer espirito humano quando vem para a Terra, e viajava e pregava a sua doutrina pelo meio que se usavam naquela época, que era a peregrinação, e os atuais crentes acham que o que ele trará será o mesmo que está escrito no livro que usam, recheado de contradições, e que consideram sagrado.

Este livro foi compilado pela primeira vez no ano de 1300 (vide esta e outras informações em O Livro do juízo Final de Roselis von Sass) , e nós sabemos que cada um interpreta de seu jeito uma frase, então qual foi a versão que predominou? E também foi juntado manuscritos do velho testamento, escritos pelo homem, ou por antigos profetas, e onde o que não interessava foi tirado e o que não entendiam era alterado dentro de mosteiros e sinagogas.

E Jesus não deixou nada escrito, pois não deu tempo, e nem os seus apóstolos que, como todos sabem, não sabiam ler nem escrever, e o único que sabia ler e escrever o traiu.

E também sobre estes mesmos apóstolos Jesus dizia "Teria ainda muito que vos falar, mas não me entenderíeis", então caros senhores, eu não me contento com menos do que o original, então que fiquem vocês com a cópia.

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"Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem!” Seria, pois, necessária essa intercessão, se a morte na cruz devesse ser um sacrifício indispensável para a reconciliação? “Não sabem o que fazem!” é, pois uma acusação da mais grave espécie, uma indicação nítida de que está errado o que fazem. Que esse ato foi apenas um crime comum." Abdruschin em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade". http://www.graal.org.br
Poeta

Crónicas :  Sobre antologias & internet
Sobre antologias & internet
Não sou nenhum “ingênuo” para acreditar que a poesia possa caminhar, sem ter o dinheiro como “suporte”. Mas quando o dinheiro passa a ser o objetivo principal, a arte perde o valor.
Confesso que já participei de algumas Antologias e Coletâneas, só pela vontade de ver um poema meu num livro. Mas com o tempo fui percebendo que não havia nenhuma outra intenção, por parte do organizador, que não fosse ganhar dinheiro. O único objetivo era o financeiro, não o de divulgar a poesia contemporânea. A começar que eles não faziam (ou não fazem) nenhuma seleção. Então lá está o seu poema (às vezes sem qualidade nenhuma) no meio de outros (às vezes bem piores) representando você, na Antologia...
O que prende qualquer leitor é um bom texto. Quando alguém vai ler um livro de poesias, e logo na primeira leitura não vê nada de interessante, passará para a segunda, a terceira... E talvez abandone o livro muito antes do fim. Se o seu poema estiver no meio, será abandonado também. O ditado é o seguinte: “Quem se mistura com porcos, farelos come”. Quem está entre os melhores, será considerado um dos melhores também. Mesmo que seja o pior, entre os melhores. Mas é melhor ser o pior entre os melhores, de que ser o melhor entre os piores. Quando Elenilson Nascimento me convidou para participar de uma Antologia que ele estava organizando, fiquei lisonjeado e, ao mesmo tempo, preocupado. Apesar de não conhecê-lo pessoalmente, mas pelo pouco que pude perceber nas entrevistas que ele faz, no facebook e nos seus blogs, trata-se de uma pessoa muito exigente e que leva a cultura a sério. Pena isto está se tornando raro no meio Literário (principalmente na internet).
Eu participo de vários sites literários, e o que mais vejo é a vaidade e a falsidade acampando. Digo vaidade porque o que mais as pessoas se preocupam é em ter seus textos “elogiados”. E para que isto aconteça, saem “elogiando” textos dos outros, na esperança de receberem “elogios” em troca. Olha, não sou de jogar água ou areia no entusiasmo de ninguém, pois sigo o que disse o poeta Mario Quintana: “É preferível, para a alma humana, fazer maus versos a não fazer nenhum”. Mas com isto não quer dizer que a pessoa não tenha discernimento, para ficar sufocando os outros com qualquer “coisinha” que escreve, achando que é uma obra prima. Eu, como só consigo fazer “obras irmãs”, fico até com algum receio em mostrar para alguém. Então fica a dica: quem se aventura a escrever e postar na internet, tem que se preocupar em cometer o mínimo de erros possíveis, para não “contaminar” os próximos poetas, escritores etc. Muitas vezes o que a gente lê errado, (sem esperar) fica gravado e, às vezes, difícil de se libertar.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Crónicas :  Viver é morrer de amores
Viver é morrer de amores
Quem não ama não vive, vegeta. Pela simplicidade da frase, alguém já deve ter dito (ou escrito) isso. O título da crônica também, se não estou enganado, é de uma musica. Bem, mas “tomando emprestado” ou não, a frase e o título, eu pergunto: que sentido tem a vida de quem não ama nada, nem ninguém? Eu me refiro aqui a um amor geral, mais ampliado. Não estou me referindo ao amor homem x mulher. Este, muitas vezes, se torna uma coisa obsessiva, doentia. A pessoa fica presa e quer manter o “objeto” da sua obsessão preso também. Eu quero saber do amor que liberta, que dá sentido e sabor ao ato de viver. Neste sentido eu posso dizer que sou rico: tenho vários amores. Quando um não resolve meu problema, busco outro. E assim vou levando a vida, ou deixando que ela me leve. É por isso que eu gosto de dizer que o amor é meu combustível: sem amor, eu não ando. Até o ato de escrever, eu só faço por amor, por prazer. Talvez se fosse “por dever”, eu não conseguisse escrever nada. É justamente por isso que eu não gosto de me “intitular” de escritor. Clarice Lispector se dizia amadora talvez por isso: só escrevia por amor. Escritor para mim é aquela pessoa que para, pensa e escreve. Já vive “programado” para escrever. Eu nunca me programei para nada. Gosto de viver à mercê da inspiração. Sou como Dorival Caymmi: as indústrias fonográficas queriam que ele “produzisse musica”, mas ele só fazia quando tinha inspiração.

Mas voltando ao título, tem gente que tem um amor só: o amor ao dinheiro, o amor ao luxo... Essas pessoas às vezes nem tem dinheiro, nem luxam, mas vivem se deslumbrando com as que têm e ficam se exibindo, para deleite dos pobres amadores. Outras, por não amar alguém, amam seu carro, seu bicho de estimação, sua plantinha, sua casa, sua religião, seu grupo, seu time... E assim vão morrendo aos poucos.

A.J. Cardiais
22/09/2013
imagem: a.j. cardiais
Poeta

Crónicas :  Escrevendo para as paredes
Escrevendo para as paredes
Fico procurando sobre o que escrever... Assunto é o que não falta. Mas acontece que eu tenho uma maldita preocupação com o futuro deste país. Não se espante por eu ter chamado de maldita, porque é maldita sim. Se é algo que me incomoda! E o que nos incomoda, só pode ser maldito. Quando vejo um bando de políticos corruptos, gananciosos e desumanos, “tomando conta” do país, e outro bando que se diz “politizado”, só esperando a oportunidade de se dar bem, fico injuriado e tento alertar o pobre do povo.

O povo... Mas que povo? O povo não gosta de política, o povo não gosta de ler, o povo só quer se entreter e esquecer da vida dura, ou da vida de duro. O povo já se entregou e acha que não pode fazer nada...
Quando vejo esses jovens idolatrando celebridades que só estão preocupadas com o glamour, com os holofotes e as capas de revistas, mas não dizem uma palavrinha sobre o futuro desses jovens, sobre o futuro do Brasil, eu fico injuriado. Essas celebridades podem até dizer que ajudam obras assistenciais, mas isso não muda nada... As obras assistenciais não assistem a todo mundo. Eu quero vê-las fazendo como os artistas da minha geração: Chico, Caetano, Gil, Vandré, Glauber... Eu quero vê-las mostrando a cara e falando para o povão: “Está tudo errado, vamos mudar esta situação. Não é este o Brasil que nós queremos”. Mas elas não vão fazer isso... Estão todas ricas, milionárias, de bem com a vida. Elas não vão procurar se indispor com os políticos... É a política da boa vizinhança: rico não incomoda rico.

Falando em se indispor com os políticos, eu vi o que aconteceu com o cantor Luis Caldas, aqui na Bahia, porque ficou contra ACM: ele foi condenado ao ostracismo. Se ele não tivesse talento e o reconhecimento dos colegas, teria “sucumbido”. Aí eu pergunto: que “democracia” é essa? E não se enganem não, porque filhos e netos de tubarões são tubarõezinhos. O povo fica alimentado essas “ferinhas”, na esperança de que elas façam do Brasil um “mar de rosas”. Se elas fizerem do Brasil um “mar de rosas”, elas vão comer o que? Apesar de comerem tudo que encontra pela frente, as rosas não servem para alimentar tubarões. E onde tem tubarões, o mar só fica é vermelho.

O título: Escrevendo Para as Paredes, é uma analogia ao que as pessoas dizem quando alguém está falando e ninguém está escutando: falando com as paredes.

A.J. Cardiais
imagem: google
Texto extraído do livro Mora, na Filosofia
Poeta

Crónicas :  A liberdade de escrever
O bom da crônica é isto: a liberdade de escrever sobre qualquer coisa. Pode ser o assunto mais sério ou o mais bobo, o mais vulgar. Tudo serve para comentar. Até a falta de comentário. Dizem que a palavra “crônica” deriva da palavra grega “chronos”, que significa tempo. Então, se a crônica significa “tempo”, ela está com tudo: com o passado, o presente, o futuro, as horas, as eras, o sol (tempo bom) a chuva (tempo ruim)... E está acontecendo o tempo todo. Então o Tempo é tudo. Talvez seja por isso que tudo é um motivo para uma crônica.

Eu já li crônicas que, nas suas palavras, não queriam dizer nada. Mas no seu bojo trazia uma infinidade de idéias, que só quem gosta de ficar observando a vida é quem é capaz de entender. Então os que não têm essa “visão especial” devem achar uma besteira. Mas isso é bem da crônica. Tem tantas coisas “bobas” acontecendo por aí, que as pessoas nem percebem... O próprio tempo por exemplo: o sol surge, passa por cima de nós, vai embora. E as pessoas já estão tão acostumadas com essa “besteira”, que só notam a falta do sol quando precisam dele e ele não está lá, para servi-las. Caso contrario nem sentiriam sua presença ou ausência.

As pessoas vivem muito preocupadas com seus afazeres, sonhando em ganhar dinheiro ou procurando esquecer-se das mazelas da vida. Então não têm tempo de ficar observando essas “besteiras do tempo”. Afinal, isso serve para quê? As pessoas só querem saber de coisas úteis, de coisas que possam vender ou, no mínimo, sirvam para debater numa roda de amigos. É por isso que assistem os BBBs da vida: para não ficarem por fora do bate papo. O importante é participar. Não interessa a importância do assunto. Aí, quem não gosta de ficar debatendo “BBBesteiras”, fica de fora observando as besteiras do tempo e aproveitando para escrever um crônica besta.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  SIMPLICIDADES PARA ESPANTAR A ANSIEDADE
SIMPLICIDADES PARA ESPANTAR A ANSIEDADE

Existem muitas, como as seguintes que constam no nº 2 da Revista Segredos da Mente, mas sem mudança de hábitos a ansiedade só tende a crescer. Parecem atitudes muito simples para algo tão premente, mas os estudos não param de evoluir, embora quem sofra de ansiedade, e por isso mesmo, parece que não tem tempo para esperar.

CHOCOLATE AMARGO, FRUTAS E VERDURAS, CHÁ DE CAMONILA, MEL E LEITE, SEMENTES DE ABOBORA E GIRASOL, NOZES E OUTRAS OLEAGIONOSAS, E ATÉ PIMENTA.

E EXERCICIOS, mas quem teve ou tem ansiedade de forma aguda sabe que os pensamentos nos acompanham durante os exercícios, então vejo que tudo somado pode ajudar, mas o caminho mais rápido é praticar exercícios de relaxamento.

Hoje eu acho que não existe tempo perdido, sei que a teoria do ócio criativo tem muito de procedente, então como exercícios só pratico alongamentos que mantem a nossa mobilidade, mas o grande mal causador da ansiedade são os hábitos errados da vida moderna.

As pessoas estão vivendo muito no mundo virtual, que só aparentemente é real e muito mental. além de ser um mundo "faz de contas", onde todos parecem perfeitos, e não há evolução da personalidade ou da maturidade que só o contato pessoal, por mais difícil que seja para muitos, traz.

Nos últimos cinco anos aumentou em 50% a venda de remédios para as doenças da cunho psicológico e a tendência é dobrar nos próximos cinco.

Na minha experiência pessoal, o parar de tomar café (agora só descafeinado), melhorou muito a minha qualidade de sono e, consequentemente, a qualidade de vida. Antes eu ficava com insônia e ai fazia café para ajudar a passar as horas. A vida inteira foi assim, então não imaginava que ele fizesse tanta diferença.

No primeiro dia que tomei só café descafeinado fui dormir desmaiado às 20:00, e às 20:30 ia ter um jogo do meu time que eu queria assistir.

Álcool também é outro problema que só agrava, embora pareça que relaxe.

Com relação à técnicas de relaxamento eu aprendi com um psiquiatra, e paguei um monte para isso. A minha mente era um cavalo de rodeio, eu não conseguia segurar, mas ele me ajudou a domá-la.

A revista Mente e Cérebro, nº 258, também traz uma matéria muito aprofundada sobre técnicas de concentração, que são ao mesmo tempo técnicas de relaxamento.

Simplesmente eu deitava numa espécie de maca, com baixa luz, e ele ficava repetindo “estou calmo”, “estou calmo”, e estes instantes, em uma fase da minha vida, se tornaram os melhores momentos do meu dia.

Ele me ensinou também a, em toda hora do almoço, ir até o carro e ficar por uns 15 minutos procurando relaxar e praticando o exercício e repetindo o “estou calmo”, “estou calmo”.

E você não imagina como isso com o tempo começou a fazer a diferença.

Experimente!

Dizem que na hora certa temos ajudas inesperadas e a dica do café veio da esposa de um amigo, que se hospedaram em uma casa que tenho no meio do mato, e eles prepararam um café para quando fui buscar a chave da casa e, depois do lanche feito, ela perguntou se eu tinha notado algo diferente no café, e eu disse que não, e ai ela falou que era descafeinado e eu passei a usar.

E eu que já tinha mais de 50 anos sofrendo de insônia e que emprestei a casa para eles descansarem, fui o maior presenteado.

Parece que eles vieram ali só para me ajudarem.

Mas ninguém precisa ter que ir em psiquiatra, pois o fundamental pode-se fazer em casa, no quintal, na área coletiva de um prédio, não importa, mas temos que acreditar no resultado, pois o nosso grande mal é ficarmos pensando que só indo na academia, na yoga, no psiquiatra, em um clube, etc é que vamos ter proveito, mas não, a solução está em coisas bem simples, ao alcance de todas as mãos e bolsos.

Desligar a televisão e o computador e ir até a portaria do prédio jogar uma conversa fora com o nosso porteiro, ou com quem estiver por ali, ou dar uma volta pelo pátio, sentar no play ground, não custa nada, e olhar para a noite, fugindo da luz artificial, outro grande mal dos tempos atuais.

Não adianta ficar conversando só com quem é de nosso relacionamento ou de nosso nível social ou cultural; a beleza e a sabedoria das relações humanas está em sabermos nos comunicar com qualquer pessoa, e saber tirar prazer nisso, e não só em lugares pré determinados, como barzinhos, restaurantes, academias ou saunas de clubes.

Temos que voltar a sermos seres humanos desapegados das aparências e dos lugares, e saber que a felicidade já está aqui bem do nosso lado, nada de precisar projetar coisas futuras para ai sermos felizes, o caminho não é esse, muito pelo contrário.

O melhor papo está muitas vezes onde menos esperamos, está no comerciante, na feira, enfim onde estivermos sempre existe a possiblidade de estarmos aprendendo algo, trocando uma ideia, e viver o presente, é isto que nos faz ficar bem.

Como nos diz o mestre Abdruschin em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade" (www.graal.org.br), dissertação Vivei o presente:

"Deve-se, sim, também pensar no passado, a fim de extrair dele ensinamentos, bem como sonhar com o futuro, a fim de receber estímulo, mas viver plenamente consciente deve-se apenas no presente!"

Ser feliz é ter momentos para viver o aqui e agora e embora pareça algo tão simples, não é mais para quem se acostumou tanto a ficar em frente de um computador, e que vai dormir esgotado e ansioso sem se dar conta do hábito errado.

É que nem o café, pensamos que está nos fazendo bem, mas está fazendo muito mal.

Os pescadores acham que é a pescaria que os deixam relaxados, quando na verdade é o ficar concentrado olhando para aquela boinha que não os deixam pensar em mais nada.

Eles nem precisariam ficar matando entes vivos, que muitas vezes nem vão comer, para relaxarem, pois ficar de olhos fechados escutanto o silêncio no meio dos barulhos, escutando o nosso íntimo, reparando na nossa respiração, dar umas respiradas fundas, e prestar atenção para neutralizar os pensamentos que surgem para nos desestabilizar, trariam o mesmo resultado.

E não precisamos ficar em posição de lótus da (o) yoga, e em um lugar e horário determinado para relaxarmos, pois a pratica da concentração, e com isso o relaxamento, você pode executar onde estiver, ou em um grande engarrafamento, ou na fila do banco, ou no próprio ambiente de trabalho, ou no seu quarto.

A cada hora se dê alguns minutos para a prática, mesmo continuando a trabalhar, o importante é criar o hábito.

Você sabe porque as mesas de jogos de cassino são todas com pano verde?

Porque a cor verde é a cor que mais nos acalma e fazem os jogadores ficarem jogando dia e noite, sem sentirem vontade de parar. Por exemplo, na cor vermelha, poucos aguentariam ficar jogando por horas.

Então imagine um contato com a natureza de vez em quando, heim?

E não precisa ir para longe da cidade, nem para nenhum bosque ou parque onde, normalmente, está a cidade toda, pois qualquer praça serve, ou então aprecie aquela simples árvore que ninguém mais dá bola, ponha a mão nela, sinta-a, isto já vai fazer muito bem a você e inclusive à ela, pois isto é dar amor.
Poeta

Crónicas :  POVOS EDUCADOS, SIM, COM A DISCIPLINA DO ESTADO
POVOS EDUCADOS, SIM, MAS DISCIPLINADOS PELO ESTADO

Sempre fui muito observador, desde minha adolescência, nos anos setenta, talvez por motivo de sobrevivência, pois era mais da turma das sociedades alterativas, da contra cultura, e o tempo era de ditadura, e o mundo, com ou sem ela, me parecia muito assustador.

Mas esse senso observador deveria ser mais incentivada nas nossas universidades, assim como é alguns países industrializados, e que geraria, assim como lá, mais empreendedores, novas tecnologias, mais registro de patentes, mais riquezas, menos pobreza, etc, tudo o que faz um país ser mais justo e sem tanta interferência do estado que só empobrece, no final, todo mundo.

E este senso de observação me ensinou muita coisa na minha primeira viagem ao exterior, pois quando cheguei na Alemanha já na escada rolante vi uma enorme câmera me filmando, e todo mundo que estava chegando, e já fiquei ligado, pois estava em um país sem falar inglês nem alemão, e com dois amigos querendo fazer festa na Oktoberfest de Munique.

Em Frankfurt, à noite, uma das primeiras impressões que tive foi do que é estar em um país rico, pois no calçadão, bem em frente à uma grande loja da Mercedes Benz, com diversos modelos expostos, tinha uma joalheria com um relógio em plena vitrine e com a etiqueta do preço, e com aquele valor daquele relógio dava para comprar dois daqueles carrões ali na frente, uns trezentos mil euros.

Primeira conclusão:

Se ele estava na vitrine não era nem um nem dois que passavam por ali com cacife para compra-lo, enquanto no Brasil só se falava em Rolex naquela época, e os mesmos ficavam guardados dentro de um cofre só aberto para clientes muito especiais, e não passavam dos modelos de até R$ 30.000,00.

Ficamos, eu e meus amigos, analisando aquela vitrine, não tínhamos mais nada a fazer mesmo, pois só partiríamos no dia seguinte, e vimos que não era um vidro comum, provavelmente blindado e cheios de milimétricos filetes de alarmes, além das câmeras claro.

Segunda conclusão: Pais rico, mas muito vigiado por câmeras o que educa qualquer povo.

Uma outra experiência que tivemos, ai já em Berlim, ocorreu quando estávamos para atravessar uma pista mais larga que separava os metrôs dos trens que nos levariam para outra cidade. E enquanto aguardávamos um veículo bateu em outro que parou no sinal.

Um dos meus amigos, mais experiente, quis demonstrar algo para nós e apesar de estarmos quase na hora de pegarmos um trem, quis ganhar uns trocos de nós e disse que apostava que não dariam nem cinco minutos e já chegaria um veículo da polícia, eu fiquei impaciente, estávamos em cima do horário, mas eu acho que não deu nem três minutos e lá estava o veículo da polícia para os trâmites e liberar a pista.

Conclusão comprovada depois: A cada determinado raio de quadras há uma central de monitoramento controlando tudo, nada escapa, e instantes depois de qualquer ocorrência já tem algum policial ou mais, no local.

Povo educado? Sim, mas tremendamente controlado para que ele se mantenha assim.

Outro exemplo tidos naquela pequena viagem foi de que, na verdade, qualquer um pode entrar nos metrôs sem pagar o ticket mesmo, e meus amigos, como “bons” brasileiros que são, insistiram em fazer isso, mas eu não cai nessa e fui comprar os meus, apesar de não saber falar nem alemão, nem inglês, e por isso dependente de um deles que sabia, mas meus amigos ficaram me chamando de careta, mas compraram também os deles.

Resumo da opera e o “segredinho”:

Existem uns inspetores que aleatoriamente entram em um ou outro vagão e também aleatoriamente pedem o ticket para um ou outro passageiro e caso um desses não o tenha comprado será dirigido até um posto policial onde pagará uma multa bastante elevada, em comparação ao valor do ticket, e ficará registrado como transgressor, o que o deixa de ser primário.

Esta informação estava em um quadro colocada em cada vagão.

E ai vai arriscar?

Um outro exemplo, ai já na Oktoberfest, notei que em todos os grandes salões, como os daqui de Blumenau, sempre existiam, de forma muito discreta, o contrário daqui, os pares de policiais em cada bloco, e quando chegou onze e meia da noite, o último metrô deveria ser meia noite e meia, já não se vendia mais chopes, e quando chegou perto da meia noite só havia ainda uns gato pingados como nós ainda no barracão e fomos embora também.

E todo mundo muito bem sentados nas suas mesinhas ou nas suas mesonas conversando sem maior estardalhaço.

Talvez nos finais de semana ficasse até mais tarde, mas ai já não sei. Em Blumenau é uma esbornia que faz os moradores irem para bem longe da cidade neste período.

Outro exemplo de organização ocorreu fora dos barracões.

Um frequentador havia caído e notava-se que estava machucado e sentado no chão aguardando socorro, e que tinha uns cinco policiais em volta do mesmo para proteger a situação.

Mas o inusitado é que eles estavam de costas para o machucado, que deveria estar esperando um paramédico, e a mensagem desta posição policial era evidente, evitar a aglomeração de curiosos, então todos passavam, olhavam de longe, mas não se aproximavam, e continuavam os seus caminhos e ai eu lembrei de quantos acidentes mortais ocorrem aqui por causa destes curiosos, e que quase matam o machucado de asfixia de tanto que se aproximam.

Povo educado? Sim, mas com a presença do estado para manter esta educação.

Um outro exemplo, ai já não comigo, mas com um amigo que é uns dos mais conceituados experts de gado leiteiro do mundo, além de professor da UFPR e vive dando palestras pelo mundo, e em uma roda de conversa, onde expus este meu ponto de vista “sobre povo educado”, ele concordando ilustrou-a com a seguinte :

“Estava viajando pelo interior do Canadá e se deparou com um sinaleiro fechado, no meio do nada, e ai olhou para a esquerda nenhuma viva alma, virou para a direita idem, só plantações para onde olhava, olhou no retrovisor ninguém a perder de vista, para a frente também, e então calmamente avançou o sinal e, para a sua surpresa, uns dez minutos depois, apareceu aquela viatura da polícia mandando ele parar, e ele foi levado com a esposa até a delegacia mais próxima".

E lá, além de pagar pesada multa, ainda ficou fichado e ai dele se ocorresse novamente, provavelmente seria deportado.

Então existe povos educados pelo mundo afora?

Sim, claro que existem, mas com a mão de ferro do estado para manter o direito da coletividade sobre o individual, e essa constante, ao longo de decênios, forma realmente povos educados, tanto é que vimos após alguns jogos da copa do mundo cidadãos japoneses e alemães limpando o lixo que havia em redor de onde estavam sentados.

E, falando em Japão, cabe exemplificar, que naquele país milenar, os pais também respondem pelos crimes cometidos pelos seus filhos menores de idade. Os pais, como educadores, são responsáveis por todos os crimes que seus filhos possam cometer.

E ai, vai encarar? Não é à toa a quantidade de brasileiros lá presos.

Outro fato que só em decênios chegará por aqui, pelas nossas bandas, é que o valor da multa por infrações de transito é proporcional ao bolso de cada um, e também ao valor do veículo, como já é em países como Alemanha, França. Áustria e outros.

O recorde ocorreu na Suíça onde um juiz deu uma multa de R$ 650.000,00 para o proprietário de uma Ferrari Testarossa que avançou o sinal, e que tinha uma renda mensal em torno de dois milhões de euros.

Um estudo feito nestes países mostrou que quanto maior o valor do veículo, maior a chance do motorista não respeitar as leis de trânsito, e entre os carrões 35% não respeitam esta lei e na média geral só 12%, então as multas passaram a ser proporcional aos valores dos veículos ou do bolso do motorista.

No nosso país já temos visto a mudança de nossos cidadãos depois destes poucos anos onde começamos também a sermos filmados, mas ainda temos muito o que aprender.

Nos jogos de futebol na Inglaterra e outros países nós já sabemos porque eles ficam tão sentadinhos e bonitinhos nos seus lugares e depois saem tranquilos para irem embora.

Ou ninguém lembra do que aconteceu com os hooligans que puxaram cadeia e que todos os que foram sendo processados tinham que comparecer duas horas antes de cada jogo em alguma delegacia e de lá só saiam quatro horas após os jogos, caso não tenham sido banidos dos campos de futebol.

Em suma:

Povos educados? Sim, mas com a presença firme do estado sempre garantindo o direito e a ordem da coletividade.

Para os nossos boêmios vai a informação que no Canadá e em alguns outros países da Europa, os bares só podem vender bebida alcoólicas até à uma hora da manhã e não importa se é fim de semana ou não.

E ai vai encarar?

www.hserpa.prosaeverso.net

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br
Poeta

Crónicas :  O TORMENTO DO SEXO
O TORMENTO DO SEXO

Fala-se muito de sexo hoje, principalmente em alguns países do Ocidente, nos latinos mais e nestes alguns mais do que em outros, como se ele fosse a única cereja das relações humanas .

Ele virou o ápice da diversão dos tempos modernos e que se sustenta cada vez mais por pirotecnias e excesso de erotismo.
E como as relações estão indo de mal a pior ele fica como o grande fator determinante destas relações, mas é muito pouco para mantê-las longevas.

O sexo tão propagado é o sexo fortuito, o das aventuras, o nunca saciado, o sexo das traições e das paixões portentosas e finitas, o sexo dos já viciados, o sexo como auto afirmação, mas também o sexo da decepção, da desolação, da solidão, da frustração, o sexo que não tem mais nada de natural.

Já em um casamento ele volta à sua normalidade, mas tê-lo como alicerce principal é como morar em uma casa sem estrutura adequada e um dia cai, umas mais cedo outros mais tarde, e por isso tantos casamentos desfeitos em pouquíssimos tempo, pois o sexo fora do casamento é o “parque de diversão”, no casamento ele é a satisfação natural do organismo.

Antes eram os rapazes que se vangloriavam das suas aventuras, hoje são as meninas, tanto que chegam a gravar as suas aventuras e depois se arrependem quando cai na rede ou nem se arrependem.

Hoje o sensualismo é explorado até em propagandas de fogão, e em quase todas as mídias lá está ele presente; na maioria delas não se está mostrando só a roupa a ser vendida, sempre tem uma linha subliminar implícita explorando sensualidade que vai insuflando, feito gota a gota, dia após dia, a libido exacerbada de muitos, e isto não se vê tanto em países nórdicos ou nos mais desenvolvidos.

Nos shows em festas particulares Ivete Sangalo, na animação da festa, pergunta “Quem ainda não beijou na boca?” E para as mãos estendidas ela chama um de um lado e outro de outro para se encontrarem no meio e darem o tal beijo, que já é recorrente entre desconhecidos nas festas, e em menor grau, por enquanto, a relação sexual propriamente dita, então estamos em plenos anos babilônicos e como tais teremos o mesmo fim, assim como teve todas as civilizações que chegou neste estágio.

Em países como a Alemanha e a Suíça a modelo mostra a roupa para despertar na mulher a vontade de comprar a roupa, simplesmente, pois não necessariamente a propaganda precisa despertar a atenção também dos homens, assim como um homem não pensa nas mulheres quando vai comprar um carro e o topless não é tão comum assim, mas quando praticado normalmente é de forma discreta.

Já a cerveja, aqui nas nossas bandas, vende a ideia que com ela vai rolar o que o cara quiser, mas a maior parte terminam bêbados e sozinhos e, em muitos outros, vão se somando decepções e sofrimentos, pois não se adaptam e esta falsa euforia e se sentem estranhos no ambiente.

Em alguns países um homem ficar olhando muito uma mulher em ambiente público é assédio, uma invasão de privacidade, e ela em contrapartida se veste pelo seu gosto pessoal, pelo prazer de se sentir bem com aquela roupa.

E para estes países milenares o direito e a privacidade individual prevalece, mas vai realmente até onde começa o direito da coletividade, pois o direito do coletivo está acima de tudo o mais, e por isto são sociedades organizadas, evoluídas e "cheias de câmeras", e são considerados povos educados, mas esta educação é resultado de leis rigorosas que os tornaram disciplinados, pois a verdadeira educação é baseada na ordem, e o peso do estado é onipresente na vida dos seus cidadãos para proteger este bem comum, e isto foi incutido na sociedade ao longo de séculos, quando não milênios.

Já uma mulher totalmente pelada já não seria vista da mesma forma, assim como seria uma atitude agressiva andar de topless em plena Avenida Paulista ou pelas ruas de Berlim, assim como um homem sem camisa também é inadequado nestes lugares.

Este grupo Les Femmes protestar mostrando os seios parece patético, no país delas talvez ainda seja chocante, já para muitas partes do mundo, como a nossa, soa até ridículo.

Então estas propagandas com sensualidade variam de país para país, assim como não existem nos países orientais, como no Japão, Coréia e outros, onde nem na Playboy atual há nus totais.

E nestes países beijos explícitos em público são considerados atentados ao pudor, uma humilhação a que ninguém se expõe, pois o consideram como parte do ato sexual, (estão errados?) e este conceito faz parte da cultura do povo e não imposto pelo governo.

E alguém pode dizer que eles são sociedades retrogradas?

Na Alemanha existem os bairros onde se vendem coisas eróticas e pesadas, mas são em guetos normalmente bem definidos.

Na Croácia, e em países daquela região, homens e mulheres não se beijam no rosto quando se cumprimentam, um bom aperto de mão está de bom tamanho, e quando visitam o Brasil levam um choque com o hábito invasivo do beijo protocolar e recuam instintivamente e assustadas, então dá para imaginar que são mais pudicos no dia a dia.

Nos nórdicos este bombardeamento de sensualismo, tanto masculino ou feminino, não está presente no dia a dia, mas mesmo nos Estados Unidos o topless, em épocas do ano, vê-se no Central Park, mas discretamente, pois a mulher não fica andando de lá para cá.

Recentemente uma escritora disse em seu livro que o sexo leva a mulher ao amor, o que não acontece com o homem, e isto é verdade, quando estes encontros se tornam frequentes muitas mulheres acabam se apaixonando.

Homens e mulheres veem de forma diferente a mesma publicidade, mas no fim todos estão cada vez mais infelizes.

Em reportagem recente na revista Veja cita-se que a mulher assassinada, a mando do goleiro Bruno do Flamengo, teve outras relações na mesma festa, mas todos usaram camisinha e ele não, engravidando-a, e por isto virou chacota entre colegas do meio.

Erasmo Carlos nos últimos tempos tem dito que há sim, muito sexo para um septuagenário, e deve haver, se este for o interesse, pois o homem, assim como a mulher, estão vivendo mais em todos os sentidos e chegar aos setenta anos é uma coisa natural, e com os recursos que se tem hoje, ele não precisaria nem falar nisso, e estas falas parecem até uma autoafirmação de um roqueiro inseguro.

Hoje uma mulher de vinte e cinco anos ainda é quase uma adolescente, psicológica e afetivamente falando, e na geração anterior ela já era uma mulher madura, mas a expectativa de vida era bem menor. Hoje as mulheres são emancipadas, mas sabemos que a maturidade afetiva está vindo bem mais tarde por causa disso.

Então os períodos de amadurecimento, com a evolução da medicina, a qualidade de vida, a dedicação aos estudos e a busca da independência, jogou mais para a frente o amadurecimento emocional e afetivo, mas as relações não estão perdendo em qualidade por causa disso.

A verdade é que para cada um o sexo tem um peso diferente, e não deve-se procurar criar um padrão, pois feliz do casal que tem afinidade e o tempo certo nesta área, mas a felicidade depende de muitos outros fatores também importantes, afinal o sexo toma apenas um pequeno tempo, mas o que acontece antes e o depois é que vai ditar a dinâmica e a qualidade dele.

O sexo não deveria ser tão recorrente nas conversas e não ser motivo para tantos estudos, e isto acontecer, só mostra o quanto o ser humano se desviou de uma vida natural, pois afinal ele é praticado desde que o homem é homem e desde que a mulher é mulher.

Mas o sexo realmente já deixou de ser natural, por um lado pelas orgias dos tempos mais remotos e atuais e, por outro lado, por religiões que consideram a sexualidade como algo pecaminoso, quando a satisfação da sexualidade, sem incentivos artificiais, é um desejo natural de um corpo sadio, quando em uma relação.

Mas quantas mentes ainda são sadias?

Será que para um septuagenário o sexo ainda tem que ter tanta importância e quantidade, assim como quer passar Erasmo Carlos?

"Diz-se “que envelhecer é ruim, mas o que vem depois é pior”, falando-se materialmente da perda do corpo, mas este “depois” e ai também "o antes" deveria ocupar mais a nossa atenção, afinal este corpo e seus desejos é temporário e foi só mais um na nossa existência".

“O ser humano somente não deve deixar-se dominar pelo desejo sexual, tornando-se escravo de seus instintos, caso contrário ele os transforma em paixão e com isso o que é natural , sadio, torna-se vício doentio." Abdruschin em Na Luz da Verdade – A Abstinência sexual beneficia espiritualmente? - www.graal.org.br

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Crónicas :  A RECIPROCIDADE ESPIRITUAL NAS DOENÇAS
A RECIPROCIDADE ESPIRITUAL NAS DOENÇAS

Então o médico mandou fazer biopsias de algumas manchas que lhe surgiram no corpo e quando foi buscar o resultado constava “compatível” com hanseníase, a chamada lepra de séculos medievais. Apavorou-se.

Esta doença foi um estigma milenar na história da humanidade, cujos doentes eram colocados isolados da sociedade para nunca mais voltarem ao seu convívio, e isto a até menos de cinquenta anos.

Na idade média eram obrigados a portar sinos que anunciavam a sua chegada, e viviam se escondendo pelos cantos e nas sombras, e iam perdendo pedaços dos seus corpos, como dedos, nariz, e se deformando as suas fisionomias de forma grotesca. Diz-se que veio para a Europa com os cruzados.

Caiu como uma bomba o diagnóstico para ele.

O seu médico disse que era só iniciar o tratamento que sumiam os sintomas e o perigo de transmitir para outras pessoas, mas mesmo assim ele se apavorou, mas como é simples o tratamento hoje em dia.

Mas indo à um especialista descobriu que aquele “compatível” dava margens para muitas coisas, inclusive para algo bem simples como se evidenciou em novo exame, mas o medo que sentiu serviu para alguma coisa. Tinha chegado o momento de repensar a sua vida, só estava precisando daquele impulso final.

Então vemos que teve doenças pontuais na história da humanidade que foram meios para que as leis naturais nos trouxesse os frutos do que plantamos em tempos idos e de forma para desencadear as reciprocidades criadas por nós mesmo.

Se não pensarmos assim o mundo seria muito injusto e as igrejas dizerem, ao longo dos milênios, "que estes seriam os desígnios de Deus" só passou a ideia de que o Criador seria muito injusto e que, ao contrário do que disse Albet Einstein, ele gostaria de jogar dados aleatoriamente, e com isso não merecedor da nossa consideração, mas porque só com relação ao ser humano não existiria a perfeição tão vista na natureza e no espaço sideral?

Esta doença afetava o ser humano em todos os campos, tanto social, psicológico (imagine o sofrimento), como físicos.

Qualquer doença também pode vir para aprendermos algo necessário para o nosso desenvolvimento, ou para nos desviar de algum caminho que seria mais danoso a nós, como no susto citado acima, ou quando alguém vai temeroso buscar o seu exame de Aids e feliz pela negatividade passa a ter mais responsabilidade com a vida.

Então podemos dizer que, se a Lepra já não traz mais nenhum estigma psicológico, social, e nem físico, ela já cumpriu a sua finalidade como desencadeadora destes retornos, pelo menos no Ocidente, o que não quer dizer que a humanidade melhorou.

A doença Ébola (ou ebola) acabou se restringindo a algumas regiões da África e não se expandiu pelo mundo, mas causou muito susto incicialmente, mas até quando estaremos livre disso vivendo nestes amontoados de gente dos grandes centros e com os antibióticos já não fazendo o efeito que tinham?

Também tivemos o exemplo da Gripe espanhola ocorrida na década de 20, em plena 1ª guerra mundial, com dezenas de milhões de mortos espalhados pelo mundo, principalmente nos exércitos estacionados na Europa. Ela causou mais baixas do que a guerra propriamente dita

Talvez o que a lepra causou aos seus acometidos só tenhamos tido em paralelo no início da proliferação da Aids, onde as pessoas também foram segregadas, inicialmente, pelo resto da sociedade, mas aquela foi por milênios e a Aids só por um pouco mais de duas décadas; hoje os adoentados já possuem uma vida normal, mas, com certeza, ainda acometidos de sofrimentos psicológicos.

Outro exemplo foi o período “áureo” da tuberculose no Brasil onde ainda vê-se na bela Campos do Jordão as marcas do hospital luxuoso que tinha na bela cidade, dos tempos em que os doentes abastados iam para lá para tentarem melhorar com o ar da região e ganhar mais algum tempo de vida.

Uma doença também da boemia, ou de uma vida menos regrada, não em todos casos, claro, como foi considerado, no início, a Aids.

E hoje, aparentemente, o período mais nefasto das doenças psíco/afetivas, as de transtorno de humor como a bipolaridade, a ansiedade, a depressão e fobias sociais, está chegando ao seu fim, pois os diagnósticos estão muito mais rápido do que a vinte anos atrás, e com isto tratamentos eficazes foram descobertos para estes males que martirizaram e martirizam uma boa parte da sociedade moderna.

Doenças essas que foram mais tipificadas, inicialmente, nos anos sessenta e setenta, onde a própria humanidade viveu o seu período de bipolaridade, de um extremo as guerras geopolíticas e caretices em geral, e do outro os muitos doidões, a contracultura e as "sociedades alternativas".

Interessante que estão sendo feito muitas descobertas com aquilo que marcou o período da contracultura como a canabis e o LSD e que, infelizmente, foram banidos dos laboratórios por causa do uso que tiveram alternativamente, hoje dito recreativamente, mas que são uma boa promessa para muitos males, pelo menos é por onde tem se voltado a ciência da mente.

Tive um amigo na adolescência que fumou desta erva, mas ela não lhe fazia bem, era evidente, quanto a mim eu não gostava dela, me deixava sem chão, mas outros amigos gostavam, e aquele sucumbiu à esquizofrenia, doença que comprovadamente o uso da maconha potencializa, mas nesta mesma erva, conhecida milenarmente, existem muitos outros princípios ativos que podem ajudar em muitas outras doenças, conforme pesquisas recentes.

Mas o medo de lidar com legiões de viciados foi motivo suficiente para alarmar qualquer governante, mas os métodos usados de repressão mostrou que o caminho tomado não foi o melhor e ainda gasta-se bilhões de dólares para o seu combate.

Se a Lei seca dos EUA levou os gângsteres ao poder que tiveram, então seria de imaginar que com os narcotraficantes não seria diferente.

Já a Bipolaridade hoje é tão falada, tão estudada, e já com remédios altamente eficazes foi o mal de alma de muitos a até poucos anos, e que levou tantos a caminhos erráticos, com evidente prejuízo do convívio social, mas, principalmente, para a falta de paz intima dos seus acometidos e a falta de controle dos seus cérebros desenfreados e “turbinados”.

Mas o caminho aterrador destas doenças também já está passando e hoje gasta-se mais em pesquisas nesta área do que com pesquisas para o câncer, só como exemplo.

Nas décadas de setenta a oitenta a bipolaridade tinha a denominação de “Psicose Maníaco Depressiva”. Um termo impróprio que por si estigmatizava o portador.

Ninguém queria ter um "maníaco" por perto, mas com a denominação mais apropriada e estudos avançados e hoje sem medo pode-se dizer-se ser bipolar sem causar nenhum frenesi.

E assim vão surgindo novas doenças, ou são melhor diagnosticadas, e outros males como secas, guerras e convulsões naturais vão surgindo para trazerem a reciprocidade para a humanidade perdida, enquanto outras vão ficando pelo caminho libertando os sofredores, mas tudo tem uma hora certa para cada final de sofrimento.

Das doenças psico/afetivas citadas aparentemente a humanidade logo estará libertada para que os acometidos melhor repensarem seus caminhos sem tanto sofrimento.

Mas o que surgirá então para dar continuidade às colheitas dos tantos males que a humanidade, e o homem individualmente, criou ao longo da sua história e existência?

Que doenças ou outros males ainda virão?

Tantas doenças ligadas ao medo torturam tantos seres humanos, mas também quantas atrocidades foram praticadas na história da humanidade, quantos medos foram provocados, tanto por guerras, quanto por ditadores déspotas, como também por tantas religiões com suas fogueiras e mártires e mesmo pela morte de Jesus com tantos gritando pela sua crucificação. E como nos disse o próprio Jesus "O que o homem semeia isto ele colherá".

E pelos sofrimentos que afligem hoje tanto a humanidade, podemos dizer que estamos em plena época de colheita.

“Somente o saber da existência de repetidas vidas terrenas dá esclarecimentos e explicações sobre o “porquê” dos muitos sofrimentos e das aparentes injustiças sob as quais geme a atual humanidade.”” Roselis von Sass em “O Livro do Juízo Final” – www.graal.org.br

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Crónicas :  A INFLUÊNCIA DA VIDA ANTERIOR NESTA VIDA
A INFLUÊNCIA DA VIDA ANTERIOR NESTA VIDA

Na adolescência os amigos sinceros foram seguindo os seus caminhos e ele, devido à fobia social que foi se intensificando, foi cada vez mais se isolando ou sendo mero acompanhante daqueles que ainda o aceitavam no grupo, afinal aquele cara quieto que não participava muito das conversas acabou perdendo qualquer voz ativa com o tempo.

Nesta altura já tinha que guardar as suas opiniões para si, apesar de saber que estava certo, mas já não tinha forças para expô-las e isto lhe fazia um mal danado, pois ficava se remoendo e isto só alimentava a sua já baixíssima autoestima, ainda não entendida como tal.

Na natureza tudo que você não usa vai se atrofiando e nisso também entra o simples fato de começar a guardar as suas opiniões, pois chega um momento que você não consegue mais expô-las. Você ficou à margem do movimento natural do convívio social, assim como não voam mais as galinhas de tanto terem ficado ciscando no chão.

Mas na vida particular ele já era um recluso e andava feito andarilho cada vez mais sozinho, um ser sem compreensão daquele mundo que parecia cada vez mais assustador e da qual ele não se sentia fazer parte.

Chegou ao ponto de se sentir em um buraco anímico de onde espiava a vida, como de uma fresta de um porão da sua alma e mesmo em família, aliás, ali, o ambiente era mais perigoso do que na rua.

O tempo passou, teve que aprender a se virar com estes males perenes, afinal tinha que sobreviver, mas o convívio no trabalho era sofrível, então não parava em emprego nenhum, mas se tornou uma pessoa de rompantes, qualquer coisa que acontecesse pedia a conta.

Apesar de silencioso na aparência começou a sentir um mar revolto dentro de si, se tornando como uma panela de pressão que poderia explodir a qualquer momento.

Mas nunca explodia e tinha que conviver com esta situação antagônica, mutismo de um lado e a vontade de se fazer valer de outro, mas sentia que isto nunca aconteceria de uma forma natural, por isso se continha. Ele tinha que conseguir o equilíbrio antes de se expor.

Era como se a vida em sociedade lhe fosse proibido, quanto mais necessitava de aceitação, mais afastava as pessoas. Então andar era o único caminho, sempre andar para não precisar conversar com ninguém e nem ficar em casa.

Em todos os lugares parecia que todos o estavam olhando e por isso ficava sempre circulando, não parava nunca.

Mas com o tempo foi tendo que encarar estes medos, afinal não era rico e cedo ou tarde ia ter que se virar sozinho, pois se os seus pais morressem, com certeza ele ficaria sem ter aonde morar.

Não se aproximava de meninas de sua idade, mas começou a ter os seus casos e a compulsão por sexo reprimido se pronunciou , sendo mais um problema (a culpa sempre presente criada pelas religiões), mas sem namoros, pois qualquer relação firme e duradoura exporia a sua fragilidade emocional, e não se via saindo de mãos dadas na rua. Era como se isto lhe fosse proibido, como se não tivesse esse direito.

Então de tanto conquistar mulheres na noite a sua autoestima foi melhorando e o sexo começou a ser a sua moeda de troca, além de aumentar a compulsão, pela qual também ficava se punindo.

E a vida foi indo e quando ele já tinha tido centenas de casos sem maior envolvimento emocional, a solidão foi pegando forte e ele viu o quanto ainda era extremamente sozinho e as conquistas, que se tornaram fáceis, foram se tornando um tormento, uma obrigação, como se não pudesse recusar as tantas mulheres que agora apareciam.

Chegou a um ponto que não aguentou mais segurar a barra de viver só e superficialmente, e começou a ansiar por paz, e aquela vida de nunca ter um porto seguro estava lhe derrubando, cansando, lhe deprimindo, mas ele não sabia como mudar.

Ele já estava saindo por sair com elas, já estava perdendo a única moeda de troca, estava cansado de companhias superficiais, mas a fobia por relacionamentos afetivos e diurnos ainda era do mesmo tamanho, ele só tinha aprendido a conviver com ela.

Se tornou articulado e se tornou um homem de sucesso profissional, mas no mundo afetivo e nos momento de lazer ainda era aquele adolescente assustado, aquela pessoa solitária. Vivia mais em função do que os outros gostariam de ver nele, virou um escravo desta dependência e ficava trabalhando até tarde, pois dali não teria outro ambiente para ir. Os finais de semana eram um tormento.

Sentia-se muito mal, mendigava animicamente por aceitação, mas quanto mais queria ser aceito mais parecia que fazia tudo errado. Era um mendigo de afetividade e as bravatas de conquistador, de bom vivente, só camuflavam estes temores, mas não sabia por onde começar a resolver o cerne do problema.

Como é que poderia de uma hora para a outra começar a ser ele mesmo?

Mas quem é ele afinal?

Ele não tem nem ideia mais do que gosta ou não gosta na realidade, pois vive em função dos outros. O mundo nós não conseguimos mudar, então a solução está em mudarmos a forma de vermos este mundo, o que vemos nele é reflexo do que sentimos no nosso íntimo, se temos medo, então ele nos será assustador.

Mas de onde vem esta sensação de medo social? De onde está sensação de ter que agradar todo mundo para pelo menos poder ficar ali por perto? De onde esta vergonha de sair de mãos dadas com namoradas durante o dia?

A noite era o único ambiente, não por escolha, mas era o que sobrava, mas a vida foi evoluindo e ai ele recebeu uma ajuda para entender a confusão que ele tinha no íntimo e entender como é que funciona o passar do bastão de uma vida terrena para outra.

Conheceu um gênio maluco, que deu uma entrevista em um jornal sobre um estudo que estava desenvolvendo baseado na numerologia que seria “a cura pelos números” e que deu o nome de Numeríatria. E ele foi lá e se tornou amigo do cara, que para ele foi muito esclarecedor, ficou sabedor dos motivos de tanta fobia e vergonhas, pois ficou sabendo que tudo o que ele sentia era em função de maus usos do muito poder que tinha tido em uma outra vida.

Foi um déspota, um tirano, que pensando fazer o bem oprimia toda uma coletividade com o seu temido poder religioso e rígido, daí a vergonha de sair na rua com namoradas; nesta outra vida não se permitia isso, em nome de um conceito errado religioso, cujos membros não podiam namorar, nem casar, se comprometendo forçadamente com o celibato, e ele tinha sido rigoroso com isso também, e não levava em conta o direito do livre arbítrio de cada um.

Este poder que dispunha era comum os religiosos terem nas suas regiões a apenas poucos séculos atrás, muitas vezes um poder maior do que o de muitos reis.

E ai o numerólogo foi lhe explicando que agora aquele ser poderoso não tem mais poder, então se sente ameaçado em todo canto que vai, vê perigo em todo lugar, pois não tinha sido uma pessoa justa, longe disso, então se sentia em ambiente hostil agora nesta vida, pois não tinha mais o poder que lhe dava a proteção para os seus desmandos daquele época.

Esta atuação foi tudo em função de conceitos errados que tinha sobre a vida espiritual e que considerava certo e tentava impor a outros.

Então daí vinha a vergonha inconsciente de andar de mãos dadas com uma namorada durante o dia, pois era como se todos o ficassem olhando e dizendo assim agora: “Olha só o cara, era um tremendo de um xarope e agora está ai de mãos dadas como se nada tivesse acontecendo”.

E a vida é baseada no que sentimos no nosso íntimo e quem causou medo aterrador, agora se sente sem defesa nenhuma e não se sente ser aceito por ninguém, pois antes se impunha, não conquistava com afetividade e agora tem a impressão que todos o querem pegar.

“Perdeu o poder e agora está apavorado que o peguem”. Está será a sensação íntima numa próxima vida dos tiranos, pois viveram sem plantar o amor, não era um poder baseado no respeito e afeição, mas no medo.

Hoje ele já superou bastante disso tudo, já não tem vergonha de andar de mão dada com namoradas e não tem mais aquele medo atroz, mas ainda não trabalha bem a não aceitação, mas está a caminho disso, e sabe que vai morrer tendo muito ainda que aprender nesta área de relações sociais e afetivas.

* "Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo." Roselis von Sass. E ele, mais do que ninguém, sabe do quanto esta escritora está certa.

Neste início de século XXI tivemos dois exemplos claros de como seria a vida futura de dois tiranos já ainda nesta vida deles agora.
Um foi Saddan Russein do Iraque e o outro Muammar Cadafi da Líbia.

Quem procurar no Youtoub, ainda deve encontrar a expressão de medo de Saddan Roussen quando foi pego e tirado de dentro do buraco onde estava escondido.

O medo medonho estampado no seu rosto será o medo que ele trará na alma na próxima vida, infelizmente, pois devido ao medo que provocou para algumas das etnias do seu povo, encarnará no meio delas, provavelmente, mas não terá mais o poder que tinha hoje e daí virá a sensação de estar em meio ao inimigo.

O convívio social será muito difícil, como foi o da pessoa aqui retratada.

E com este medo que trará na alma ele vai vagar pelas noites, pelas sombras, se escondendo, e não terá remédio nenhum que lhe dará paz, nunca se sentirá bem e nem aceito onde for, embora seja só uma sensação sua, enquanto não procurar dentro de si as razões e procurar se entender e superar.

Na nova vida vai parecer que a qualquer momento será descoberto, mas isto só existirá dentro do seu íntimo, pois ninguém nem vai notar nada do que está acontecendo dentro daquela atormentada alma ali do lado, nem ligar para ela.

Mas para nos sentirmos assim, não precisamos ter sido nenhum “grande” tirano, pois a maioria destes estão no convívio nosso de cada dia, nas empresas, nas organizações, nas famílias.

E este medo já ficará evidenciado imediatamente na vida sem o corpo terreno que acabou de abandonar, o poder ficou com a indumentária do corpo, este poder só existia na Terra, e o medo, o pavor da fragilidade sentida agora, ele continuará sentindo no além e ainda pior quando novamente aqui encarnar.

Saddan, já na saída do esconderijo, mostrava o quanto a falta de poder iria lhe fazer sofrer.

*“Os muitos sofrimentos humanos tiveram início no passado! Hoje cada um colhe apenas aquilo que no decorrer de suas muitas peregrinações terrenas semeou.” “O que o ser humano semeia terá de colher”” já nos dizia jesus".

*Roselis von Sass em “O Livro do Juízo Final” (www.graal.org.br)

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