|
|
|
Estou com os sentidos
em estado de alerta...
Deixo a porta aberta,
para o poema entrar.
Ele pode estar
em qualquer lugar:
numa canção, na imaginação
no céu, no mar, no ar...
Quando o poema vem,
sem a gente esperar,
ele nos faz um bem...
É tão bom escrever
sem saber no que vai dar.
Dá sentido ao meu viver.
A.J. Cardiais
11.09.2014
imagem: google
|
Poeta
|
|
|
|
Na cabeça do poeta
nem sempre tem poesia.
Às vezes está tão vazia
que nada lhe completa.
Parece o vazio do universo,
o vazio de tudo.
É justamente porque o mundo
está ficando complexo.
O poeta escreve um soneto
vazio – não metrificado –
porque o soneto é limitado
e se arruma do mesmo jeito.
São quatorze versos:
dois quartetos e dois tercetos.
A.J. Cardiais
26.04.2015
imagem: google
|
Poeta
|
|
|
|
Quando um poema
quer nascer,
o poeta consegue ver
a sua germinação:
O poema sai do chão,
sai do céu, sai do mar...
Sai de qualquer lugar
que caiba a imaginação.
O poema é o sim
e o não da inspiração.
Alguns "poetam" assim,
Outros "poetam" assado...
São tantos que no fim,
sai poemas pra todo lado.
A.J. Cardiais
18.06.2014
imagem: google
|
Poeta
|
|
|
|
Liberte a poesia
da praga, da heresia
de ser só o que alguns
teóricos querem.
Liberte a poesia
dessa utopia do “belo”;
de ser só o modelo,
que exige a Academia.
Faça um poema prático,
sem praticar desobediência.
Um poema democrático.
Faça um poema tático:
critique sobre a ignorância
que irradia nossa ciência.
A.J. Cardiais
20.06.2014
|
Poeta
|
|
|
|
Diga que me ama,
porque preciso ouvir.
Seu amor é um elixir
que me tira da cama.
Diga que me ama
agora, enquanto é dia.
À noite, acesa a chama,
tudo pode virar poesia.
Diga que me ama,
e entregue-se sem medo...
O amor é um grande enredo.
Diga que me ama...
Que, se for de verdade,
será a chave da nossa felicidade.
A.J. Cardiais
15/10/2012
|
Poeta
|
|
|
|
Abandono um poema,
entro em outro esquema,
escorrego numa rima...
Não resolvo o problema...
Tudo que vem “de cima”,
dizem que é sagrado,
e se correr é pecado...
Então sou um pecador:
Eu corro um bocado.
Fujo da vida atribulada,
fujo de tudo e de nada.
Fujo até de mim,
quando estou assim, assim...
Com a alma atribulada.
A.J. Cardiais
03.05.2014
imagem: a.j. cardiais
|
Poeta
|
|
|
|
Não faço poema experimental...
Faço poema com açúcar e sal.
Às vezes coloco pimenta,
para ver se esquenta.
Não faço poema inventado.
Só faço poema se estiver inspirado.
Às vezes fica muito adocicado,
às vezes muito salgado...
O meu único problema
é que escrevo poema
sem me preocupar com esquema.
Às vezes carrego umas ideias nas entrelinhas,
porque infelizmente as palavras
não brilham sozinhas.
A.J. Cardiais
25.03.2015
imagem: google
|
Poeta
|
|
|
|
Às vezes eu preciso
de algum subsidio
para escrever,
porque não dá pra viver.
Às vezes preciso morrer
nas entrelinhas.
Muitas vezes a dor
não é minha.
O mesmo posso dizer
da tristeza
ou da alegria.
Às vezes minha vida é vazia.
Então para compensar,
eu encho com poesia.
A.J. Cardiais
25.03.2015
imagem: google
|
Poeta
|
|
|
|
O poeta vê poesia
onde parece não haver:
nos olhos de uma mulher,
no desabrochar do dia,
Numa palavrinha qualquer,
num lugar sem alegria;
na pobreza, na beleza,
numa rima despencada...
O poeta vê tudo e nada.
Com sua imaginação
imaculada,
faz uma dissertação
(às vezes desordenada)
da sua emoção.
A.J. Cardiais
imagem: google
|
Poeta
|
|
|
|
O momento está tão feio,
que assustou minha alma.
Ela perdeu a calma,
e ficou cheia de receio.
A Vida está no meio,
pedindo para ela se acalmar.
Mas ela quer é voltar
para o lugar de onde veio.
Minha Alma está apavorada
com esta situação descontrolada...
Eu não sei o que fazer,
Diante desta situação.
Deus, com o Vosso perdão,
não seria melhor eu morrer?
A.J. Cardiais
03.11.2011
|
Poeta
|
|
