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Chego em casa com a sensação do dever cumprido. Materialmente, tudo em paz...
Toda grana recebida já foi desfolhada... O que restou? Nada.
A minha distração agora será a poesia. Entrego-me poeticamente a desnudar palavras e ideias.
A.J. Cardiais 01.12.1990 imagem: google
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Poeta
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Não gosto de versos longos. Talvez por ser preguiçoso. Talvez eu seja amoroso, e não queira cansar as palavras.
Talvez minha mão deslize e caia no verso seguinte. Talvez a mão de quem pinte não seja a mão de quem vive.
Talvez seja, talvez não seja um poema de quem almeja escrever uma joia rara.
Mas poema se vê de cara: há uma “quebrança” nas frases. Por isso precisam de analises.
A.J. Cardiais 22.09.2014 imagem: google
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Poeta
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O que me faz navegar, são poemas que não sei. Em alguns eu naufraguei, por arranhar-me a emoção.
Palavras ditas em vão provocam enlouquecimento. Poemas são momentos descritos com satisfação.
A.J. Cardiais 08.08.2014 imagem: google
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Poeta
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Estou tentando ficar à vontade... Abusar das palavras sem preocupação.
Mas a teoria, de antemão, dá um alarde, chamando sempre minha atenção.
Para a teoria, poesia não é “objeto de satisfação”.
Mas quem escreve só com teoria, não passa emoção.
A.J. Cardiais 02.08.2014 imagem: google
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Poeta
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Está difícil extrair ouro das palavras... Está difícil garimpar. É preciso quebrar blocos de ideias. É preciso imaginar.
Demarcar o veio em que se vai trabalhar e começar a cavar letras, até achar um filão...
Mas muita atenção, pois o ouro está misturado ao cascalho... É ouro em pó. Tem que ser muito bem trabalhado.
Imaginem o monte de letras que alguém tem que cavar, para encontrar as palavras, extrair o ouro e transformá-lo em um texto.
A.J. Cardiais 17.12.2010 imagem: google
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Poeta
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Sou só um poeta às avessas descontrolando-me no tempero das letras, pondo mais sal ou mais pimenta.
Sou mais um perdido que a poesia sustenta, e vive arrotando que é poeta.
Sou mais um trabalhador de sonhos, um idealizador de nadas, uma chaminé de palavras.
Sou só um poluidor dos olhos e das mentes para quem não gosta de ler, nem de pensar.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não gosto de fazer poema a “sangue frio”... Desses que o poeta nada sentiu.
Desses que o poeta só arruma as palavras e prende-as como escravas para dar algum sentido.
Só gosto de poema comovido. Que eu me comova na hora de escrever e que alguém se comova na hora que ler...
Não faço um poema “por fazer”... Faço quando sinto algo e quero dizer.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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As palavras ganham forças, quando bem propagandeadas. Às vezes não dizem nada... São só miragens ou loucuras de um poeta, em seu momento mais alucinado.
Porém, se você não entendê-las, estarás cometendo um pecado, porque os teóricos, os letrados o condenará como ignorante.
As palavras, na primeira instância, são para serem entendidas... Palavras são vidas, que só vivem se divulgadas.
As palavrinhas guardadas para as “boas ocasiões”, viram palavrões, nas mentes não acostumadas.
A.J. Cardiais 15/08/2013 imagem: google
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Poeta
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Não gosto de fazer poema a “sangue frio”... Desses que o poeta nada sentiu.
Desses que o poeta só arruma as palavras e prende-as como escravas para dar algum sentido.
Só gosto de poema comovido. Que eu me comova na hora de escrever e que alguém se comova na hora que ler...
Não faço um poema “por fazer”... Faço quando sinto algo e quero dizer.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não siga os meus “ais”... Escrevo sozinho nas bandas das madrugadas. As palavras acordadas são as mais usadas.
Não tenho o estudo das ideias mortas. Só conto as sílabas seguindo as palavras tortas.
Não podo os galhos dos poemas, porque eles se abrem à minha passagem...
Então não vejo necessidade de cortá-los do meu caminho. Eu sou como o espinho: não me bula e eu não furo.
Gosto de pisar no escuro para ver se clareio algum lugar vazio.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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