Crónicas :  "Heróis" da periferia
"Heróis" da periferia
As armas sempre exerceram um certo fascínios sobre as pessoas. Enfim elas significam o poder, o domínio. E entre a criançada esse fascínio é bem maior. Pode parecer que não, porém o que mais uma criança sonha é ser poderosa e respeitada. Não é à toa que elas querem ser super-heróis: força, poder, respeito, admiração... É por isso que muitas delas, quando são perguntadas o que querem ser, respondem sempre: policiais, bombeiros, artistas... Reparem bem: poder, coragem e fama.
Imaginem as crianças de algumas periferias, que o exemplo vivo que elas têm de poder, coragem e fama são os marginais... Elas veem à toda hora eles circulando armados e impondo o poder... Veem as pessoas “respeitosamente” bajulando os chefes das quadrilhas... Elas não assistem os policiais circulando armados e mostrando poder. E quando assistem alguma coisa sobre policiais na televisão, é o repórter martelando e mostrando manifestações contra policiais que, no exercício de suas funções, alvejaram algum inocente.

A criança, eu sei que não sabe. Mas um repórter, acho que deve saber que um policial é gente. E, portanto, está sujeito a cometer falhas. Um policial também está sujeito a medos, inseguranças e preocupações... O repórter também deve saber que o policial tem mulher, filhos e vontade de continuar vivendo, apesar de todos os dias sair para uma batalha, sem saber se vai voltar.
A imprensa, certas horas, coloca o policial como um marginal. E o pior: fica alardeando.
Nós sabemos que em TODOS os segmentos da SOCIEDADE existem os bons e os maus exemplos. Mas a criança, coitada, não sabe de nada... O que vocês acham que elas vão querer ser quando crescerem?

A.J. Cardiais
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Poeta

Crónicas :  Raça brasileira
Raça brasileira
Por que deram para perguntar para o cidadão brasileiro, qual é a sua raça? Segundo minha pouca informação, o que identifica a “raça” é o DNA e não a cor da pele. E qual é o nosso DNA? Qual é o DNA dos brasileiros? Nós temos todas as raças no nosso sangue. Nós somos a mistura, a miscelânea, a miscigenação das raças.

Eu li numa revista, que fizeram um exame de DNA em Neguinho da Beija Flor e em Daiane dos Santos, e o DNA deles é 70% de branco. E agora, eles “pertencem” a qual raça?
O Brasil precisa acabar com essa besteira de “raça”. Nós não temos “raça”, nos temos é RAÇA. Vencemos na raça e se divertindo. Nós não temos UMA face... Nós podemos nos passar por qualquer pessoa dos outros países: Nós podemos ser asiáticos, indianos, europeus, africanos...
Nós somos todos em UM.
Eu tenho quase certeza, que se fizerem um exame de DNA em mim, vai dar esse resultado: 50% negro, 49% índio e 1% branco (este 1% é a epiderme). Isso é meu desejo, e desejo tem poder. A pele que me cobre o corpo, não cobre a minha alma.

A.J. Cardiais
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Poeta

Crónicas :  Verdade com metáforas
Verdade com metáforas
Entre idas e vindas, vamos completar vinte e sete anos de casados... Nesta manhã eu olhei para ela, esperando encontrar algum resquício de amor. Não havia mais nada... Talvez, só um grãozinho de desejo bem longe... Nada que assanhasse minha alma. Pois o amor vem da alma. Antigamente eu sonhava encontrar alguém, para amar durante toda a minha vida. Mas isso ficou só no sonho.

Não gosto de ficar pensando em como tudo isso aconteceu. Dói muito relembrar. Eu gosto de seguir adiante. O que passou, é passado. Perdeu, está perdido. Não adianta ficar procurando o porquê disto e daquilo. O tempo não volta. Você não conserta o que passou no tempo. Detesto o “se”. Aquela coisa de ficar pensando: se eu tivesse agido assim, se eu tivesse agido assado... Não adianta lamentar.

O negócio é o seguinte: o amor é um fogo que precisa ser alimentado, para continuar aceso. O casamento, para durar, precisa de respeito, compreensão e criatividade. O meu ainda está durando, porque EU fico me virando para manter isso. Infelizmente sou eu sozinho. Como eu gostaria que ela pensasse assim também... Tudo seria melhor.

A.J. Cardiais
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Poeta

Crónicas :  Crônica sobre as crônicas que pretendo escrever
Esse título ficou “pomposo”, porque não encontrei meios de reduzi-lo. Se eu colocasse “Crônicas das Crônicas”, eu estaria me superestimando. Se eu colocasse “Crônicas Sobre as Crônicas”, eu estaria falando sobre todas as crônicas, e não das pobrezinhas que estão esperando pela minha boa vontade (que na verdade não é minha, pois eu também fico esperando por... digamos que seja a inspiração). Mas falando das “pobrezinhas”, elas não sabem que a culpa não é minha. Como eu não sei dizer o nome do verdadeiro culpado (ou culpada) e quem aparece sempre na história sou eu, então carrego esta culpa.

Mas falando das crônicas “pobrezinhas” que estão esperando pela minha vontade, eu digo que elas ficam insistentemente me perguntando quando é que eu vou posta-las na internet. Coitadas... Elas não sabem o que é internet. Elas pensam que ao serem expostas, todos irão admira-las, elogia-las... Elas pensam que as pessoas vão dizer: Você é muito boa, dona Crônica. Muito gostosa de ler. Eu me deleitei com a senhora... Aliás, é senhora ou senhorita? Elas só pensam nisso, coitadas. Não imaginam o pior. Não sabem que vão ter que enfrentar um monte de bocas torcidas, de narizes empinados, de falsos elogios, de indiferenças... E o pior é que elas não vão poder descer do tamanco... Vão ter que engolir com classe, porque ninguém é obrigado a aceitá-las.

Tadinhas das minhas crônicas... Ficam com esse assanho todo, quando eu as exponho, e elas veem a “parada” aqui fora, ficam arrependidas de terem insistido tanto para que eu as postasse na internet. Elas pensam que as coisas aqui são fáceis. Elas precisam entender que o mundo literário, não é melhor nem pior que os outros, é igual.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Paz e Amor
A minha única ambição é ter paz e amor. E se tiver que escolher um, entre os dois, eu fico com a paz. De que adianta ter um amor, sem ter paz para curti-lo? Vejo muitos casais dizendo que se amam, mas vivem num inferno de desentendimentos, que o amor fica longe. Ora por ciúmes, ora por falta de respeito e compreensão. Eu digo sempre: Onde existe respeito e compreensão, existe paz. Até entre inimigos pode existir paz, se os dois tiverem respeito e compreensão. Se o “mais forte” respeitar o espaço do outro, e evitar invadi-lo; e se o “mais fraco” for uma pessoa compreensiva, perceberá que o outro, que poderia trucidá-lo, respeita o seu espaço, passará a respeitá-lo não por medo, por ver que o inimigo é uma pessoa compreensiva. Eu cito isso porque existem muitos fracos abusados. Sabem que não podem com a briga, mas ficam fustigando o inimigo. Principalmente quando o inimigo o evita. Aí é que eles procuram aparecer...

Por aí dá para perceber que onde existe respeito e compreensão, existe paz. Pode ser uma paz mentirosa, mas não existe medo nem confusão. Aquela coisa de: “Ou medo, ou respeito”, não existe. Os casamentos de antigamente duravam porque, na sua maioria, eram alicerçados no respeito. A mulher não confiava no marido, mas procurava respeitá-lo. O homem, por sua parte, confiava na mulher e, para “respeitá-la”, fazia “seus negócios” longe. Em casa procurava parecer um “santo”. Então era muito difícil ver uma discussão entre casais. Com isso eu não estou querendo que as mulheres se tornem Amélia’s e Emília’s. Eu só estou citando o lance do respeito e da compreensão gerar a paz. Se as pessoas vivessem sintonizadas com essas duas palavras: Respeito e compreensão, talvez o mundo vivesse em paz. Porque o amor, do jeito que as pessoas estão concebendo, só traz uma paz momentânea. Fique em paz.

Obs. "Ai Que Saudades da Amélia" é uma composição de Ataulfo Alves e Mario Lago.
Ouça aqui: https://www.vagalume.com.br/mario-lago ... e-saudades-da-amelia.html

"Emília" é uma composição de Wilson Batista.
Ouça aqui: https://www.letras.mus.br/wilson-batista/265221/

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Que Deus me perdoe
Que Deus me perdoe
Deus que me perdoe por escrever este texto. Mas quando a gente vê certas imagens, a gente fica se perguntando: Cadê Deus? O que foi que essas pessoas fizeram de tão ruim, para merecerem esse castigo? Por que Deus não toca nos corações dos milionários, não faz eles olharem para esta cena, e se apiedarem? Vejo os milionários gastando dinheiro com tanta coisa fútil. Não poderiam ajudar essas pessoas?

Uma vez eu vi, num programa de futilidades, o carro mais caro do mundo. Tratava-se de um carro (caro) coberto com diamantes. Eu acho que foi isso, porque eu não me interessei muito pelo assunto. Agora eu pergunto: Para quê essa idiotice? Isso faz o carro ser “melhor” em quê? É não ter como gastar a fortuna. Então por que Deus não toca no coração de um “miserável” desse, e o transforma numa pessoa caridosa? Ah, esqueci que Deus não se mete onde não é chamado. Tem algumas pessoas ricas que até fazem algumas “caridades”, em nome do Imposto de Renda.

Mas falando a verdade, não dá para entender o sentido da vida... A gente vê tantos políticos vivendo às custas da miséria do povo, e nenhum mal chega até eles. Nem da Terra, nem do céu. Nada lhes acontece. Eles passam por esta vida, ricos e felizes, sem nunca serem abordados por um AVC, por um DIABETES, por uma dessas doenças degenerativas, para que eles descubram o sentido da vida. Ou, com muita sorte para nós, por uma parada cardíaca fulminante, que nos livre deles de uma vez só. Mas isso não acontece com eles. Isso só acontece no meio da plebe.

Que Deus me perdoe mais uma vez, mas até parece que Ele protege os facínoras, os ditadores, os gananciosos... Porque esses caras não têm nada! E quando tem, o dinheiro logo os cura. Os caras estão destruindo vidas, destruindo o mundo e não recebem nenhuma “punição”. Isso é um péssimo exemplo para nós. O meu único consolo é achar que, quando eles chegarem “do outro lado”, eles pagarão com juros e correções monetárias todo mal que fizeram por aqui. Ninguém voltou para confirmar isto que eu estou falando, mas pensar assim já alivia a indignação.

A.J. Cardiais
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Poeta

Crónicas :  A vida é como um rio
Viver desejando o passado, não serve... O passado só existe na nossa mente e nas imagens. Para a vida não existe passado nem futuro. Para a vida só existe o presente. Ela segue em frente transformando o amanhã em hoje, sem se importar com o ontem. O ontem não existe mais. E nós ficamos tentando situar-nos no tempo, entre um passado bom e um futuro incerto. Quando o passado foi bom, ficamos tentando repeti-lo sempre. Mas a vida segue adiante, a vida não se repete. Tem certas coisas que nós achamos que está acontecendo novamente, mas para a vida nunca é a mesma coisa. Sempre existe alguma modificação (para melhor ou para pior) que nós não percebemos.

A vida é como um rio que dá voltas e voltas, mas nunca volta a se encontrar. Ele pode voltar para a mesma direção, nunca para o mesmo ponto em que resolveu virar. E, muitas vezes, quando ele volta para a mesma direção, já não é o mesmo rio. Pode estar com outro nome, pode estar mais caudaloso, por culpa dos afluentes, pode estar poluído... Assim mesmo é a vida. Ela pode dar voltas. Mas nunca volta ao mesmo ponto, porque o tempo já é outro.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Os erros e as falhas
Vou começar este texto pedindo desculpas aos leitores que, às vezes, tropeçam em alguns erros no transcurso da escrita. Explico: quando estou escrevendo, saio atropelando tudo: língua, palavras, gramática, concordâncias... Tudo! É uma corrida maluca, onde eu quero chegar ao fim logo, para não perder a ideia no meio do caminho. Porque, quando a gente perde a ideia, a gente perde um tempo enorme procurando porque foi que resolveu escrever o texto. A gente perde o principal do texto: o motivo. Eu pelo menos sou assim: só escrevo motivado por alguma coisa. Parece que fui picado por alguma coisa, aí começo a coçar... Ainda bem que eu escrevi um texto intitulado “Escrever e Coçar, é só Começar".

Até aqui ainda não estou perdido, mas juro que já estou procurando olhar para onde é que estou indo. É justamente quando começa essas preocupações, que a gente se perde. Imaginem se a gente for ficar procurando a concordância mais perfeita etc. É aí que a vaca corre para o brejo, e a gente vai atrás. Vocês já devem ter percebido que, a essas alturas, eu já estou correndo atrás da vaca, não é? Pois estou mesmo. Perdi a faixa de sinalização. Só que eu não quero ficar parado, procurando, porque pode ser pior. Vou seguindo pelo brejo mesmo... Quem sabe lá adiante eu não encontre uma estrada asfaltada?

Estou no brejo e me lembro que eu já li alguns romancistas dizerem que, às vezes, os personagens criados por eles eram quem conduziam as próprias falas. Como aqui o personagem sou eu (ou não?), eu tenho que procurar um jeito de chegar ao fim de qualquer maneira... Vou ficar enrolando até o “motivo” voltar. Quem se arriscar em ler que engula esta xaropada ou então bote fora. Nessa brincadeira de enrolar, o “motivo” já piscou três vezes, e eu o perdi...

Piscou! O “motivo” é este: se eu for ficar parando para verificar se está tudo certo, eu não chego ao fim. Aí acabo perdendo a motivação, deixo para depois e não acabo nunca. Como eu disse: saio atropelando tudo e só deixo para dar uma revisada quando acabo. Dou umas duas revisadas, vem o fogo de ver o texto "no ar", então acabo postando. Não consigo fazer como já disseram os mestres Drummond e Quintana: deixar na gaveta esfriando, para depois ir podando os erros, as falhas. Quando eu tento fazer isso, acabo podando é minha euforia. Às vezes quando leio um texto meu, já com o sangue frio, acho que está ruim e termino não postando. Eles tinham profissionais à disposição para fazerem a revisão dos textos deles, eu não. Eu só conto com o auxílio valoroso do computador. Quando ele grifa de vermelho, já sei que é uma pedra. Aí lá vai eu retirá-la para que meu amado leitor não tome uma topada. Mas vá com cuidado, porque sempre há uma pedra no meio do caminho, que eu não soube (ou esqueci de) retirar.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Quando a morte vem
As pessoas precisam entender que não existe “preparação” certa, para evitar a morte. Quando o médico manda o paciente evitar de comer gordura, fritura, sal, açúcar, deixar de beber, de fumar, fazer exercícios etc, ele está fazendo isso para que a pessoa viva com saúde e evite as doenças. Quando ele fala que se a pessoa continuar fazendo uso dessas coisas irá morrer logo, eu acho que ele só esta querendo assustar. Acredito que a morte só leva alguém, quando chega o dia da pessoa. Se fosse assim, todas as pessoas que malham e que se cuidam, só morreriam bem idosos. Mas não é o que a vida nos mostra.

Vejam como só morre quem tem que morrer: Quantos acidentes você já ouviu falar que, entre várias pessoas, só uma ou duas ficam vivas? Uma vez eu li (isso já faz tempo) que um avião havia caído em um lugar, e o único sobrevivente foi um bebê... Como pode? O caso do cantor Herbert Viana é um exemplo.

Tem gente que come tanta “porcaria” que faz mal à saúde, e não sente nada... Às vezes morre de velho. Tem gente que bebe, fuma... pinta os canecos, e só vai morrer depois de velho. Aí vão dizer: É uma questão de genética. Recentemente um médico, de 51 anos, morreu vítima de infarto fulminante. Como eu não entendo de medicina, eu pergunto: Para ele ter esse infarto fulminante, ele já deveria apresentar qualquer sintoma que indicasse essa possibilidade, não? O cara era presidente do Sindicato dos Médicos. Não é possível que ele não soubesse qualquer coisa, a respeito dele mesmo. Segundo estou lendo aqui no jornal, ele mesmo entrou em contato com a SAMU, quando sentiu-se mal. E quando estava sendo encaminhado a um hospital, teve duas paradas cardíacas.

Se fosse uma pessoa qualquer, talvez até os parentes ficassem culpando os médicos do SAMU, pela morte. Dizendo que eles demoraram, que eles foram negligentes etc. As pessoas sempre querem um culpado para a morte de alguém. E a morte, como não é besta, procura sempre uma desculpa pra dizer que a pessoa morreu por causa disso e daquilo, não porque chegou o dia da pessoa partir.

A.J. Cardiais
Poeta

Crónicas :  Quando a morte vem
Quando a morte vem
As pessoas precisam entender que não existe “preparação” certa, para evitar a morte. Quando o médico manda o paciente evitar de comer gordura, fritura, sal, açúcar, deixar de beber, de fumar; procurar fazer exercícios etc, ele está fazendo isso para que a pessoa viva com saúde e evite as doenças. Quando ele fala que se a pessoa continuar fazendo uso dessas coisas irá morrer logo, eu acho que ele só esta querendo assustar. Acredito que a morte só leva alguém, quando chega o dia da pessoa. Se fosse assim, todas as pessoas que malham e que se cuidam, só morreriam bem idosos. Mas não é o que a vida nos mostra.

Vejam como só morre quem tem que morrer: quantos acidentes você já ouviu falar que, entre várias pessoas, só uma ou duas ficaram vivas? Uma vez eu li (isso já faz tempo) que um avião havia caído em um lugar, e o único sobrevivente foi um bebê... Como pode? O caso do cantor Herbert Viana é um bom exemplo.

Tem gente que come tanta “porcaria” que faz mal à saúde, e não sente nada... Às vezes morre de velho. Tem gente que bebe, fuma... Pinta os canecos, e só vai morrer depois de velho. Aí vão dizer: é uma questão de genética. Recentemente um médico, de 51 anos, morreu vítima de infarto fulminante. Como eu não entendo de medicina, eu pergunto: para ele ter esse infarto fulminante, ele já deveria apresentar qualquer sintoma que indicasse essa possibilidade, não é verdade? O cara era presidente do Sindicato dos Médicos. Não é possível que ele não soubesse qualquer coisa, a respeito dele mesmo. Segundo estou lendo aqui no jornal, ele mesmo entrou em contato com a SAMU, quando se sentiu mal. E quando estava sendo encaminhado a um hospital, teve duas paradas cardíacas.

Se fosse uma pessoa qualquer, talvez até os parentes ficassem culpando os médicos do SAMU, pela morte. Dizendo que eles demoraram, que eles foram negligentes, etc. As pessoas sempre querem um culpado para a morte de alguém. E a morte, como não é besta, procura sempre uma desculpa pra dizer que a pessoa morreu por causa disso e daquilo, não porque chegou o dia dela (da pessoa) partir.

A.J. Cardiais
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Poeta