Poemas de religíon :  Obra da Teosofia

Coração é terra que ninguém anda
É órgão que inflama que reclama...
Desiludido pelo sentimento que engana
Coração partido de saudade leviana.

Coração é traído pelo desejo
Manipulado pelo beijo, subordinado pelo seio...
Ludibriado pela malícia do meu pensamento
Funeral sem cortejo, fome sem sustento.

Coração é esculpido pelas mãos do destino
É imagem perplexa do desatino
Criança sem face, odre de vinho envelhecido...
No espelho do passado reflexo irrefletido.

Coração é valente nas batidas do peito
Estação de folhas secas carregadas pelo vento
Coração é covarde amedrontado pelo medo
É inverno sem saudade céu nublado e cinzento.

Coração é lápide de mármore, histórias frias
Que pulsa dentro ao peito, nas batidas pela vida...
Estranho pergaminho, de palavras escondidas
Do engenheiro lá do céu, a mais pura obra prima.



Poeta

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