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PAULO COELHO EM ALGUNS MINUTOS

PAULO COELHO EM ALGUNS MINUTOS

“Seja como a fonte que transborda e não como o tanque, que sempre contém a mesma água.”

Esta fase é de um poeta inglês, mas que eu não teria conhecimento se não tivesse lido o excelente livro de Paulo Coelho “Veronika Decide Morrer”.

Eu li o primeiro livro do Paulo Coelho por impulso numa promoção e era um dos menos vendido por ele e que não me lembro o nome agora, pois não tenho o hábito de acumular livros em casa e faço-os caminhar, só guardo aqueles realmente especiais, como o segundo que eu li “Veronica Decide morrer” que eu achei ótimo e que já vendeu 10 milhões de exemplares.

Como o autor diz no livro os pais dele o internaram num manicômio, fato bem corriqueiro naqueles anos de ditadura, para que ele não freqüentasse mais o grupo de “desajustados” , do qual eu também fazia parte, que ele estava frequentando.

Grupo de desajustados eram os cabeludos da contracultura e seus hábitos, o que para época precisava ter alguma coragem, mas não faziam mal a ninguém, talvez só a eles mesmos pelos baseados que fumavam.

Aqui em Curitiba também conheci o caso de um pai, sargento do exercito, o que na época já era de relevo esta baixa hierarquia, que internou o seu filho, amigo próximo da nossa turma, num manicômio ou sanatório para alguns.

Está certo que todos se chamavam de malucos, mas daí aos pais levarem ao pé da letra, literalmente, não deixa de ser tragicômico.

Este nosso colega próximo chegou a escrever um livro que virou filme premiado “O Bicho de Sete Cabeças”, agora imagina se nós imaginávamos que aquele colega que parecia tão resolvido ia passar por uma dessa.

Só lembrei-me dele quando deu entrevista no Jô Soares.

Estou escrevendo esta e dando uma espiada na revista CULT e ali tem “n” resenhas de livros recém-lançados e que são merecedores de serem indicados pela revista, mas vão vender, com todo o respeito, independente da qualidade, talvez 10.000 exemplares, o que já seria um sucesso esplendoroso no mercado brasileiro, mas na média não devem passar de 03 mil e que, provavelmente nunca vão ser traduzidas para nenhuma outra língua.

Depois deste li “Onze Minutos” também com uma vendagem de 10 milhões; outro excelente livro.

Depois destes resolvi ler mais algum e ai encomendei junto “O Diário de Um Mago” e ai vi porque Paulo coelho, apesar deste livro ter chegado nos 50 milhões de livros vendidos, é tão escorraçado no Brasil e dei razão, não consegui passar das primeiras 40 páginas, achei o livro horroroso.

Eu acredito que os críticos de Paulo Coelho devem ter lido este primeiro livro dele e já o condenaram ao inferno literário sem ler mais nenhum livro posterior dele.

Como nunca fui de modismos levei 10 anos a ler alguma coisa dele e pelo motivo citado acima, mas provavelmente não teria lido mais nenhum se tivesse começado pelo “Diário de um Mago”, mas tive a sorte de não.

Larguei-o e comecei a ler “O ALQUIMISTA”, e a impressão sobre o detestado acima se desvaneceu, gostei do livro que vendeu outros tantos 50 milhões. Tem umas “viajadas”, para ser exato duas*, e o final é fantasioso, mas o desenroar do livro achei particularente interessante já que tenho uma história de negociante como o protagonista.

*(Enteais da natureza nunca podem ser considerados “demônios”, pois são servos do Criador e trabalham com os elementos da natureza conservando-a. vide "O livro do Juizo Final de Roselis von Sass que aprofunda o assunto)

Por estes três livros ele já merece a meu ver ter o sucesso que tem, embora ele procure pessoalmente passar uma imagem de mago que não tem nada a ver, mas temos que separar uma coisa das outras.

Este “Veronica Decide Viver” achei um libelo prazeroso de ler, pois começa com um ato tão pesado como a tentativa de suicídio de alguém e depois mostra como esta tentativa frustrada leva a protagonista a ser internada num manicômio para aguardar a morte, pois os traumas físicos causados pela tentativa a teriam debilitado tanto o seu organismo que teria só mais algumas semanas de vida.

E lá neste manicômio ela começa a se descobrir como pessoa e a se gostar, e os poucos dias de vida da “moça tão bonita e simpática”, começa a influenciar questionamentos em outros internados que estão ali por depressão e outros males e acaba trazendo todo um rebuliço no meio. O final é muito interessante e com final feliz e novos caminhos para muitos dos envolvidos.

Traz um questionamento social do que é normal e do que não é, e do que são sentimentos nossos, realmente, e dos que são impingidos pela “normalidade fajuta da sociedade”.

Outro que li em seguida foi “Onze minutos”, com + de 10 milhões vendidos também, e também achei muito bom. Também se passa num mundo estigmatizado, o da prostituição de luxo, mas vemos que a protagonista que se vê envolvida no meio, vai ao fundo e depois vai saindo dele com tantos conhecimentos que vemos que depende de cada um o caminho que faz para a sua vida, embora às vezes o meio de campo de muitos é tortuoso.

Nestes não tem nenhuma “viajada”.

Tenho outros diversos títulos dele ainda a ser lido, mas passou a minha fase de ler livros, por um tempo, até uma nova recaída.

Na década de setenta dizia-se: “Quem viver, verá!” eu acho que Paulo Coelho viveu e escreve sobre isto, tirando uma ressalva aqui e outra ali, mas ninguém é perfeito, nem os considerados autores clássicos, de cujos livros ruins não se fala e que muitos, também, não conseguem terminar de ler, mas que ficam ali na estante para dar um ar de intelectualidade, mas isto é de cada um.

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"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

minicrônica: UMA FURADA

UMA FURADA

Ouvi falar que naftalina era bom para espantar morcegos, teve um amigo que comprou dois quilos, não sei o que aconteceu com ele, mas eu só comprei um pacotinho com umas dez bolinhas e joguei no forro, bem em cima do quarto e uma coisa eu posso lhe falar:

Os morcegos ainda continuam lá, mas a minha esposa está acampada dormindo na sala de tv faz mais de uma semana e sem previsão de voltar, enquanto o sol não dissolver totalmente as ditas cujas.

Tomara que o veranico de Maio chegue logo.

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“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br

IRRADIAÇÕES

IRRADIAÇÕES

PODE SER DO BEM
PODE SER DO MAL!
VIR DO OLHAR DE UM ANIMAL.
DE UM ASTRO SIDERAL.

DE UMA ALMA APAIXONADA
POR ALGUÉM OU PELA VIDA.
DE UM MOMENTO DE ALEGRIA!
DE UM INSTANTE DE AGRADEÇIMENTO
OU UMA TROCA DE OLHAR...

DE UM ENTERNECIMENTO!
DE UM SORRISO DE CRIANÇA,
DE UM OLHAR INFANTIL,
DE UM BEIJO ADOLESCENTE.
DE UM DESCANSO MERECIDO
OU DE UMA MISSÃO REALIZADA.

DE UM ALVO CONQUISTADO!
DE UM RETORNO À PATRIA AMADA,
QUE DEVE SEMPRE SER COBRADA.
DE UMA VIAGEM SÓ DE IDA;
DE UMA VOLTA ANSIADA,

DE UMA SAUDADE NOSTÁLGICA,
DE UMA LEMBRANÇA QUERIDA!
UMA CHUVA NA JANELA...
RAIOS DE SOL NA ESTRADA.
DE UM PAPO NA ESQUINA...
UM MISTÉRIO IMAGINARIO.

DE UMA REALIDADE BENFAZEJA,
DE UM AFAGO LISONJEIRO...
DE UM BEIJO APAIXONADO
OU UM AGRADECIMENTO PELA VIDA.
UMA AÇÃO RETRIBUIDA.

UMA ORAÇÃO BEM SENTIDA!
UMA VIDA SEM ESPERA,
UMA VIBRAÇÃO ETERNA,
COM A SENSAÇÃO DE TUDO
ESTAR CUMPRINDO.

“Nos seres humanos o espírito somente é envolvido e escurecido através das ambições terrenas que, como escórias, aderem, sobrecarregam e arrastam-no para baixo’. Abdruschin em Na Luz da Verdade. www.graal.org.br

TRISTEZA, DEPRESSÃO, BIPOLARIDADE E A ESPIRITUALID

TRISTEZA, DEPRESSÃO, BIPOLARIDADE E A ESPIRITUALIDADE.

É um erro considerar a depressão como tristeza que se perpetua. Tristeza é tristeza e você pode conviver muito bem com ela, já a depressão é algo muito mais incapacitante, mais inpactante e muito mais aterradora e pode possuir um ponto de origem muitas vezes já esquecido.

Quando você está triste você pode responder bem a uma boa piada ou a uma brincadeira, pode acabar rindo, mesmo sem muita vontade e a tristeza você pode dividir com alguém, pois sabe o motivo, já a depressão na maioria das vezes não.

Na depressão há que ser prático, a vida tem que continuar e o lance é sair dela o quanto antes, mesmo que esse antes possam ser meses ou anos; e remédios ajudam, mas sem força de vontade não resolvem.

Muitas vezes levamos uma vida de alegrias criadas desde a tenra idade, aprendemos a mantê-la, mas no fundo pode ser sem base firme, pois lá num cantinho da alma pode ter ficado algo incapacitante que vamos levando, passando por cima, pois poderia mostrar a nossa fragilidade.

Mas como é de se presumir um dia vai arrebentar feito um coice e quando isto acontece todo o castelo se desmancha e damos de cara com a nossa mais dura realidade e ai não vamos saber lidar com esta incapacitação monstra que vai nos prostrar.

A meu ver a bipolaridade sempre começa pela depressão, você vai caindo nela como se fosse atropelado pela inadaptação do ambiente. O mundo vai te levando de roldão, você se perde e ai já não se adapta a nada, não se dá bem no convívio na escola, com as namoradas, com os amigos e vai surgindo o medo social, pois você se vê sem defesas para ele, despreparado para a vida, e realmente muitos de nós viemos assim, criamos um hiato em outros tempos que está fazendo falta agora.

Um exemplo: Alguém nesta vida não se permite relacionamentos afetivos, por algum motivo, o mais comum são os ligados às religiões, e se abstém de formar uma vida familiar e suprime também com isso, de forma antinatural, a atividade sexual.

Ai quando volta em uma próxima vida, (que pode ser esta atual), terá dificuldades nestes campos, pois vai querer namorar, mas não terá o traquejo devido, além de travamentos ou uma exacerbação do instinto sexual, não mais natural.

Sentir-se-á como se tivesse pulado um ano na escola e sempre estará com a sensação de que lhe está faltando algo, e realmente estará, e embora agora queira ter uma atividade afetiva e sexual normal vai sempre ter a
sensação de estar fazendo algo de errado, ter dificuldade de expor socialmente esta relação, e dai tantos sentimentos de culpa que não se sabe de onde vem, nem porque se sente.

Tudo que é exercido de forma antinatural e torcido vinga, e influenciará fortemente em uma próxima oportunidade de vida terrena.

E nesta vida, no aprofundamento do retraimento em função da falta de naturalidade que sente agora, o mundo começa a ficar mais apavorante na medida inversa desta limitação, então você reage, pois precisa sobreviver afinal, ganhar algum espaço e você precisa se sustentar, trabalhar, e então tem que criar um “personagem” que seja o contrário do que realmente é e entra no outro polo da bipolaridade, ou o oposto da depressão que é a euforia.

Mas que não se tenha a idéia de que este píco de euforia traga alguma felicidade, ela pode até passar esta idéia para quem está em redor, mas quem está passando por este processo está procurando se segurar para não pirar, para não extrapolar, então é uma luta em duas frentes opostas e a cura é achar o equilibrio entre estes polos só que o mundo não para, então é como se estivesse amarrado em cima de um touro bravo que não cansa nunca.

Parecer uma pessoa bem articulada e se desdobrar para manter-se equlibrado, longe a inanição da depressão e longe da piração, cria uma pessoa que acaba, muitas vezes, se dando bem materialmente, mas tudo construído em cima desta lacuna mal resolvida que não sabe por que tem, enquanto todos vivem tão bem à sua volta.

Um mundo vai sendo criado em volta daquela falta que continua mantida lá dentro do seu íntimo e que não é tão fácil de ser resolvida.

A não aceitação de si mesmo e uma enorme baixa autoestima o mantém longe do meio que ele não gosta e isto o joga para os polos, com o tempo automaticamente, então tem que trabalhar a autoestima e ai é onde a terapia cognitiva pode ajudar, enquanto os remédios o equilibram do outro lado.

Nesta loucura toda ele acaba se tornando muitas vezes uma pessoa bem articulada, de sucesso, e cheio de namoradas efêmeras, mas sem nenhuma que se torne muito íntima, pois isto acontecendo ela vai ver as deficiências ali existente, vai ver o quanto ele na realidade é “feio e sem graça” (na ideia dele) e ele não quer ver este lado exposto; que seja conhecida a sua condição de miserabilidade emocional.

O bipolar é um lider no seu meio ambiente, por falta de opção, pois ele não conhece o meio termo e a outra seria a submissão total, então domina o ambiente à sua volta. É reagente na dificuldade, é prático nas decisões e articulado, cativa muitos e afasta alguns, mas estes ficam discretos e para esses ele fica sempre na defensiva, pois pressente que eles sabem do "seu segredo".

Ele não passa em branco em nenhum ambiente, mas será sempre uma pessoa infeliz, camuflada na personalidade forte que desenvolve.Não há tempo para emoção, para a legítima afetividade, nem tem como conhecê-la, tudo é muito louco e está sempre a mil.

E vai levando este mundo, mas isto é custoso, pesado, e durante muitos anos, dezenas de anos, conhece um poder que antes no isolamento não tinha, mas um dia isto já não vai bastar e ele vai querer um relacionamento mais calmo, mais verdadeiro, vai querer ser feliz de verdade, e não só parecer feliz e articulado e então é onde a casa cai. Cai não, se estraçalha em milhares de pedaço.

Com o peso deste sentimento incapacitante ele desmorona na depressão novamente; pode ter construído um patrimônio considerável, mas sabe gastar bem, ou quase sempre, pois tem os seus tombos; se torna um vencedor e desenvolve um instinto apuradíssimo, pois é questão de vida ou morte para ele, pois se sente sempre em ambiente hostil e isto lhé dá muita tarimba.

Mas ele vai ver que os bens materiais não vão adiantar em nada nessa hora de derrocada, e a depressão bate, e bate muito mais pesado então, pois ele sabe que pode ter conquistado tudo, mas vai ver que este tudo na verdade não vale nada.

Acabou a artificialidade da euforia, mas mesmo nela como se tornar feliz se ele não sabe como? E o meio, o estado de equilibrio, como conseguir se não sabe mais como voltar a ele?

Soube criar mundos de relacionamentos, mas no fim do dia todos vão para os seus lares e ele até pode ter um, mas sempre com o sentimento da solidão presente, embora possa ter muitas pessoas à sua volta e ser amado por elas não se sentirá nunca totalmente feliz, pois a felicidade está em amarmos e não em sermos amados.

Como nos disse Jesus: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”.

E para o bipolar esta é a primeira lição a ser aprendida.

Aprender lições da vida é fácil, mas aprender a ter sentimentos, voltar a sentir emoções, aprender a ter alegrias genuínas, e não ser só movido pelo medo ou pela fuga do seu verdadeiro eu é o objetivo a ser atingido.

Na depressão não tem dinheiro, carros, apartamentos, bons restaurantes, belas companhias, viagens, que o empolguem mais. Acabou este período, e a sensação de impotência e da inutilidade de tudo isso para a sua verdadeira felicidade se lhe torna evidente.

A pessoa com depressão não está se sentindo só, está se sentindo dentro de uma masmorra sem nenhuma janela ou porta para o mundo exterior e nesta masmorra estão todos os seus entulhos ou sei lá o que, e ela não tem a chave para abri-la e nem mais as forças para continuar lutando e cai prostrado e impotente.

Isto é a depressão, o estar dentro de uma masmorra sem nenhuma janela nem portas, o total isolamento, sem nenhuma luz ou esperança e vai ter que partir do zero novamente. E o ressurgir desta esperança é conquistada em luta íntima árdua.

O que ajuda muito é aprender a relaxar e não deixar o cérebro dominar, pois nele só pensamentos negativos surgem e ele fica lutando íntimamante como se estivesse numa guerra contra algo imaginário, feito um Dom Quixote, lutando contra moinhos de vento criados dentro de si. Aprender a relaxar é importante.

"Não é a pescaria que deixa os pescadores se sentindo bem. O que relaxa é o ficar focado na boia e com isto a mente é dominada e os pensamentos indesejados perdem o espaço."

Inimigos criados na infância? Não, criados em outras vidas. Os poucos anos vividos até a adolescência não explicam tantos sofrimentos que muitos vivenciam.

Estes medos têm suas origens no que fizemos em outras vidas, quando possivelmente tivemos algum poder e o usamos mal e todos somos ligados às coisas erradas (ou certas) que fizemos no passado, contra alguém ou a uma coletividade e que agora nos assombram.

“Pois suas obras os seguirão”, pois nossas obras nos acompanharão, e haverão os períodos (ou as vidas) onde seremos vulneráveis e dai vem o medo inconsciente e sem explicação que muitos sentem e que precisam serem resgatados pela nossa mudança interior e novas atitudes.

E com a ajuda de tratamentos também, mas os remédios ainda são para toda a vida, pelo menos, por enquanto, o são para os bipolares.

‘Eis o que vos falta! Reconhecer a vontade de Deus, que repousa na Criação e nela se efetiva continua e automaticamente. Exatamente a esse respeito, porém, nunca vos ocupastes até agora de modo certo’. Abdruschin em Na Luz da Verdade – Servos de Deus - www.graal.org.br

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FRASE DO DIA

FRASE DO DIA


“DE QUEM SABE TUDO TEMOS MUITO POUCO A APRENDER"


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“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br

UM AMOR DE DOIS VERÕES

UM AMOR DE DOIS VERÕES

Ele foi à esquina costumeira para fugir do Fantástico e ver se pintava algum amigo para bater papo, e nem imaginava o que iria lhe acontecer e que influenciaria toda a sua vida.

Ficou ali sentado no muro até umas dez horas, mas ninguém chegando ele se esgueirou do muro para ir embora e quando atravessava a rua uma mina da casa em frente perguntou se ele não queria fazer companhia para ela, e uma amiga, que estavam festejando o aniversário de outra que estava acompanhada.

A aniversariante e o companheiro ficaram separados e ele com as duas ficaram conversando e tomando umas Cubas e beliscando uns salgadinhos na sala contígua.

Elas estavam morando a pouco ali e era novidade que chamava atenção, pois naquela época mulheres morarem sozinhas era uma raridade.

Ele tinha sorte com as mulheres, mas ainda não sabia tirar proveito disso, pois sempre se engraçava pelas erradas e o sexo ainda não predominava na cabeça dele, pois ainda não o tinha descoberto por inteiro naquela época de muito amasso e pouco vamos ver.

No final ficou o convite para voltar durante a semana.

Foi uma, duas, três vezes e viu que a coisa não era tão simples por ali e que a mina que o tinha convidado tinha um caso complicado e após uma briga com o cara ela voltou para a sua cidade.

Mas ele continuou a ir lá, pois tinha a outra com quem ficava conversando, escutando música e tomando as biritas.

O que ele não esperava é que a aniversariante, que era a mais bonitona e bem mais reservada, chegou um dia mais cedo e ficou do seu quarto escutando a conversa daquele piá de quinze anos e resolveu se chegar no outro dia.

E na saída a companheira de Cuba pediu para ele convidar um amigo dele, que ela sempre via passar, para vir junto no dia seguinte.

E ai nesse dia ele ficou com a bonitona e rolou um clima, uma dança, e a coisa se acalorou.

Ele se deu bem com a aniversariante e terminaram se amassando na cozinha. O amigo já tinha ido embora, mas para ele a noite durou mais, mas o final, ou o inicio, ficou para um dos dias seguinte.

Ela deixou tudo preparado e depois das danças e novos amassos ela o convidou para ira para o quarto e foi tudo muito bom com direito a luz de vela que ela já tinha preparado.

E o cara da noite de aniversário? "Era só um amigo muito solitário e por quem ela tinha muito estima e gostavam muito de ir a cinemas".

Bom, para ele tudo bem, mas por um tempo começou a achar que era verdade, pois o cara nunca entrava, só a trazia quase todas as noites e nunca muito tarde, mas enquanto ela não chegava ele ficava conversando com a outra que já tinha dispensado o seu amigo.

Os dois se afinaram muito bem com direito a almoço nos domingos e até passeios na região de mãos dadas para a inveja da rapaziada e os olhares das meninas, mas eles estavam na deles e não ligavam para nada em redor.

E o lance rolou por muito tempo, apesar de às vezes, ele ter que se esconder no sótão quando o cara entrava, mas isto era raro.

O coroa bigodudo e meio manco devia ter uns quarenta anos, ela tinha vinte e três, uma idade já avançada para o inicio daqueles anos setenta, então tinha ali um triangulo amoroso com três faixas etárias.

Quando o cara chegava sempre dava uma buzinada até que um dia, em um domingo à tarde, totalmente fora do padrão, ele não buzinou, e se chegando á janela da sala, que estava entreaberta, o viu enlaçado com ela.

Ele voltou ao carro e deu a buzinada e ela saiu e ele, que nesta altura já estava com mais de 16 anos, foi para a cozinha, mas ela voltou logo dizendo que o fulano os tinha visto e que era melhor ele ir embora, mas nem deu tempo, pois o cara já estava do lado dele dizendo “que só não o matava porque ele era um piá” e ele peitudo de pronto respondeu “que ela não achava”.

Mas como o cara era manco não seria díficil dar um nó nele ou pelo menos ganhar na corrida.

O clima pesou, mas ele não arredou, mas ela o convenceu que era melhor ele ir e ele foi pela porta dos fundos, mas ficou na cerca espreitando alguma alteração, que não houve, e o seu sangue esfriando, caiu a ficha e ele vazou.

Foi para o outro lado da rua onde encontrou o amigo e falou “o cara nos pegou” e este, que era mais velho que ele, disse para ele se mandar, pois a coisa poderia ficar feia e ele foi e ficou lá em cima do morro da rua transversal até ver o carro conhecido rondando em sua busca e deu no pé.

O romance melou e ele não conseguiu mais ter acesso a ela, mas ficava na esquina esperando e o via traze-la, agora sempre tarde da noite, e ele não podia mais se chegar, pois ela se trancava, até que dias depois eles não voltaram mais, nem ela, nem a amiga, nem mais ninguém, e ele viu a noite se escurecer na vida dele.

“Amanhã talvez” era a música que ela gostava de dançar com ele e muito tempo depois ele assistiu a um filme "Houve uma vez um Verão" e ele viu que a música era a trilha sonora, e o enredo era o de uma mulher madura que num verão teve um amor com um adolescente.

Ela tinha trazido para a vida aquilo que tinha visto no cinema e deixou, depois, a vida dele feito um filme preto e branco

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo." Roselis von Sass – www.graal.org.br

A INFLUÊNCIA DA VIDA ANTERIOR NESTA VIDA

A INFLUÊNCIA DA VIDA ANTERIOR NESTA VIDA

Na adolescência os amigos sinceros foram seguindo os seus caminhos e ele, devido à fobia social que foi se intensificando, foi cada vez mais se isolando ou sendo mero acompanhante daqueles que ainda o aceitavam no grupo, afinal aquele cara quieto que não participava muito das conversas acabou perdendo qualquer voz ativa com o tempo.

Nesta altura já tinha que guardar as suas opiniões para si, apesar de saber que estava certo, mas já não tinha forças para expô-las e isto lhe fazia um mal danado, pois ficava se remoendo e isto só alimentava a sua já baixíssima autoestima, ainda não entendida como tal.

Na natureza tudo que você não usa vai se atrofiando e nisso também entra o simples fato de começar a guardar as suas opiniões, pois chega um momento que você não consegue mais expô-las. Você ficou à margem do movimento natural do convívio social, assim como não voam mais as galinhas de tanto terem ficado ciscando no chão.

Mas na vida particular ele já era um recluso e andava feito andarilho cada vez mais sozinho, um ser sem compreensão daquele mundo que parecia cada vez mais assustador e da qual ele não se sentia fazer parte.

Chegou ao ponto de se sentir em um buraco anímico de onde espiava a vida, como de uma fresta de um porão da sua alma e mesmo em família, aliás, ali, o ambiente era mais perigoso do que na rua.

O tempo passou, teve que aprender a se virar com estes males perenes, afinal tinha que sobreviver, mas o convívio no trabalho era sofrível, então não parava em emprego nenhum, mas se tornou uma pessoa de rompantes, qualquer coisa que acontecesse pedia a conta.

Apesar de silencioso na aparência começou a sentir um mar revolto dentro de si, se tornando como uma panela de pressão que poderia explodir a qualquer momento.

Mas nunca explodia e tinha que conviver com esta situação antagônica, mutismo de um lado e a vontade de se fazer valer de outro, mas sentia que isto nunca aconteceria de uma forma natural, por isso se continha. Ele tinha que conseguir o equilíbrio antes de se expor.

Era como se a vida em sociedade lhe fosse proibido, quanto mais necessitava de aceitação, mais afastava as pessoas. Então andar era o único caminho, sempre andar para não precisar conversar com ninguém e nem ficar em casa.

Em todos os lugares parecia que todos o estavam olhando e por isso ficava sempre circulando, não parava nunca.

Mas com o tempo foi tendo que encarar estes medos, afinal não era rico e cedo ou tarde ia ter que se virar sozinho, pois se os seus pais morressem, com certeza ele ficaria sem ter aonde morar.

Não se aproximava de meninas de sua idade, mas começou a ter os seus casos e a compulsão por sexo reprimido se pronunciou , sendo mais um problema (a culpa sempre presente criada pelas religiões), mas sem namoros, pois qualquer relação firme e duradoura exporia a sua fragilidade emocional, e não se via saindo de mãos dadas na rua. Era como se isto lhe fosse proibido, como se não tivesse esse direito.

Então de tanto conquistar mulheres na noite a sua autoestima foi melhorando e o sexo começou a ser a sua moeda de troca, além de aumentar a compulsão, pela qual também ficava se punindo.

E a vida foi indo e quando ele já tinha tido centenas de casos sem maior envolvimento emocional, a solidão foi pegando forte e ele viu o quanto ainda era extremamente sozinho e as conquistas, que se tornaram fáceis, foram se tornando um tormento, uma obrigação, como se não pudesse recusar as tantas mulheres que agora apareciam.

Chegou a um ponto que não aguentou mais segurar a barra de viver só e superficialmente, e começou a ansiar por paz, e aquela vida de nunca ter um porto seguro estava lhe derrubando, cansando, lhe deprimindo, mas ele não sabia como mudar.

Ele já estava saindo por sair com elas, já estava perdendo a única moeda de troca, estava cansado de companhias superficiais, mas a fobia por relacionamentos afetivos e diurnos ainda era do mesmo tamanho, ele só tinha aprendido a conviver com ela.

Se tornou articulado e se tornou um homem de sucesso profissional, mas no mundo afetivo e nos momento de lazer ainda era aquele adolescente assustado, aquela pessoa solitária. Vivia mais em função do que os outros gostariam de ver nele, virou um escravo desta dependência e ficava trabalhando até tarde, pois dali não teria outro ambiente para ir. Os finais de semana eram um tormento.

Sentia-se muito mal, mendigava animicamente por aceitação, mas quanto mais queria ser aceito mais parecia que fazia tudo errado. Era um mendigo de afetividade e as bravatas de conquistador, de bom vivente, só camuflavam estes temores, mas não sabia por onde começar a resolver o cerne do problema.

Como é que poderia de uma hora para a outra começar a ser ele mesmo?

Mas quem é ele afinal?

Ele não tem nem ideia mais do que gosta ou não gosta na realidade, pois vive em função dos outros. O mundo nós não conseguimos mudar, então a solução está em mudarmos a forma de vermos este mundo, o que vemos nele é reflexo do que sentimos no nosso íntimo, se temos medo, então ele nos será assustador.

Mas de onde vem esta sensação de medo social? De onde está sensação de ter que agradar todo mundo para pelo menos poder ficar ali por perto? De onde esta vergonha de sair de mãos dadas com namoradas durante o dia?

A noite era o único ambiente, não por escolha, mas era o que sobrava, mas a vida foi evoluindo e ai ele recebeu uma ajuda para entender a confusão que ele tinha no íntimo e entender como é que funciona o passar do bastão de uma vida terrena para outra.

Conheceu um gênio maluco, que deu uma entrevista em um jornal sobre um estudo que estava desenvolvendo baseado na numerologia que seria “a cura pelos números” e que deu o nome de Numeríatria. E ele foi lá e se tornou amigo do cara, que para ele foi muito esclarecedor, ficou sabedor dos motivos de tanta fobia e vergonhas, pois ficou sabendo que tudo o que ele sentia era em função de maus usos do muito poder que tinha tido em uma outra vida.

Foi um déspota, um tirano, que pensando fazer o bem oprimia toda uma coletividade com o seu temido poder religioso e rígido, daí a vergonha de sair na rua com namoradas; nesta outra vida não se permitia isso, em nome de um conceito errado religioso, cujos membros não podiam namorar, nem casar, se comprometendo forçadamente com o celibato, e ele tinha sido rigoroso com isso também, e não levava em conta o direito do livre arbítrio de cada um.

Este poder que dispunha era comum os religiosos terem nas suas regiões a apenas poucos séculos atrás, muitas vezes um poder maior do que o de muitos reis.

E ai o numerólogo foi lhe explicando que agora aquele ser poderoso não tem mais poder, então se sente ameaçado em todo canto que vai, vê perigo em todo lugar, pois não tinha sido uma pessoa justa, longe disso, então se sentia em ambiente hostil agora nesta vida, pois não tinha mais o poder que lhe dava a proteção para os seus desmandos daquele época.

Esta atuação foi tudo em função de conceitos errados que tinha sobre a vida espiritual e que considerava certo e tentava impor a outros.

Então daí vinha a vergonha inconsciente de andar de mãos dadas com uma namorada durante o dia, pois era como se todos o ficassem olhando e dizendo assim agora: “Olha só o cara, era um tremendo de um xarope e agora está ai de mãos dadas como se nada tivesse acontecendo”.

E a vida é baseada no que sentimos no nosso íntimo e quem causou medo aterrador, agora se sente sem defesa nenhuma e não se sente ser aceito por ninguém, pois antes se impunha, não conquistava com afetividade e agora tem a impressão que todos o querem pegar.

“Perdeu o poder e agora está apavorado que o peguem”. Está será a sensação íntima numa próxima vida dos tiranos, pois viveram sem plantar o amor, não era um poder baseado no respeito e afeição, mas no medo.

Hoje ele já superou bastante disso tudo, já não tem vergonha de andar de mão dada com namoradas e não tem mais aquele medo atroz, mas ainda não trabalha bem a não aceitação, mas está a caminho disso, e sabe que vai morrer tendo muito ainda que aprender nesta área de relações sociais e afetivas.

* "Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo." Roselis von Sass. E ele, mais do que ninguém, sabe do quanto esta escritora está certa.

Neste início de século XXI tivemos dois exemplos claros de como seria a vida futura de dois tiranos já ainda nesta vida deles agora.
Um foi Saddan Russein do Iraque e o outro Muammar Cadafi da Líbia.

Quem procurar no Youtoub, ainda deve encontrar a expressão de medo de Saddan Roussen quando foi pego e tirado de dentro do buraco onde estava escondido.

O medo medonho estampado no seu rosto será o medo que ele trará na alma na próxima vida, infelizmente, pois devido ao medo que provocou para algumas das etnias do seu povo, encarnará no meio delas, provavelmente, mas não terá mais o poder que tinha hoje e daí virá a sensação de estar em meio ao inimigo.

O convívio social será muito difícil, como foi o da pessoa aqui retratada.

E com este medo que trará na alma ele vai vagar pelas noites, pelas sombras, se escondendo, e não terá remédio nenhum que lhe dará paz, nunca se sentirá bem e nem aceito onde for, embora seja só uma sensação sua, enquanto não procurar dentro de si as razões e procurar se entender e superar.

Na nova vida vai parecer que a qualquer momento será descoberto, mas isto só existirá dentro do seu íntimo, pois ninguém nem vai notar nada do que está acontecendo dentro daquela atormentada alma ali do lado, nem ligar para ela.

Mas para nos sentirmos assim, não precisamos ter sido nenhum “grande” tirano, pois a maioria destes estão no convívio nosso de cada dia, nas empresas, nas organizações, nas famílias.

E este medo já ficará evidenciado imediatamente na vida sem o corpo terreno que acabou de abandonar, o poder ficou com a indumentária do corpo, este poder só existia na Terra, e o medo, o pavor da fragilidade sentida agora, ele continuará sentindo no além e ainda pior quando novamente aqui encarnar.

Saddan, já na saída do esconderijo, mostrava o quanto a falta de poder iria lhe fazer sofrer.

*“Os muitos sofrimentos humanos tiveram início no passado! Hoje cada um colhe apenas aquilo que no decorrer de suas muitas peregrinações terrenas semeou.” “O que o ser humano semeia terá de colher”” já nos dizia jesus".

*Roselis von Sass em “O Livro do Juízo Final” (www.graal.org.br)

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UMA POESIA LEVE

UMA POESIA LEVE

NÃO QUERO UM POEMA PESADO
QUE TRAGA ALENTO DE CHUMBO
QUE VENHA ARQUEANDO AS COSTAS
NEM FAZENDO DOBRAREM OS JOELHOS

NÃO QUERO QUE ELE TE TIRE O SONO
QUE ELE NOS DEIXE MAIS ANSIOSOS
QUE ELE NOS LEMBRE DE PASSADOS
QUE DESASTABILIZEM O NOSSO DIA

QUE ELE SÓ NOS DEIXE APAZIGUADOS
NOS ALIVIANDO DAQUILO QUE OPRIME
QUE ELE ABRA AS JANELAS DA EMOÇÃO
E LIBERTE TODOS OS MEDOS E MAGOAS

E QUE ESTE INTIMO LIVRE DOS ENTULHOS
DEIXE BROTAR A ESPERANÇA NO DESERTO
QUAL A AGUA QUE SE ESGUEIRA DA PEDRA
E QUE RENAÇA O ANSEIO DE VIVER NO AMOR

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

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O MELHOR BEM QUERER

O MELHOR BEM QUERER

DEU A VOLTA POR MUITOS LUGARES

CHEGOU EM TODO FIM DE RUA

CONHECEU TODO FUNDO DE POÇO

E NISSO QUEBROU MUITO A CARA

À FRENTE DE ARMAS SÓ AGUARDOU

DE MUITOS TOMBOS SE LEVANTOU

NA FORÇA DA VONTADE SE SEGUROU


PERANTE MUITO ÓDIO SE DEBATEU

EM MUITAS TRAPAÇAS SE VIU CAIR

A SORRISOS MALDITOS MUITO CALOU

MAS NA HORA CERTA SEMPRE SE VALEU

PARA TUDO AFIOU A PALAVRA

MAS AGORA PARA TUDO VÊ

QUE O SILÊNCIO É NO FUNDO

DAS ARMAS O MELHOR BEM QUERER

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"Tão logo surja em ti um pensamento, trata de retê-lo, não o exponhas logo, porém nutre-o; pois ele condensa-se mediante a contenção no silêncio e ganha em força, como o vapor sob compressão" Abdruschin em Na Luz da Verdade - O silêncio - www.graal.org.br

NOS TEUS PASSOS CAMINHO

SEMPRE NO TEU CAMINHO


POSSO ESTAR NA CONTRAMÃO
MAS ESTOU EM SUAS MÃOS
POSSO ESTAR NO CONTRAPÉ
MAS NUNCA PERCO A NOÇÃO
E MESMO EM DESCOMPASSO
EU SÓ PISO NO TEU CHÃO

QUANDO OLHO PRA LUA
É VOCÊ ME ESPIANDO
SE EU PEGO UM CAMINHO
É POR VOCÊ QUE EU SIGO
QUANDO ANDO SOZINHO
TEU PENSAMENTO ME GUIA

QUANDO VOLTO PRA CASA
O TEU ABRAÇO ME ACALMA
QUANDO VOCÊ ME ABRAÇA
O MUNDO TODO É PEQUEN
QUANDO VOCÊ ME CHAMA
MINHA ALMA SE ENCANTA

QUANDO VOCÊ SORRI
MEU SER SE ALIVIA
QUANDO VOCÊ CHORA
MEU CORAÇÃO SE CORTA
QUANDO VOCÊ ALGO FALA
MAIS EU DEVIA TE OUVIR

E QUANDO NÃO TE OUÇO
LOGO CEDO ME ARREPENDO
A TUA ALMA É DE MENINA
E ALIVIA A MINHA CINA
DE TODAS AS ANDANÇAS
SÓ EM VOCÊ EU VIVÊNCIO

QUE FUI PARA BEM LONGE
PARA O PERTO PODER VER

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

NO COSMO DA MINHA MENTE

NO COSMO DA MINHA MENTE

NO DEGRAU DA PORTA
SINTO OS RAIOS DO SOL
ESQUEÇO DO MEU CORPO

E NO INFINITO DA MENTE
SÓ TENHO O NÃO PENSAR
ME AFASTO DE MIM INDO

COMO NAVE NO VÁCUO
A CAMINHO DO NADA
ONDE PODE ESTAR TUDO
O QUE TANTOS PROCURAM

NADA A IMPULSIONAR
MOVIMENTO SÓ RETO
NO ESCURO DO ESPAÇO
ONDE TUDO É TÃO CLARO

NO SILÊNCIO DO COSMO
VOU ME SENTANDO AQUI
SENTIDO A BRISA NO ROSTO
DOS ANOS QUE ESTÃO POR VIR

“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br

A VIDA QUE QUEREMOS

A VIDA QUE QUEREMOS

Alma tristonha de coisas milenares
Perde entre os dedos toda a alegria
Longeva torna a esperança e crença
Da benção de se alegrar feito criança

Coração oprimido pelas coisas ilusórias
Não pode ter as vivências deste instante
Não pode usufruir das coisas desta hora
Não vê os jardins que sempre nos aflora

Almas calejadas tornam-se fortes
Como um corpo tendo muita labuta
Mas tal como esse confiança nos dá
Se o aprendizado nos tornar melhor

Da vida sem sofrimento há os méritos
Mas nem todos chegamos a ela leves
E sim com sacos carregados de erros
Que só desatando os nós aliviaremos

Nessa trajetória terrena aprendemos
Que de fácil para muitos não pode ser
Pois ignorantes se tornaram da alegria
E só de males tornaram-se portadores

A caminhada não começou na criança
Junto veio alguns entulhos mal tidos
Que tortuosos tornam alguns caminhos
Que difícil nos causa tantos percalços

Na busca vamos livrando tais grilhões
E de trastes tidos como coisas valiosas
Árduas estas estradas de todo o viver
Onde novamente temos que aprender

Enquanto batalhamos ganhamos o pão
E cada dia é um a mais na soma da vida
Que no seu curto espaço tanto vivemos
E das paixões o amor temos que extrair

Do labirinto dos sentimentos erráticos
Temos que lavrar o diamante brilhante
Este trará a luz translucida ao coração
E esta vitoriosa nos dará a paz nas mãos

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“A criança é, espiritualmente, uma personalidade individual por si! Afora o corpo terreno, de que precisa como instrumento para atuar nesta Terra de matéria grosseira, nada recebeu dos pais.” Abdruschin em Na Luz da Verdade – O direito dos filhos em relação aos pais. www.graal.org.br

HORA DE UM TEMPO

HORA DE UM TEMPO

O DIA ENTARDECEU
UM AVIÃO PASSOU
E DE LONGE VEM UM SOM
JUNTO COM CHEIRO DE MOTOR
TUDO SE MISTURA
NESTA HORA TÃO TARDIA
MENINA VOU EMBORA
VOU EM BUSCA DO CAMINHO
ME DESCULPE NÃO LEVE A MAL
QUEM SABE UM DIA
EU ME AFINIZE NO SILÊNCIO
E EM UM MELHOR MOMENTO
EU VOLTE A TE ENCONTRAR

“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br

"O PELÉ CALADO É UM POETA".

"O PELÉ CALADO É UM POETA".

Pele estigmatizou a todos nós dizendo que “o povo brasileiro não sabe votar”.

Ele já deu muitos exemplos confirmando o que Romário disse, com muito mais assertividade, “que calado Pelé é um poeta”.

Eu ouço esta frase “que o povo não sabe votar” ao longo da minha vida e ela sempre bateu na trave do meu tirocínio.

“O povo não sabe votar”, como se fosse possível votar certo nesta bagunça que é o nosso sistema politico.

Eu votei num vereador que dois anos depois virou um deputado estadual.
Quem ocupou o lugar dele como novo vereador? Para onde foi o meu voto? Eu não queria “este novo vereador”.

Votei num senador que virou ministro, quem ocupou a vaga dele? Já não sei, só sei que entrou um suplente sem nenhuma expressão no meu estado.

O Tiririca teve centenas de milhares de votos, tudo bem se ocupasse só uma vaga no legislativo, estaria correto, é um direito dele, mas o erro esta em, devido ao seu elevado número de votos, levar mais quatro ou cinco “raposas” que tiveram quinhentos votos.

No caso do falecido Enéias ele levou para o congresso deputados (+- uns seis) que não tiveram nem quinhentos votos.

Mesmo que eu, você ou aquele outro tenha votado bem, com mais discernimento, este voto fica anulado perante estes quatro ou cinco que entraram pela porta dos fundos.

A voz deste nosso “bom” deputado vai se perder no meio destes que se elegem por meios tão contraditórios.

Pelé faça o que disse Romário: Se torne um poeta.

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"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

TEMPO DE SUPERAÇÃO

TEMPO DE SUPERAÇÃO

ELE VIU O MEDO NO ROSTO DAS CRIANÇAS
VIU CHOROS DESOLADO NA DESESPERANÇA
VIU NA SUA CARA MENTIREM COM CONVICÇÃO
VIU OUTRO TRAINDO SORRINDO DANDO A MÃO

VIU A TRISTEZA PRESENTE SEM FIM APARENTE
E AI RESPIROU SUFOCADO DO PÓ QUANDO CAIU
E ATÉ ALI SENTIU A SUA PORÇÃO D’AGUA NEGADA
MAS SABIA DE TOMBOS NESCESSÁRIOS A APRENDER

E COMO BAMBU ARQUEAVA COMO EM VENDAVAL
SÓ TEMIA A RUPTURA DA QUEBRA QUE NÃO VEIO
E AI VIU A VOLTA DURA NOVAMENTE A SUPERAR
E VOLTOU A VER OUTRO MENTIR PARA SE MANTER

MAS JÁ NÃO APRECIAVA VER A QUEDA DE NINGUÉM
POIS ISTO SABIA NÃO PODIA TRAZER PAZ A ALGUÉM
NO CAMINHO AGORA É ATENTO AOS PASSOS
NÃO MAIS INTERESSA DESVIAR A ATENÇÃO

ELE VIU TODO O PODER O QUERER SUBJUGAR
MAS VIU NELE O CANSAÇO DE TANTO ESPERAR
APRENDEU EM QUALQUER VENTO SE MANTER
E A SER FIRME COMO RAIZ DE UMA FIGUEIRA

E ALERTA COMO PERTO DO FIO DA NAVALHA
HOJE PROCURA SE MANTER NA NOVA TRILHA
NA CAMINHADA QUER SÓ AMOR AO SEU LADO
PARA ISTO NÃO SE PERDE MAIS NAS ESQUINAS

POIS QUANDO VERGOU SE VIU DESAMPARADO
E NA QUASE QUEDA VIU TODO AMOR FALTANDO
DESOLADO NA ESCURIDÃO TENTOU VER O SOL
MAS NÃO TINHA AINDA NA ALMA A ILUMINAÇÃO

ESPEROU LUTANDO PELA NOVA SEMENTEIRA
QUE AGORA JÁ PODE À MÃOS CHEIAS OFERTAR

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br

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A VOLTA POR CIMA

A VOLTA POR CIMA

Devido ter tido medo de tudo
Aprendeu a de nada ter medo

Por tudo nunca não ter ansiado
Quando tudo teve nada mudou

Ao sentir tanto de menosprezo
Calado soube esperar o apreço

E enquanto de todos apanhava
Aprendia como era sobreviver

E em meio aos falsos vencedores
Ele demonstrou que nunca perdeu

“A felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo” Roselis von Sass – www.graal.org.br

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"HERÓIS E MITOS" MOVIDOS POR CONFLITOS OU CARÊNCIA

"HERÓIS E MITOS" MOVIDOS POR CONFLITOS OU CARÊNCIAS EXISTÊNCIAIS

Assim como os amores interrompidos no início de forma trágica, ou por um motivo maior, ficam parecendo os amores que seriam perfeitos, pois não chegaram a passar pelo crivo da rotina do dia a dia, assim também muitos se tornam "heróis ou mitos" só porque tiveram uma morte prematura também na sua luta.

Um exemplo clássico que se tornou um mito para muitos foi Che Guevara, mas não acontece o mesmo com Fidel Castro, que lutou com ele de igual para igual e que vai morrer de velhice, pois a longevidade mostra os defeitos de cada um, ou no caso de guerrilheiros, a sua tendência à tirania, após a conquista do poder, e isto desmitifica-os.

Ninguém se torna um mito ou herói se morre babando e usando fraldas geriátricas.

Temos corredores de fórmula Um que foram tão ou mais campeões que Ayrton Senna, mas que se obscureceram na rotina do dia a dia, após encerrarem as suas carreiras de sucesso, como os nossos compatriotas Nelson Piquet ou Emerson Fittipaldi, ou como Schumacher e Alan Proust, que eram muito mais frios na competição.

Muitos destes heróis, ou pessoas arrojadas no dia a dia, são movidos por algum conflito existencial ou emocional e vivem em uma necessidade de adrenalina acima da média e acabam se tornando exímios ou arrojados no que fazem e por isto se destacando.

Não gostar de Ayrton Senna era difícil, mas é da característica humana gostar de pessoas que nos passam um ar de desamparo, de desolação, mas que são vencedores, são reagentes, e dão a volta por cima, e ele era um solitário na formula Um. Quando ele ganhava uma corrida, ele estava se auto superando, como se ele fosse o seu único adversário, os outros eram apenas coadjuvantes.

E assim tem muitos anônimos por ai, arrojados no dia a dia. Muitos vão para a criminalidade, outros se tornam conquistadores contumazes, nunca se prendendo a ninguém, outros em artistas com dezenas de relacionamentos como foi Chico Anízio, declaradamente depressivo, ou Vinicius de Moraes, sempre carente de afeto e por isso tantas namoradas e esposas e tanta boemia.

Assim também temos muitos altos executivos ou outros artistas exponenciais como foi Van Gogh, ou pessoas tremendamente lúcidas e articuladas como foi Paulo Francis.

Todos estes estados alterados podem ser mantidos por bastante tempo, até a vida inteira, mas exigem uma energia extra constante para serem mantidos neste nível de stress, muitas vezes aplacados pela bebida ou drogas, e isto muitas vezes cansa e quando derruba, derruba mesmo.

Ayrton Senna tinha muito de melancólico e depressivo fora das pistas, e as poucas namoradas, além de complicadas, que teve, também demonstravam isso.

Xuxa teve um caso platônico com Ayrton e se encaixa bem no caso de atração pela igual espécie da carência, que se tronou evidenciado depois dela assumir os abusos sexuais que teve na adolescência.

Esta atração pela igual espécie, da precariedade emocional, desperta em muitas mulheres carentes um sentimento maternal que confundem com amor, e por isto estas relações não se sustentam e ficam parecendo que aquele foi o grande amor da vida delas, mas é ilusão.

Um ser humano que não se sente completo, que não é feliz consigo mesmo, não pode dar felicidade plena a outro.

A superação destas carências é uma tarefa isolada, tem que vir de um esforço íntimo, pois não haverá relacionamento sustentado e maduro enquanto não se houver conseguido este equilíbrio íntimo, enquanto não superar este estado íntimo lacrimoso e dependente.

Já outros que foram abusados sexualmente, ou tiveram uma frustração neste sentido acharão que é pelo sexo que atingirão o amor como foi o caso de Marylin Monroe, cuja vida era mantida por barbitúricos, drogas e álcool.

Assim como ocorrido com Elvis Presley, que todo mundo tinha como um homem de sucesso, muitas mulheres, fama e dinheiro, mas que morreu tremendamente sozinho e também a base de drogas para suportar a sua vida desastrosamente infeliz.

O fato deles, apesar de tanta demonstração de infelicidade, ainda serem tidos como pessoas de sucesso e invejados, só mostra a distorção de valores existente na nossa sociedade materialista.
Todos olham para o sucesso deles, mas não para a infelicidade que os norteavam.

O que estas pessoas não dariam para terem um pouco de paz no seu íntimo nenhum de nós tem condição de dimensionar.

E para personalidades competitivas como Nelson Piquet desestabilizar o lado emocional dos adversários faz parte do jogo, e devido a isso ter feito insinuações referente à vida particular de Ayrton Senna.

Muitos tidos como grandes heróis históricos, ou também anti-heróis, assim foram considerados, pelas atitudes ousadas que assumiam, ou pela crueldade que praticavam, e a morte, nestes casos, é o menor dos problemas.

Ayrton Senna tinha esta coragem de reagente, assim como James Dean e a história particular deles demonstra isso.

Já Marlon Brando, na mesma época, passava a mesma imagem de coragem e rebeldia que James Dean, mas morreu de velho e não ficou o mito.

Assim como a bebida, muitos usam as drogas para aplacar estes sofrimentos indefinidos e estes se viciam com muito mais facilidade e morrem por ai, como foi o caso de Kurt Colbain do Nirvana, ou Janis Joplin.

Muitos pais não entendem porque um filho toma o caminho das drogas enquanto outros tem uma vida normal, mas a resposta para esta pergunta não está na formação educacional, mas no conhecimento que se perdeu das tantas vidas que já tivemos antes desta e onde se encontra a origem da maioria dos problemas anímicos que muitos possuem.

Nunca foram interpretadas direito as frases a seguir de Jesus, pois sem futuras novas vidas elas não seriam verdades, ou alguém viu algum politico pagar devidamente pelos crimes que cometem?

“Que suas obras os seguirão” ou a de que “O que o homem semeia isto ele colherá’, e que estão melhor explicadas para os tempos atuais na Mensagem do Graal “Na Luz da Verdade”, de Abdruschin,

Morrer sem superar os problemas anímicos que temos só vai nos levar para uma vida futura igual ou pior, pois acrescidas dos vícios que adquirimos aqui, ou pela responsabilidade de uma vida interrompida por motivos banais, que equivalem a suicídio.

A raiz do problema não foi resolvido, foi levado na alma que é onde está o mundo emocional e as características mais fortes da nossa personalidade, e que não se findam com a morte.

Por isto, em boa parte, tem tantas pessoas com tantos problemas psíquicos, desde que se conhecem por gente, sem explicação aparente e sofrendo tanto por ai, mas não existem injustiças, tudo é causa e efeito na vida. O motivo quimico/biológico/genético é só o gatilho físico para desencadeá-los.

Quantos seres humanos encarnados não se veem na frente das suas estátuas, ou ouvindo suas músicas, ou apreciando as suas obras, onde foram vistos como mitos ou heróis e nem se dão conta disso, ou como alunos que ficam estudando a vida de alguém do passado sem saberem que foram eles mesmos.

Quantos guerrilheiros frios e sanguinários, ou tiranos (mesmo os anônimos do dia a dia) cruéis do passado, ou religiosos sádicos e radicais (lembram das fogueiras?) ou outros que insuflaram o medo para manterem a sua influência e poder estão hoje, nesta vida, com tremendos medos anímicos e fobias sociais hediondas e não tem consciência de que ter sido aquele "herói corajoso", ou aquele "religioso famoso", foi o que deu origem aos seus sofrimentos atuais.

‘Com a morte do corpo, não morrerá uma só partícula da alma. Isso mostra com toda a simplicidade que cada um existe por si só, não ocorrendo qualquer mistura’. Abdruschin em Na Luz da Verdade – O beijo da amizade - www.graal.org.br

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TER VOCÊ POR AQUI

TER VOCÊ POR AQUI

AH, NÃO MAIS ME PERGUNTO
DA SORTE TER VOCÊ POR AQUI
VOCÊ QUE ALEGRA AS MANHÃS
ILUMINA O MEU SOL TODO DIA
E ME ENTREGA À NOITE PRA LUA

VOCÊ É A TRILHA SONORA
QUE SILENCIA O MEU ÍNTIMO
AMENIZA TODO O BARULHO
HARMONIZA A MINHA VIDA

VOCÊ QUE SORRI ENCANTANDO
ME OLHA ME ILUMINANDO
FALA ME ENLEVANDO
E PÁRA O MUNDO PARA MIM

VOCE QUE NA PAZ ME ATUROU
E NA CALMA MUITO ME ENSINOU
VOCÊ ME FEZ CRESCER NO AMOR
QUE HOJE ESPALHO AO TEU REDOR

"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo". Roselis von Sass – www.graal.org.br

CAMINHADOR ERRANTE

CAMINHADOR ERRANTE

ELE NÃO VEIO NADA CONHECEDOR
DA VIDA MUITO POUCO CONHECIA
DE RELACÕES ENTÃO SÓ NEGAÇÃO
DE TUDO TEVE QUE IR APRENDER
DE NADA NA VIDA SENTIA SABER
NA LIDA TUDO TEVE QUE PASSAR

NASCEU SEM SABER PARA ONDE IR
SINAL VERMELHO AMARELO VERDE
ELE SÓ SABIA DE COR MEIO CINZA
NA ENCRUZILHADA IA NO INSTINTO
SEM OLHAR PELA GUIA CAMINHAVA

NÃO VIA NADA QUE FOSSE ALENTO
E POR ISSO DE TUDO MUITO TEMOR
TUDO ERA ANORMAL DESCONHECIDO
CAMINHAVA SÓ EM PLENO ESCURO
IA TATEANDO NAS PAREDES ÚMIDAS

MAS POR MUITO NA NOITE FICOU
MAS DE TUDO NÃO MAIS MEDRAVA
POIS A CARA COLOCOU PRA BATER
EM TODO LUGAR SENTIA O RISCO
MAS CAMINHAVA, CAMINHAVA....
POIS CAMINHO SABIA SER SÓ UM
E A VIDA URGE, URGE, NÃO PARA

"VOCÊ CAIU TEM QUE SE APRUMAR"
SABER FICAR EM PÉ É COM VOCÊ
AOS TRANCOS E BARRANCOS VAI
SÓ HÁ ETERNO VAGAR EM FRENTE

QUEM AQUI ASSIM CHEGOU
FOI PORQUE MUITO ERROU
PLANTOU O QUE NÃO DEVIA
E SE PERDEU EM LABIRINTO

E NAS PAREDES DESTE SE BATE
MAS NUNCA EM SI ESMORECEU
O MAPA DA MINA CARREGAVA
MAS ESTAVA NO OLHO DO TUFÃO
NÃO SABIA QUAL SAIDA CERTEIRA

INDO À FRENTE MUITO TROPEÇAVA
NAS PAREDES FRIAS TROMBAVA
A VIDA QUE CRIOU O EMARANHOU
QUANTOS DO CAMINHO NÃO DESVIOU
QUANTOS MALES A OUTROS NÃO CAUSOU

AVANTE SER HUMANO IGNORANTE
AINDA TENS CHANCE DE SOBREVIVER
NÃO TENS NA LIDA UM OUTRO CAMINHO
VAI EM BUSCA DA NOVA LUZ BRILHANTE
QUE TE TRARÁ PARA TUDO TODA ELUCIDAÇÃO

"Com a crença somente o indolente se conforma. É também à crença que podem se apegar os escarnecedores. E a palavra “crença”, explicada erradamente, é a barreira que hoje jaz no caminho, obstruindo o progresso da humanidade’. Abdruschin em Na Luz da Verdade – Erros – www.graal.org.br

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SIMPLICIDADES PARA ESPANTAR A ANSIEDADE

SIMPLICIDADES PARA ESPANTAR A ANSIEDADE

Existem muitas, como as seguintes que constam no nº 2 da Revista Segredos da Mente, mas sem mudança de hábitos a ansiedade só tende a crescer. Parecem atitudes muito simples para algo tão premente, mas os estudos não param de evoluir, embora quem sofra de ansiedade, e por isso mesmo, parece que não tem tempo para esperar.

CHOCOLATE AMARGO, FRUTAS E VERDURAS, CHÁ DE CAMONILA, MEL E LEITE, SEMENTES DE ABOBORA E GIRASOL, NOZES E OUTRAS OLEAGIONOSAS, E ATÉ PIMENTA.

E EXERCICIOS, mas quem teve ou tem ansiedade de forma aguda sabe que os pensamentos nos acompanham durante os exercícios, então vejo que tudo somado pode ajudar, mas o caminho mais rápido é praticar exercícios de relaxamento.

Hoje eu acho que não existe tempo perdido, sei que a teoria do ócio criativo tem muito de procedente, então como exercícios só pratico alongamentos que mantem a nossa mobilidade, mas o grande mal causador da ansiedade são os hábitos errados da vida moderna.

As pessoas estão vivendo muito no mundo virtual, que só aparentemente é real e muito mental. além de ser um mundo "faz de contas", onde todos parecem perfeitos, e não há evolução da personalidade ou da maturidade que só o contato pessoal, por mais difícil que seja para muitos, traz.

Nos últimos cinco anos aumentou em 50% a venda de remédios para as doenças da cunho psicológico e a tendência é dobrar nos próximos cinco.

Na minha experiência pessoal, o parar de tomar café (agora só descafeinado), melhorou muito a minha qualidade de sono e, consequentemente, a qualidade de vida. Antes eu ficava com insônia e ai fazia café para ajudar a passar as horas. A vida inteira foi assim, então não imaginava que ele fizesse tanta diferença.

No primeiro dia que tomei só café descafeinado fui dormir desmaiado às 20:00, e às 20:30 ia ter um jogo do meu time que eu queria assistir.

Álcool também é outro problema que só agrava, embora pareça que relaxe.

Com relação à técnicas de relaxamento eu aprendi com um psiquiatra, e paguei um monte para isso. A minha mente era um cavalo de rodeio, eu não conseguia segurar, mas ele me ajudou a domá-la.

A revista Mente e Cérebro, nº 258, também traz uma matéria muito aprofundada sobre técnicas de concentração, que são ao mesmo tempo técnicas de relaxamento.

Simplesmente eu deitava numa espécie de maca, com baixa luz, e ele ficava repetindo “estou calmo”, “estou calmo”, e estes instantes, em uma fase da minha vida, se tornaram os melhores momentos do meu dia.

Ele me ensinou também a, em toda hora do almoço, ir até o carro e ficar por uns 15 minutos procurando relaxar e praticando o exercício e repetindo o “estou calmo”, “estou calmo”.

E você não imagina como isso com o tempo começou a fazer a diferença.

Experimente!

Dizem que na hora certa temos ajudas inesperadas e a dica do café veio da esposa de um amigo, que se hospedaram em uma casa que tenho no meio do mato, e eles prepararam um café para quando fui buscar a chave da casa e, depois do lanche feito, ela perguntou se eu tinha notado algo diferente no café, e eu disse que não, e ai ela falou que era descafeinado e eu passei a usar.

E eu que já tinha mais de 50 anos sofrendo de insônia e que emprestei a casa para eles descansarem, fui o maior presenteado.

Parece que eles vieram ali só para me ajudarem.

Mas ninguém precisa ter que ir em psiquiatra, pois o fundamental pode-se fazer em casa, no quintal, na área coletiva de um prédio, não importa, mas temos que acreditar no resultado, pois o nosso grande mal é ficarmos pensando que só indo na academia, na yoga, no psiquiatra, em um clube, etc é que vamos ter proveito, mas não, a solução está em coisas bem simples, ao alcance de todas as mãos e bolsos.

Desligar a televisão e o computador e ir até a portaria do prédio jogar uma conversa fora com o nosso porteiro, ou com quem estiver por ali, ou dar uma volta pelo pátio, sentar no play ground, não custa nada, e olhar para a noite, fugindo da luz artificial, outro grande mal dos tempos atuais.

Não adianta ficar conversando só com quem é de nosso relacionamento ou de nosso nível social ou cultural; a beleza e a sabedoria das relações humanas está em sabermos nos comunicar com qualquer pessoa, e saber tirar prazer nisso, e não só em lugares pré determinados, como barzinhos, restaurantes, academias ou saunas de clubes.

Temos que voltar a sermos seres humanos desapegados das aparências e dos lugares, e saber que a felicidade já está aqui bem do nosso lado, nada de precisar projetar coisas futuras para ai sermos felizes, o caminho não é esse, muito pelo contrário.

O melhor papo está muitas vezes onde menos esperamos, está no comerciante, na feira, enfim onde estivermos sempre existe a possiblidade de estarmos aprendendo algo, trocando uma ideia, e viver o presente, é isto que nos faz ficar bem.

Como nos diz o mestre Abdruschin em sua Mensagem do Graal "Na Luz da Verdade" (www.graal.org.br), dissertação Vivei o presente:

"Deve-se, sim, também pensar no passado, a fim de extrair dele ensinamentos, bem como sonhar com o futuro, a fim de receber estímulo, mas viver plenamente consciente deve-se apenas no presente!"

Ser feliz é ter momentos para viver o aqui e agora e embora pareça algo tão simples, não é mais para quem se acostumou tanto a ficar em frente de um computador, e que vai dormir esgotado e ansioso sem se dar conta do hábito errado.

É que nem o café, pensamos que está nos fazendo bem, mas está fazendo muito mal.

Os pescadores acham que é a pescaria que os deixam relaxados, quando na verdade é o ficar concentrado olhando para aquela boinha que não os deixam pensar em mais nada.

Eles nem precisariam ficar matando entes vivos, que muitas vezes nem vão comer, para relaxarem, pois ficar de olhos fechados escutanto o silêncio no meio dos barulhos, escutando o nosso íntimo, reparando na nossa respiração, dar umas respiradas fundas, e prestar atenção para neutralizar os pensamentos que surgem para nos desestabilizar, trariam o mesmo resultado.

E não precisamos ficar em posição de lótus da (o) yoga, e em um lugar e horário determinado para relaxarmos, pois a pratica da concentração, e com isso o relaxamento, você pode executar onde estiver, ou em um grande engarrafamento, ou na fila do banco, ou no próprio ambiente de trabalho, ou no seu quarto.

A cada hora se dê alguns minutos para a prática, mesmo continuando a trabalhar, o importante é criar o hábito.

Você sabe porque as mesas de jogos de cassino são todas com pano verde?

Porque a cor verde é a cor que mais nos acalma e fazem os jogadores ficarem jogando dia e noite, sem sentirem vontade de parar. Por exemplo, na cor vermelha, poucos aguentariam ficar jogando por horas.

Então imagine um contato com a natureza de vez em quando, heim?

E não precisa ir para longe da cidade, nem para nenhum bosque ou parque onde, normalmente, está a cidade toda, pois qualquer praça serve, ou então aprecie aquela simples árvore que ninguém mais dá bola, ponha a mão nela, sinta-a, isto já vai fazer muito bem a você e inclusive à ela, pois isto é dar amor.

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