Sonetos :  GAIVOTA QUE VOAS BAIXINHO
Gaivota que voas baixinho em voo de asas serenas
Vem visitar o meu ninho,vem colmatar minhas penas.
Sobre a minha cama verás meu corpo sofrer,
É um corpo que te ama e tem ânsia de viver.

Sonhei que te via voar airosa como uma gaivota
Não te conseguindo agarrar, para mim era derrota.
As tuas penas de cetim quando voavas baixinho
As senti na minha mão que eu fechei de mansinho.

Ao te colocar na almofada meus lábios provocas-te.
Sonhando com o teu corpo não o consegui afagar
Inerte não te pude beijar e para longe voas-te.

Não sei se foi pesadelo mas o meu coração te ama
Não sei se tu também no meu sonho me acompanhaste
Pela manhã quando acordei estavas na minha cama.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de reflexíon :  AS DIFERENÇAS E AS INDEFERENÇAS
A imponência,
faz-me lembrar o cavalo Lusitano
Nas suas demonstrações de beleza
que ele possui
A opulência, faz-me tristemente pensar
aos que muito têm e nada dão.
A impotência,
sãos as vitimas da opulência
Que não abre a mão
A prepotência
são os cultivadores da força,
força que pensam ter
e que acham um bem
fazer sofrer
os fracos com medo
que lhe tirem
ainda o pouco que têm.

A. da fonseca
Poeta

Poemas de introspectíon :  A VIDA, ESSA ACABARÁ POR PARTIR
Eu tento resistir, vou suportando.
Mas assim continuará até quando
Não me perguntem, não sei.
Sinto a vida me fugir, agarro-a,
Ela fica ainda por algum tempo,
Se ela acabar, é natural, é a lei.
Fecho-a na palma da minha mão,
Sinto-a sem forças para resistir
Sinto a mágoa do meu coração
Por não a poder impedir
De seguir o seu caminho e partir.
Vou resistindo, o inimigo espreita.
Está ali mesmo à esquina da rua
Vestido de negro, de alma nua
E à mais pequena distracção
Ele penetrará no meu coração
Aperta-lo-à, não o deixará reagir
E a vida, essa, acabará por partir.


A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  O ESPLENDOR DE UMA NOITE
Quando a brisa da manhã acaricia meu rosto,
Traz com ela as tuas palavras, os teus beijos
Que guardo comigo até chegar o sol posto
E durante a noite são a razão dos nossos desejos.

Com o chegar da Lua nossos corpos se prateiam.
O nosso quente ninho brilha de tanto amor.
Os nossos lábios de contacto eles anseiam
O nosso leito começa a preparar o esplendor.

O esplendor de uma noite de loucura louca
Com murmúrios de promessas na nossa boca
E a cumplicidade entre o teu e o meu coração

A volúpia viciou a nossa cama e o nosso quarto.
Beijando os teus seios e o teu corpo nunca farto
De sentir o meu corpo te acariciar de paixão


A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  PÉTALAS CAÍDAS NO CHÃO
Continuo a pensar naquelas noites
Naquelas horas dias e madrugadas
Em que o amor nos invadia.
O teu corpo no meu se espreguiçava,
Os nossos corações cantavam
Belas e Celestiais melodias.
Com as lágrimas do prazer
Lavávamos os nossos pecados
Pecados de dois corpos enamorados.
Desfolhávamos nossos corpos
Como quem desfolha uma flor.
As pétalas caídas no chão
Foi tudo o que do nosso amor ficou,
Eram o símbolo do nosso amor,
Ficou somente o perfume
Dessas flores desfolhadas,
Flores que foram por nós amadas


A. da fonseca
Poeta

Frases y pensamientos :  ENCONTRO
AMANHÃ, TENHO ENCONTRO MARCADO COM A VIDA!

ESPERO NÃO CHEGAR ATRASADO!
Poeta

Prosas poéticas :  CONTINUO A PROCURAR QUEM SOU
Brevemente mais um Natal que bate à porta.
O que mudou nesta sociedade depois do ultimo?
Nada! Ou sim, piorou, a miséria se exporta
Quantos continuam sem saber quem são,
Quantos ainda continuam a dormir no chão.
Procuram calor, procuram amor, procuram ser
Mas não sabem ainda se são seres humanos
Ou se são feitos de ilusões, de nada, de enganos.
Procuro saber quem sou, não tenho resposta
Procuro saber onde estou, estou numa sociedade
Sem,condescendência sem coração, sem atenção
Nem todos os seres têm o mesma possibilidade
Passam por nós como quem passa ao lado de nada.
Mas porquê? Somos seres considerados humanos
Há os que são privilegiados, outros vivem de enganos
Muitos sorrisos, palmadinhas mas sem sentimento
Os punhais sempre afiados sempre prontos a ferir
Enquanto a nossa dignidade sangra, eles ficam a rir.
Mas não fazem por mal, eu até os compreendo,
É simplesmente por cinismo por cobardia, sem coragem
Por nos dizer em face, não, não gosto de ti, não és nada!
É na verdade triste que haja quem acredite em fadas
Eu continuo a acreditar que a amizade mesmo virtual
Deve de ser respeitada senão corta-se o cordão umbilical
Que nos liga sem nos conhecermos, nem todos, certo,
Que por vezes longe , por vezes perto, nos dão o ombro,
Que nos dão calor com as suas palavras verdadeiras
Nos aquecendo a alma e acreditamos que somos alguém.
Eu há muito que procuro a amizade sincera tão almejada
Mas quem sou eu? Sou alguém sem interesse, não sou nada
Mas pouco importa, sou como sou ninguém me mudará
A minha dignidade nasceu comigo e comigo morrerá

A. da fonseca
Poeta

Poemas de amor :  PERDI-ME NA NOITE
Escrevo-te par ti estes versos, meu amor
Mas peço-te que não venhas chorar,
Porque nessa praia era tanto o calor
Que te perdi de vista, perdi o teu olhar.

Perdi-me na noite perdi-me na madrugada,
Tu que eras o amor mais belo da minha vida,
Envio-te um Post talvez não seja nada
Mas lê essa carta talvez me creias minha querida.

Eu sei que eu para ti era um beija flor.
Eu penso ao vento que te levou longe de mim,
Contigo ele levou todo o nosso amor
E a noite, à a noite, foi uma triste noite sem ti.

Como se fosse uma crucificação de musa
Que nos crucificou nos castigando sem dó
Mas poesia sem amor é mais que confusa
E do coração te peço, não me deixes só.


Nesse vento, sem querer fui veleiro viajante
A procurar se sexo é só ele ou também é amor;
Senti-me neste aspecto um simples ignorante
Continuo a te prosseguir só com palavras mas sem calor

Porque sou louco por você, durmo às estrelas
E escrevo o meu diário como se fosse um cão
Abandonado, sem abrigo, sem as coisas mais belas
Mas durmo sonhando contigo, dormindo no chão.

Faço um dialogo com a morte e com a vida.
Não sou mágico não tenho varinha de condão.
Só sei que a minha vida foi muito vivida
E encontrei ternura e amor dormindo no chão.


A. da fonseca
Poeta

Frases y pensamientos :  CONHECIMENTO
Há mais de 70 anos que vejo futebol e não consegui ser nem jogador nem treinador nem comentador. Há mais de 70 anos que vejo cinema e portanto não consegui ser ator mas há mais de 70 anos que comecei a ler romances sofregamente e passei a melhor compreender a vida.

A Da Fonseca
Poeta

Poemas de introspectíon :  AMANHÃ...NÃO SEI !
Vejo as horas que passam
Os dias que se vão
E a esperança que se perde.
Os anos que se entrelaçam
Formando tranças de ilusão
E a vida já não é verde.

Vi os anos que passaram
Vejo aqueles que vão passando
Talvez veja os que vão passar.
Ouvi as canções que se cantaram
Oiço as que se vão cantando
Amanhã... não sei se oiço cantar.

A. da fonseca
Poeta