Poemas :  Transfiguração
Transfiguração
Transfiguração



Ouve-se um conto folclórico da antiga
Romênia de transfigurações animalescas,
Estranhas e totalmente irreais.




Pássaros que se transformam em corujas,
Relógios em seres humanos, sapos em
Chocolates deliciosos, magias raras que
Atravessam séculos sem serem decifradas.





Transfigurações sérias e cômicas a divertir
Todos os magos que as praticam, a transfiguração
É a nobre arte de criar novos elementos em si mesmo.




Transfigura-te no santíssimo sacramento da Cruz,
Para que tu possas com teus dias e noites, imergir
No Absoluto Segredo da Transfiguração do Cristo.



Assim tua Alma será transfigurada em luz divina,
Luz austral, pura, e nunca mais tuas sombras serão
Teu companheiro nos dias e noites que passas
neste mundo!
Poeta

Poemas :  Indriso 4(Lua de Prata e Berílio)
Indriso 4(Lua de Prata e Berílio)
4. Lua de Prata e Berílio





Na lua de prata e berílio as emoções são
Bem apuradas, bem medidas, e bem calculadas,
A lua reflete tudo aquilo que é ou foi.




Lua de prata e berílio, tua formosura só se assemelha
A grande escada de Jacó, ou os grandes muros de Tróia
Que jamais poderão ser compreendidos em uma vida.





Tua essência é pura beleza artística, em ti não podes nunca




Cometer nenhum erro a essa arte sacra e bela do mundo!
Poeta

Poemas :  Indriso 3- A Bela Bruxa de Dortmund
Indriso 3- A Bela Bruxa de Dortmund
3. A Bela Bruxa de Dortmund




Feitiços e magias ela realizava nas luas
Quentes, frias, distantes, inerentes a todo
Bom mago que se dedique à magia.




Ela era bela, de feitio nobre e incrível,
Seu intelecto era uma apoteose de Deus
E também do diabo se posso falar assim.




Mas ela tinha talento e isso é tudo que importa



Para todos os sábios, místicos e ocultistas do mundo!


Poeta

Poemas :  Caminhada Noturna
Caminhada Noturna
Caminhada Noturna


Naqueles passos dados em sepulturas antigas,
Rotas e miseráveis, naqueles passos dados em
Cemitério longo e rotineiro eu passo a noite
A lembrar de quantos mortos eu realmente conheci.
Quantos que realmente eu disse que viria e jamais
Fui ver... Ah, minha tanatofobia... Essa energia estranha,
Nojenta e amaldiçoada dos mortos... Essa palidez
Da tez que a mim incomoda... O sangue que nunca
Mais correrá pelos interstícios cerebrais e vênulas...



Nas tumbas rotas os nomes apagados são quase
Uma visão banal aos meus olhos... Acaso estou aqui
Apenas como um curioso para ler nomes de
Seres que nunca conheci e jamais conhecerei?
Nomes que para mim são apenas agora
Uma ossada crua e miserável, uma pletora de
Ossos desunidos unidos à terra negra e fétida.



Nas estátuas de anjos fito os acordes celestes
Guiando as almas dessas criaturas que jamais
Quiseram chegar a tal caminho... Sobre os túmulos
Ramos de margaridas, azevinhos e rosas despetaladas
No inverno sulfuroso e letal... Os anjos miram
Os espectros a sair de seus túmulos como
Flâmulas escarlates e enegrecidas...


Na caminhada noturna o ar gélido
Corrói as hemácias saudáveis, os pulmões
Desaceleram em suas pleuras e a voz emudece
Enquanto mil pensamentos voam por todo o lugar.



Lua cinzenta de inquietantes clamores espectrais,
Lua uivando as maldições dos mortos enquanto
Os espectros murmuram pedidos absconsos...
Nas energias condensadas alguns se movem
Como crianças defeituosas e pulam pequenos
Saltos que levam a queda... Ah, que caminhada
Gloriosa essa a minha! Que mundo totalmente
Encantador se desfraldando diante de minha vista!



Esse mundo leva-me a lembranças antigas
Onde eu encontrava essas mesmas energias
Enevoadas em mim mesmo ou mesmo em um
Mundo completamente dominado por estas
Forças... Quando minha alma elevar-se
A alturas píreas este mundo ainda será
Aquela lembrança obscura e vaga dos
Dias que caminhei por entre aqueles
Que muitos temem, mas poucos realmente
Conhecem suas essências e sonhos funestos!
Poeta

Poemas :  Indriso 2(Reencarnações Dolorosas)
Indriso 2(Reencarnações Dolorosas)
2. Reencarnações Dolorosas




Dores e cruéis aspirações dolorosas
São vividas por milhares de pessoas,
Pessoas que sofrem numa dor sem fim.



Dores do passado repercutindo no
Presente, a vida não é mais do que
Um eterno e intrincado jogo.




Reencarnações dolorosas promovem na alma



O eterno purificar de faltas do passado distante!



Poeta

Frases y pensamientos :  Portrait of Ulrich Starck, Albrecht Dürer
Portrait of Ulrich Starck, Albrecht Dürer
Portrait of Ulrich Starck, Albrecht Dürer



A beleza nórdica. A beleza um tanto rude. Um retrato incrível. Um nariz proeminente. Cabelo leve e ondulado. Um olhar enigmático. Um olhar digno de um retrato. Um olhar que tem muito a dizer. Lábios finos e bem feitos.
Poeta

Cuentos :  Os Mortos que Apontavam para Cima(Miniconto)
Os Mortos que Apontavam para Cima(Miniconto)
Os mortos que apontavam para cima




Num vilarejo da Ucrânia havia um certo povo que quando morria tinha algumas peculiaridades. Primeiro, eles ficavam rosa quando morriam, depois foi explicado que isso tinha a ver com uma enzima que ainda ficava ativa por quase duas horas e que levava algum tempo a ser completamente desligada. Depois, eles não ficavam totalmente duros, mas um pouco moles e alguns corpos oscilavam. Depois, eles falavam algumas vezes durante o enterro, mas apenas palavras com, então era um diálogo totalmente estranho como: Amor, amora, anseio, amparo, etc. E por último, eles apontavam para cima, e uma mão deles ficava sempre para baixo. Ninguém conseguia colocar nenhuma explicação plausível, e não havia registros de pessoas que conseguiram precisar quando acontecera, o que era mais comum era que não acontecia com as crianças mortas, apenas com os adultos dos dois sexos. Eles então esperaram para que alguém pudesse explicar, mas isso não aconteceu, e continuou por mais vinte anos, até que esse costume foi trocado por um símbolo invertido que mostrava a face de um pequeno gato. Então eles decidiram cremar todos os mortos no momento que morriam, todos eles, e então nenhum sinal mais apareceu em nenhum morto.
Poeta

Cuentos :  A Solidão no Claustro
A Solidão no Claustro
A Solidão no Claustro








Todas as vidas parecem ser iguais no claustro, mas não são. Elas variam de sensibilidade, gosto, ações e outras coisas. Carlos logo viria a descobrir isso. Ele pensava que todos viviam igualmente em um mosteiro, mas não era esse o caso. Carlos havia sido uma pessoa que tivera uma vida social agitada, brilhante, extrovertida. Ele era um verdadeiro homem gregário e não se permitia nunca a solidão, mas nos últimos dois anos, mudara completamente. E então decidiu ir a um mosteiro onde foi bem aceito. Logo, aprendeu todas as tarefas e o que mais gostava realmente depois de copiar livros, era ficar em sua cela o máximo de tempo possível. Todos admiravam que ele realmente estava conseguindo viver uma vida totalmente diferente da que tivera. Muitos achavam que ele iria embora em uma semana, ou um mês. Mas não foi este o caso. Passados dois anos, Carlos foi subindo no que se pode chamar de hierarquia dos solitários. Muitas tarefas lhe eram dadas, e ele sempre se regozijava em cumpri-las. Porém no ano seguinte ficara cada vez mais recluso, e os irmãos se preocuparam muito, mas sabiam que ele viera para ter uma vida pacífica e calma, e não uma vida atarefada como tinha no passado. Carlos adoeceu, ficou tísico e não saía mais de sua clausura. Os irmãos sempre o alimentavam e o ajudavam. Ele relembrou em seu último dia de vida todos os lugares que havia estado, e contava aos irmãos que adoravam ouvir as histórias. Carlos morreu em um dia frio de inverno, e todos lamentaram sua morte. Enterraram-no no mosteiro mesmo, e depois de dois meses um quadro foi pintado em sua homenagem.
Poeta

Textos :  A Família ao Lado(Curta 2)
A Família ao Lado(Curta 2)
A Família ao Lado





Curta Metragem VII




Fade in:


Créditos Iniciais



Os Créditos deverão mostrar imagens de famílias em todas as situações possíveis: Alegria, luta, conflito, amor, etc.



1. Casa de Miguel/Sala. Int. Noite




Miguel, um homem de 23 anos está assistindo televisão com seus dois irmãos: Clara(7) e Henrique(12). Eles assistem um desenho animado.



Miguel- Vocês veem o quanto há de violência nos desenhos?



A CAM mostra o detalhe de um desenho batendo em outro.



​ Clara- Mas os desenhos são assim mesmo. Você não vai ficar implicando igual a mamãe, vai?



​Miguel- Não, mas eu me preocupo com o que vocês vêem.



Vemos na tv os desenhos batendo um no outro.



Miguel- O que vocês querem comer?



Henrique- Eu quero Sucrilhos com iogurte!



Miguel- E você, Clara?



Clara- O mesmo!




Miguel levanta do sofá. Ele vai até a cozinha.





2. Cozinha na casa de Miguel.Int. Noite



Miguel pega o sucrilhos no armário. Ele então pega duas tigelas limpas na pia. Ele pega o iogurte na geladeira. Ele coloca o sucrilhos da caixa nas tigelas e mistura com o iogurte. Ele pega as tigelas e leva até a sala.





3. Sala na Casa de Miguel. Int. Noite




Miguel entra na sala. Os seus dois irmãos continuam assistindo televisão hipnotizados por ela.



Miguel- Aqui está o que pediram.



Ele coloca as duas tigelas na frente de Henrique e Clara. Eles comem o sucrilhos.



Clara- Miguel, vem assistir desenho conosco.


Henrique- É Miguel. Você não gosta mais de desenhos?



Miguel- Gosto, mas agora vou ali e já volto.



Corta para:



4. Jardim na Casa de Miguel. Ext. Noite




Miguel vai até o jardim. No jardim há uma espécie de mureta que vai para a casa do vizinho.



Corta para:



5. Sala da casa ao lado.Int. Noite




Um homem chamado Cláudio está lendo o jornal. Uma menina chamada Amanda desce as escadas.



Amanda- Papai, eu gostaria tanto de conversar hoje com o Miguel.



Cláudio- Você já fez seus deveres hoje?



Amanda- Todos. Um por um, eu fiz. Posso falar com ele?



Cláudio- Ah, Amanda, você poderia ficar aqui. Ele está lá com os irmãos cuidando de cada um deles.



Amanda- E você sabe o quanto eu gosto de estar perto dos irmãos dele.



Cláudio- Deixo ir se me prometer que não vai voltar tarde.



Amanda- Não voltarei, papai. Fique tranquilo que estarei aqui antes das onze.



Cláudio- Pode ir então.



Amanda se aproxima de Cláudio e o beija na face. Ele fica todo vermelho.



Corta para:


6. Jardim da casa de Miguel. Ext. Noite


Amanda acaba pulando a mureta que separar as duas casas.





​Miguel- Achei que ia passar a noite toda cuidando de meus irmãos e vendo desenhos.


Amanda- Não se depender de mim.(Ela vai até ele e o beija no rosto).



Miguel- Quer entrar ou deseja ficar um pouco aqui no jardim?



Amanda(Esfrega as mãos)- Desejo entrar. Estou morrendo de frio.





​Miguel- Vamos, então.




Miguel e Amanda vão para dentro da casa.




​ ​7. Casa de Miguel/Sala. Int.Noite


Amanda e Miguel entram na sala. Os irmãos de Miguel ainda assistem TV e comem sucrilhos.




​Miguel- Viu, Amanda? É isso que tenho que ver quase todos os dias. Os meus dois irmãos na TV direto.


Amanda-Ah, Miguel, não reclama. Eles são crianças. É natural que aconteça isso.





​Clara se volta para Miguel.




​Clara- Miguel, onde você estava, meu irmão?




​Miguel- Estava conversando com a Amanda. Não vão dizer oi a ela?




Henrique e Clara(olhando a TV)- Olá, Amanda.



Miguel(a Amanda)- Não quer ir para o meu quarto?



Amanda- Seria melhor. Eles não vão nos dar nenhum pouco de atenção com a TV ligada.




Miguel- Vamos. Eles estão hipnotizados demais para nos dar algum tipo de atenção.




Miguel e Amanda saem da sala. Close na televisão mostrando um desenho do Picapau. Clara e Henrique continuam assistindo televisão. Ouvimos um toque de telefone, mas Clara e Henrique não percebem.




Créditos Finais




Fim
Poeta

Poemas :  Indriso I(Tempestade)
Indriso I(Tempestade)
Era uma tempestade terrível,
Forte e totalmente catártica,
Era também uma tempestade feia.


Os sonhos e pesadelos terríveis
Desfaziam-se em sigilosas preces
Que eram entoadas por monges.


Mas a tempestade era uma benção.



Pois tinha tudo que precisava e ainda mais!
Poeta