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Já dissemos nos amar, muitas vezes... Porém não podemos assumir nosso amor. Por isso tentamos nos deixar, muitas vezes. Mas nosso sentimento é traidor.
Você diz que não me quer mais. Eu choro, sofro, mas aceito... Sufoco este amor em meu peito. Faço coisas que ninguém faz.
Mas quem ama, de tudo é capaz. Minha esperança nunca se dissolve. Então você vem e me envolve
num raio de amor e de paz. E assim começamos tudo outra vez...
A.J. Cardiais 18.11.2005
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Poeta
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A minha realidade me deixa covarde, diante das coisas que tenho que enfrentar...
Mesmo assim eu enfrento. Luto por um bom tempo... Quando não aguento fujo, vou sonhar.
Sonhar é a minha válvula de escape. É o que tem me salvado.
Senão, em vez disso seria: ZAP! A foice da morte já teria me ceifado.
A.J. Cardiais 21.08.2009
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Poeta
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Gosto de escolher minhas ilusões... Felicidade não tem cor, e não vou jogar minhas rimas fora.
As palavras quando se juntam, se ajustam. Elas formam paredes às vezes desprovida de luzes.
Faço uma análise de tudo, (à minha maneira) e vejo que tudo é besteira.
Tudo tem razão de existir... Até mesmo este soneto fora de esquadro.
A.J. Cardiais 12.09.2011
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Poeta
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A vida me espera, não sei de que forma... Sei que não sigo a norma dos acontecimentos.
Sou feito de momentos, de sonhos e de rimas. E transpiro os climas de chuva, sol e ventos.
Então não tenho "um tempo"... Tenho todos dentro de mim. Se para alguém sou ruim,
para outrem eu sou bom. A minha "norma" é assim: dançar conforme o tom.
A.J. Cardiais 11.08.2011
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Poeta
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O gato observa o tempo... O que será que ele pensa? A porta está aberta, porém está chovendo.
O gato está observando a chuva caindo. Ele deve estar esperando a chuva passar.
Ele quer passear... Perambular pelos telhados. Acho que ele quer namorar.
Os gatos são folgados: à noite saem para namorar, e de dia estão cansados.
A.J. Cardiais 18.05.2011
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Poeta
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Sempre levei uma vida de história em quadrinho: às vezes sou o bandido, às vezes sou o mocinho.
Muitas vezes passo escondido, fugindo da malvada realidade. Ela vem com sua voracidade tentando destruir meus sonhos.
Mas sou um poeta destemido e não me entrego facilmente... Imponho um duelo diferente:
Já que ela quer duelar comigo, deixo ela de castigo, e procuro ficar ausente.
A.J. Cardiais 25.01.2011
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Poeta
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Estou muito preso... Preciso sair e sentir o sabor e o cheiro de outros lugares.
Preciso respirar novos ares, e navegar por outros mares.
O tempo me chama, e eu tenho que ir... Chega de cama!
Preciso curtir. Quem tiver seu drama, procure outro pra ouvir.
A.J. Cardiais 14.05.2011
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Poeta
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Vivo cercado de fantasia... É bem melhor sonhar do que acreditar em tanta hipocrisia.
A minha filosofia é rimar: ia com ia e ão com ão e abusar da imaginação.
O meu ganha pão não é a poesia. Ela é só uma curtição.
E como curtir é se distrair: adeus preocupação!
A.J. Cardiais 19.05.2011
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Poeta
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Esta dor em mim vem num tom ruim. Vem numa nota de dó suspirado. Dói um bocado.
É uma dor sem gemido: é um dó sustenido, um dó comovido, um dó espiritual.
A minha dor não é mortal, nem é carnal... É bem pior.
A minha dor é a dor de quem sente dó. É bem isso: dor de uma nota só.
A.J. Cardiais 13.09.2010
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Poeta
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Gosto de escrever com amor, com vontade. Não quero a vaidade possuindo meu sentimento.
Gosto de escrever como quem toca um instrumento: sentindo todo prazer em soltar as notas musicais.
De nada me adianta saber demais, e perder meu paladar.
Eu quero é deitar e rolar... Quero habitar na poesia, sem os acabamentos finais.
A.J. Cardiais 09.10.2011
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Poeta
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