Poemas :  Da maior importância
Não sei de muitas coisas
que costumam dizer
que é importante saber...

Mas sei dizer com elegância,
que a minha ignorância
é por querer:
só me interesso,
pelo que me dá prazer.

Não quero o saber,
simplesmente por saber;
só para me exibir,
sem nada que sirva
para me construir.

A.J. Cardiais
18.01.2018
Poeta

Poemas :  Uma série de coisas
Uma série de coisas acontece,
e ninguém percebe.
Às vezes um pássaro canta,
mas a preocupação do povo é tanta,
que ninguém escuta...

Às vezes uma plantinha luta
para sobreviver,
mas ninguém quer saber.
As pessoas só querem o prazer
de ver a casa enfeitada.

Ninguém observa nada,
porque só olha pro seu problema.
Quem carrega o lema:
tempo é dinheiro,
passa o tempo inteiro
pensando em lucrar.

A.J. Cardiais
24.03.2016
Poeta

Poemas :  Passado leve
Agora, com a vantagem da idade,
posso plagiar à vontade:
"Só sei que nada sei". *

Procuro viver à vontade,
seguindo pela estrada
em busca da felicidade.

Podem dizer que sou covarde;
que nunca lutei por nada;
que nunca me programei...

Sempre vivi ao "Deus dará"...
Sonhei e sonho muito.
Porém, nem com riqueza,
nem com pobreza.

Sempre sonho em viver...
E o que é viver,
senão sentir prazer?

E isso eu senti
em quase tudo que fiz.
Fui e sou feliz.

Rascunhei minha vida com giz...
(coisa que se apaga facilmente)
Por isso meu passado é leve.

A.J. Cardiais
08.07.2018
Obs.: * Frase de Sócrates
Poeta

Poemas :  O prazer de escrever
O prazer de escrever
Não quero perder
o prazer que sinto,
ao escrever.

Não quero a frieza
de um "cálculo matemático",
nem a destreza
de um escritor técnico.

Eu quero a emoção;
libertar minha ação
em versos.

Gosto da "embriaguez"
que o ato de escrever
propicia.

A.J. Cardiais
imagem: google
Poeta

Poemas :  Manual da ignorância
Ignorar é não saber...
Então procuro ignorar
tudo que não vai me melhorar,
ou me dar algum prazer.

Ignoro quem me ignora,
ignoro a ignorância,
ignoro a ganância,
ignoro o exibicionista,
ignoro o machista
e a feminista
(tem que ser meio termo),
ignoro quem usa terno,
ignoro o inferno,
o político ladrão,
o homem "valentão"...

Ignoro a "esperteza",
a safadeza
e quem agride a natureza.
Ignoro, ignoro, ignoro...
O que não ignoro,
com toda certeza,
eu devoro.

A.J. Cardiais
07.10.2016
Poeta

Poemas :  Riqueza natural
Riqueza natural
A minha riqueza
quase ninguém vê,
pois não aparece na TV,
nem em qualquer meio
de comunicação;
não cabe em minha mão,
nem se guarda...

A minha riqueza é volátil,
é fértil,
é fácil e difícil
de alguém crer...
Ela está no prazer
e no sabor de viver.

A minha riqueza,
com toda pureza,
está na natureza.
Rima com beleza
e com saber.

A.J. Cardiais
18.01.2018
Poeta

Poemas :  Coisas e costumes
Não é o lugar onde moro,
que diz quem eu sou...
Só as coisas que eu devoro
que podem dizer.

Gosto de viver o prazer
de devorar a vida,
sem pressa, sem paixão...

Ando na contramão:
enquanto muitos procuram dinheiro,
eu procuro emoção.

Não tenho natureza estática,
nem vibro como uma máquina.
Vivo à mercê do momento,
tentando exprimir meu sentimento.

A.J. Cardiais
16.09.2017
Poeta

Sonetos :  O que sou
Não me perguntem
o que sou,
porque não sei se sou,
ou se procuro ser.

Eu digo que sou...
Mas como você me vê?
Eu tenho que ser
pra mim ou pra você?

O que importa
nesta ideia torta,
é o prazer...

O prazer é uma porta
de dar e receber.
O resto? Deixa acontecer...

A.J. Cardiais
02.02.2015
Poeta

Sonetos :  Fechando o cerco
Cerco-me de bobagens,
para tapear minha vida,
e pinto algumas passagens
para torná-las coloridas.

A vida às vezes é dura
e faz algumas sacanagens.
Tem gente que nunca se cura
porque desconhece as mensagens.

Estamos aqui para quê?
Para buscar o saber
ou para descobrir o prazer?

Quem tenta se equilibrar
entre o saber e o prazer,
é quem procura amar.

A.J. Cardiais
16.07.2017
Poeta

Poemas :  Da maior importância
Não sei de muitas coisas
que costumam dizer
que é importante saber...

Mas sei dizer com elegância
que a minha ignorância
é por querer:
só me interesso,
pelo que me dá prazer.

Não quero o saber,
simplesmente por saber;
só para me exibir,
sem nada que sirva
para me construir.

A.J. Cardiais
18.01.2018
Poeta