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Gosto de escrever ao léu... Sem saber a quem ou se vou agradar alguém.
Gosto de estudar o tempo. Olhar seus movimentos e para onde vão as nuvens.
Não escolho palavras mágicas, nem temas encantados sabendo que vão agradar...
Escuto o assovio das coisas e os versos que o silêncio ousa soprar-me ao “pé do ouvido”.
Eu fico tão envolvido, que vou escrevendo... Escrevendo... Quando percebo: está escrito
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Vem um poeta doido e avacalha e estraçalha, faz chicana de tudo...
Vem um poeta sisudo e diz que tudo é questão de escola, de estudo...
Vem um poeta "gabola", dá um chute na escola e quer mostrar que é o bom de bola...
Vem um poeta da vida, rimando as margaridas, destravando versos, soltando palavras e mandando tudo às favas...
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não me cobrem o sentido... Hoje estou imbuído de soltar o palavrório. Ter, eu tenho acessório. Tenho um monte de palavras em minha mente; um monte de imagens à minha frente; inúmeras razões aparentes...
Começaremos pela chuva: essa água benta, que quando cai na terra mistura-se, fica fedorenta e me dá margem para rimar. Vou aproveitar e falar da enchente, que está matando muita gente e causando desolação...
A culpa de tudo é do Bicho homem... Estou chamando de “Bicho”, por não ter outro nome que eu possa usar, para “desqualificar” esta nossa espécie... Incluo-me também apesar de não concordar com tanta coisa que eu vejo.
Intitulamo-nos de seres “racionais”... Com que razão usamos este título? Talvez tenhamos razão... O racional não usa o coração. É frio e calculista. Por esta razão, perde de vista a intuição; o instinto de sobrevivência que, nos outros “animais”, deve ser a única “inteligência”...
Estou sendo muito árduo com a “nossa” espécie... Mas acontece que as pessoas esquecem das outras formas de vida. Quando a Ciência dividiu a Natureza em “reinos”: reino animal, reino vegetal, reino mineral... Transformou tudo em reinados. E para cada reinado, existe um rei...
Alguém respeita o reino vegetal? Alguém respeita o reino mineral? Alguém se lembra, por acaso, que todos eles estão em nós? Alguém se lembra, por acaso, que para sobreviver nós precisamos do animal, do vegetal e do mineral?
Alguém se lembra disso quando, para expandir sua plantação, destrói toda a vegetação que há em volta? Alguém se lembra disso quando constrói suas fábricas de poluição e polui os outros reinados em volta?
Pois é... Tudo tem volta. A Mãe Natureza, para mostrar que está viva, se revolta... E para isso Ela conta com a ajuda do Deus Sol e da Deusa Chuva... Racionais, limitem suas ambições, limitem seus desejos... Sejam um pouco Emocionais: usem mais seus corações. Olhem em volta e entrem em comunhão com os outros Reinos... Se eles nos faltarem, nada sobreviverá. Principalmente nós... Aí sim, será o FIM.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Enfrentar tudo, é uma prova de amor... Tudo em troca de quê, se nada tenho?
Posso te dar um amor que já é teu, por direito. Posso te dar uma canção (que não é minha) e te prometer o sol, se ele sair...
Posso te dar estas horas da madrugada, em que acordei sonhando contigo...
Posso te dar um monte de palavras tolas, que é o meu castigo, ou o meu mundo abstrato, que é muito mais vasto, bonito e real do que muito mundo concreto.
Posso te confessar que eu não presto, é lógico, não tenho seguro.
Posso dizer ou fazer tantas coisas. Mas o maior e mais importante ato será o teu, se me aceitares assim: como sou, como estou e para onde vou.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Estou triturando as coisas para extrair palavras. Estou bebendo frases e cuspindo os versos fora.
Eles caem na terra, viram uma bola e eu jogo no poema para ver o que é que rola.
A.J. Cardiais 29.08.2011
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Poeta
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Não quero seu poema sem sentimento. Não quero seu invento de palavras perfumadas.
Deixe o meu momento trafegar pelas estradas, pelas noites nuas, pelas ruas, pelas calçadas.
Deixe o meu poema dormir no banco da praça. Deixe o meu poema sorrir
Para quem passa... Enquanto uns ignoram, outros acham graça.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não vou deixar o meu vagar tão longo... Sou um vagabundo. Preciso descansar, para observar a vida.
Se você observar a vida com o corpo cansado, você dorme nas palavras e deixa o poema amassado.
Você tem coragem de vestir um poema amarrotado, e se exibir?
Só se você for igual a A.J. Ele não se importa... Veste e não está "nem aí".
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Não faço na poesia só um jogo de palavras. Minha alma está enraizada até nas estrofes vazias.
Eu respiro os momentos, sufoco as agonias, visto as fantasias e bailo conforme os ventos.
A poesia é a vida com seu vai e vem; sua subida e descida,
Com toda sua loucura. E, quando ela está sumida, é o poeta quem a procura.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Gosto de escolher minhas ilusões. Felicidade não tem cor, e eu não vou jogar minhas rimas fora.
As palavras, quando se juntam, se ajustam. Elas formam paredes às vezes despovoadas e desprovidas de luzes.
Faço uma análise de tudo, e vejo que nem tudo é besteira, tudo tem uma razão de existir. Até este poema fora do esquadro.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Gosto de escrever ao léu, sem saber a quem ou se vou agradar a alguém.
Gosto de estudar o tempo, olhar seus movimentos e para onde vão as nuvens.
Não escolho palavras mágicas, nem temas encantados, sabendo que vão agradar...
Escuto o assobio das coisas e os versos que o silêncio ousa soprar-me ao pé do ouvido.
Eu fico tão envolvido, que vou escrevendo, escrevendo... Quando percebo, já está escrito
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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