Poemas infantiles :  QUE SE JULGUEM OS CULPADOS
Quatro mil mortos
Sessenta mil feridos
Esse senhor não tem remorsos
De tantos jovens perdidos.

É a ambição do Imperialismo
Conquistar sem olhar a meios.
E neste infeliz realismo
Porquê há Países alheios?

Estes mortos e feridos
Todos jovens americanos
Mas quantos desaparecidos
Nestes últimos cinco anos?

Milhares de dólares desperdiçados
Centenas de familias enlutadas
Órfãos que ficam sós, abandonados
Ficando com as explosões das granadas.

Espero que esta barbaridade acabe
E quando a agressão tenha acabado
É ao povo do mundo que a missão cabe
De não deixar passar estes crimes em julgado.

A. da fonseca
Poeta

Sonetos :  O sonho e a foice
A minha realidade
me deixa covarde,
diante das coisas
que tenho que enfrentar...

Mesmo assim eu enfrento.
Luto por um bom tempo...
Quando não aguento
fujo, vou sonhar.

Sonhar é a minha
válvula de escape.
É o que tem me salvado.

Senão, em vez disso seria: ZAP!
A foice da morte
já teria me ceifado.

A.J. Cardiais
21.08.2009
Poeta

Poemas :  Expondo meu drama
Quando exponho meu drama
e desnudo minha alma,
solicito ao poema
para ver se me acalma.

O cheiro da tinta da caneta,
modifica a trajetória da minha letra.
Não escolhi ser poeta,
nem sei qual foi o incidente
que me fez ser o que sou.

Não tenho uma trajetória definida:
vivo rimando minha vida,
sempre de olho na morte.
Finjo-me de forte,
para ocultar minha fraqueza.

Jogo-me na correnteza
e, com um pouco de sorte,
chego onde o poema quer me levar...
Tudo isto, sem deixa de sonhar.

A.J. Cardiais
25.01.2011
Poeta

Poemas :  Sem conversa
Estou numa paz inquieta...
Mas a paz é só da noite,
e não minha.
Estou como uma velhinha,
esperando o ônibus da morte.

O ponto de madrugada está vazio.
Será sorte?
Espero despreocupado,
descrevendo esta espera...

Não me desespero
com os sentidos dos versos.
Então verso
como quem não se interessa;
como quem não quer conversa.

A.J. Cardiais
28.01.2011
Poeta

Poemas sociales :  Reviravolta
Pegar nas armas,
é armar o bote para o dia...
O amanhã é a cota diária
de sol, em sua vida.

A morte lhe cumprimenta,
lhe mira a face,
e o acolhe como companheiro...

Brasileiro,
vai em busca do seu sonho,
que a morte
não tarda em chegar!

De um lado ou de outro
ela virá.
Então será melhor
que ela o encontre
LUTANDO.

A.J. Cardiais
1982
Poeta

Poemas :  Uma quimera
E depois do poema:
a sorte
a morte
a rima...

Rumo norte...
Lá em cima,
me norteio.

E depois do poema,
vem a primavera,
vem a quimera,
que te cobrirá
de frio
ou de brio.

A.J.Cardiais
09.10.2015
Poeta

Poemas sociales :  Água - nosso tesouro
Água - nosso tesouro
O "bicho homem"
para ter mais conforto,
faz da vida um esgoto
deixando o mundo torto.

O "bicho homem",
por pura ganância,
parte pra ignorância
e destrói nossa riqueza,
agredindo a Natureza.

Mas não tem riqueza,
nem pobreza...
Se não tiver água,
toda vida morre...
Com certeza.

A.J. Cardiais
07.10.2015
imagem: google
Poeta

Poemas :  Orgulho amoroso
Cada um vivendo
do seu lado.
Cada um sofrendo
calado.
Cada um morrendo
sufocado...

Ninguém quer passar
para o lado do outro...
Ninguém quer marcar
um encontro...

Cada um acha que assim,
está vivendo em paz.
É cada um por si,
e jaz.

A.J. Cardiais
13.09.2010
imagem: google
Poeta

Poemas de desilusión :  Morte em vida
Morte em vida
Vivo me iludindo
para continuar vivendo...

Mas
por trás
da ilusão,
acreditem:
estou morrendo.

A.J. Cardiais
03.08.2010
imagem: google
Poeta

Sonetos :  Exercícios e treinos
Exercícios e treinos
Tudo assim... Sem assunto.
Tudo assunto breve.
Uma palavrinha leve,
tentando chegar junto.

O cravo lembra defunto.
Aí entra outro assunto:
o de morte.
A noite vem,

com seu negro porte,
fantasiada de estrelas...
Poesias, como fazê-las?

Escrevo tudo,
e deixo entregue
à própria sorte.

A.J. Cardiais
11.04.2011
imagem: google
Poeta