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Está difícil extrair ouro das palavras... Está difícil garimpar... É preciso quebrar blocos de ideias. É preciso imaginar.
Demarcar o veio em que se vai trabalhar, e começar a cavar ideias... Até achar um filão.
Mas, muita atenção, pois o ouro está misturado ao cascalho... É ouro em pó. Tem que ser muito bem trabalhado.
Imaginem o monte de letras que alguém tem que cavar para encontrar as palavras, extrair o ouro e transformá-lo em um texto.
A.J. Cardiais 17.12.2010 imagem: google
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Poeta
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Estou me abastecendo de Adélia Prado, Waly Salomão, Paulo Leminski, Chacal, Afonso Romano de Santana** etc, etc e tal...
Cada dia eu saboreio alguns. Misturo os tons, as ideias e os sons.
A.J. Cardiais 29.11.2014 imagem: google
**Poetas brasileiros
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Poeta
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Chego em casa com a sensação do dever cumprido. Materialmente, tudo em paz...
Toda grana recebida já foi desfolhada... O que restou? Nada.
A minha distração agora será a poesia. Entrego-me poeticamente a desnudar palavras e ideias.
A.J. Cardiais 01.12.1990 imagem: google
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Poeta
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Infelizmente as pessoas têm problemas, mas não tem poemas para resolvê-los.
Poemas são novelos. Suas linhas são usadas para costurar ideias bordadas de rimas.
Poemas são esquemas; são setas iluminadas para clarear estradas.
Poemas são delírios causados por febre poética. Vejo o mundo por esta ótica.
A.J. Cardiais 27.06.2014 imagem: google
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Poeta
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Disputo com as horas uma vaga no tempo. Um segundo é ouro, neste nosso tão desperdiçado tempo.
Agora, um pouco tarde, quando nunca é tarde para nada, descobrir o Brasil ainda é válido.
Corro, literalmente escrevendo, para que as ideias (?) se fixem. E luto ainda mais com o tempo, porque ele só cuida de apagá-las.
A.J. Cardiais 06.08.1989 imagem: google
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Poeta
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Sou só um poeta às avessas descontrolando-me no tempero das letras, pondo mais sal ou mais pimenta.
Sou mais um perdido que a poesia sustenta, e vive arrotando que é poeta.
Sou mais um trabalhador de sonhos, um idealizador de nadas, uma chaminé de palavras.
Sou só um poluidor dos olhos e das mentes para quem não gosta de ler, nem de pensar.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Não siga os meus “ais”... Escrevo sozinho nas bandas das madrugadas. As palavras acordadas são as mais usadas.
Não tenho o estudo das ideias mortas. Só conto as sílabas seguindo as palavras tortas.
Não podo os galhos dos poemas, porque eles se abrem à minha passagem...
Então não vejo necessidade de cortá-los do meu caminho. Eu sou como o espinho: não me bula e eu não furo.
Gosto de pisar no escuro para ver se clareio algum lugar vazio.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Na minha mente passa um filme... São muitas ideias, são muitas imagens. Algumas delas não passam de miragens...
Como ter um mundo melhor, se ao nosso redor só existe bandidagem? Quem vai ter a coragem de se expor? Quem vai comprar esta dor?
Prefeito? Presidente? Governador? Os políticos em geral, só querem "se dar bem", não "se dar mal"...
E o Poeta esperando uma "rima rica", que rime tudo igual...
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Você pode mergulhar fundo num poema hermético, e extrair das ideias ostras, algumas pérolas...
Mas nem todas elas foram atiradas pelo poeta: você que as achou.
A.J. Cardiais imagem: google
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Poeta
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Sei da responsabilidade de destrinchar esta vida, e apontar uma verdade que muitas vezes é só minha...
Mas a poesia quando se aninha, não pergunta se tenho coragem... Ela passa-me sua mensagem e vai embora.
A poesia adora brincar com o poeta... Passa-lhe uma ideia besta e ele, contente, se "desembesta" para expor “sua ideia"...
Enquanto a poesia está rindo, o poeta está enfrentando uma verdadeira alcateia.
A.J Cardiais imagem: a.j. cardiais
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Poeta
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