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Turbilhões de ideias brilham dentro de mim... Não posso dizer que são poemas. Não posso dizer nada.
Uma palavra disparada, arrebenta o elo da inspiração, e quer transformar a ideia numa canção...
Um plano... Meu reino por um plano! Ninguém entende essas loucuras.
Deixe-me em paz, imaginação. Ideias vêm e vão, pois necessito de aventuras.
A.J. Cardiais 17.10.2016
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Poeta
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O que sai de mim são respostas que não perguntei. O que penso que sei, são fumaças aos olhos da multidão.
A minha espada é a palavra. Com ela eu corto as ideias em pedaços de poemas.
O que penso que sei, está embutido na ignorância. O que ganhei com minha andança, foram calos nos pés da imaginação.
A.J. Cardiais 24.08.2016
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Poeta
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Os poetas não se repetem. Cada um tem sua ladainha, seu barbante, sua linha, seu jeito de bordar ideias.
A poesia nasce nas veias, e corre para o cérebro, tentando pular fora. Quando consegue, vai embora...
Poesia é como um passarinho querendo sair do ninho, para brincar no terreiro.
O poeta é só um hospedeiro. Ele hospeda a poesia, dentro de sua filosofia.
A.J. Cardiais 14.07.2016
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Poeta
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Sou cantador de arrelia, anarquista do sistema. Dentro de mim o poema faz amor com a poesia.
Sou procissão, sou romaria... Sou uma fé invernada. Dentro de mim a enxada capina o chão todo dia.
Sou choro de Ave Maria. Meu coração é o momento. Sou o agouro, o lamento que deságua na poesia.
Dentro da democracia, mora uma pá de ideias. Fora vivem as alcateias morando na mordomia.
Aqui paro a romaria pois se deixar, varo o mundo. Eu sou só um vagabundo que mora na filosofia.
A.J. Cardiais
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Poeta
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Fico estudando tudo que vejo... Daí vou misturando com o meu desejo, e fazendo estas construções de letras; estas obras abertas, estas ideias desertas, que não sei até onde irão.
Fico nesta alimentação de pão e poesia, semeando pra que um dia ela possa entrar no cardápio da população.
A.J. Cardiais 17.05.2011
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Poeta
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Aqui liberto minha alma, e trancafio minhas ideias. Aqui prendo meus sonhos, minhas ilusões, divagações, indignações...
Aqui estão meus momentos felizes, infelizes, desiludidos, apaixonados, perdidos, achados... Estão todas as loucuras, doenças e curas.
Todas as rimas possíveis e impossíveis, que eu consegui fazer. Tudo da minha vida que eu consegui escrever está aqui, nos meus poemas.
A.J. Cardiais 17.04.2011
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Poeta
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Não siga os meus ais... Eu vivo sozinho nas bandas das madrugadas. As palavras acordadas são quem me atendem pelo caminho.
Não tenho o estudo das ideias mortas. Eu conto as sílabas pelas palavras tortas.
Eu rimo os galhos, porque eles se abrem à minha passagem...
Então não vejo necessidade, de cortá-los do meu caminho. Eu sou como o espinho: não me bula e eu não furo.
Eu piso no escuro para ver se clareio algum lugar vazio.
A.J. Cardiais 06.01.2011
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Poeta
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Fique no seu mundão cheio de poluição, que eu fico no meu mundinho, repleto de amor e carinho.
Você cria coisas para se escravizar. Eu crio ideias para me libertar.
Deixo livre a poesia e o meu ser... O que me importa é o saber com prazer.
Não procuro saber das coisas, só para mostrar conhecimento... Eu quero saber das coisas que possam tornar-se meu alimento.
A.J. Cardiais 14.03.2011
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Poeta
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Sei da responsabilidade de destrinchar esta vida, e apontar uma verdade, que muitas vezes é só minha...
Mas a poesia quando se aninha, não me pergunta se tenho coragem... Ela me passa sua mensagem, e vai embora.
A poesia adora brincar com o poeta... Passa-lhe uma ideia besta e ele, contente, se desembesta para expor a “sua ideia"...
Enquanto a poesia está rindo, o poeta está enfrentando uma verdadeira alcateia.
A.J. Cardiais 10.04.2011
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Poeta
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Eu queria saber dar um nó nas ideias, como faz o poeta Manoel de Barros. Mas infelizmente não sou um poeta daquele quilate.
O meu latido é um dó sustenido, sem nenhum conhecimento musical.
O nó de Manoel se dissolve na leitura, até por quem não tem a “frescura” das Academias.
O nó de Manoel, é um nó de poesia.
A.J. Cardiais 09.06.2015
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Poeta
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